Já experimentámos a Nintendo Switch

Aviso: Apenas as fotografias tiradas em modo off-screen são nossas. A imagem mostrada de The Legend of Zelda: Breath of the Wild não foi tirada durante a nossa visita à showroom da Nintendo, tal como o trailer mostrado em cima está disponível no canal de Youtube da Nintendo Portugal.

Na passada Quarta-feira, dia 15 de fevereiro, o Portugal Gamers foi até à showroom da Nintendo Portugal para experimentar a nova consola da Nintendo, a Nintendo Switch, bem como alguns dos seus jogos mais aguardados.

Como sempre, fomos extremamente bem recebidos pelo Jorge Vieira, RP da Nintendo Portugal, que entretanto fez uma breve apresentação da consola, em que assistimos ao trailer que podem ver em cima e ainda a uma breve exposição das suas funcionalidades, do seu catálogo para 2017 e das motivações da Nintendo, que tem como objetivo oferecer uma consola em que podem jogar onde, quando e como quiserem, sendo este precisamente o seu slogan.

Começámos por experimentar o party-game 1-2 Switch, um dos jogos de lançamento da consola e que promete trazer muita diversão para festas com os seus 28 minijogos diferentes. Experimentámos 4 deles, com os quais ficámos familiarizados com várias funcionalidades da consola, especialmente com o HD Rumble, funcionalidade que nos permite perceber até os mais ínfimos detalhes, como quantas bolas “estão dentro” dos Joy-Con.  Pessoalmente, destaco o minijogo Milk, que é causa de momentos de pura diversão e galhofa, exatamente pela estranha sensação de estar a ordenhar uma vaca enquanto olhamos a outra pessoa nos olhos.

Milk parece ser um dos mais divertidos minijogos do party game da Nintendo.

Embora 1-2 Switch não venha com a consola – para esta ser o mais barata possível, afirma a Nintendo -, é um ótimo jogo para se familiarizarem com o sistema e as suas particularidades. Assim, caso tenham oportunidade e estejam à procura de uma maneira de animar festas em vossa casa, este jogo certamente não vos deixará desiludidos.

Após nos termos familiarizado com a Switch com a ajuda deste jogo, dirigimo-nos a outra divisão em que tivemos a oportunidade de testar títulos produzidos tanto pela própria Nintendo como por outras companhias, títulos esses que estavam a correr em consolas dispostas de tal maneira que pudemos testar os 3 modos da nova consola: modo TV, modo estável e modo portátil.

O primeiro deles foi Mario Kart 8 Deluxe,uma versão do jogo de corridas da Wii U que inclui todos os DLCs disponíveis e ainda novidades como novas personagens, arenas específicas para o modo Battle (cuja ausência criticámos no jogo original) e novos itens.

Se já experimentaram algum título da série, não há muito que possa dizer sobre este lançamento que seja uma novidade para vós. Trata-se da clássica experiência Mario Kart, refinada, melhorada e ajustada para a nova consola. O grande destaque vai para a maneira como agora podem levar uma experiência deste calibre para onde quiserem e, sem comprar quaisquer acessórios adicionais, partilhar a diversão com um amigo ou familiar – e todos sabemos como Mario Kart fica mais caótico e divertido quando jogado em multijogador.

Agora poderão levar Mario Kart 8 para onde quer que vão e desfrutar da experiência.

De seguida, testámos Fast RMX, um jogo de corridas futuristas que nos lembra Fast Racing NEO, um título viciante e cheio de adrenalina da Wii U. Neste não é diferente. A toda a velocidade, vamos ultrapassando os nossos oponentes e acelerando até à meta, evitando alguns obstáculos e tentando apanhar orbs que enchem a barra do turbo, numa experiência que não se afasta muito daquilo que esperamos de um jogo de corridas deste género. Na corrida que fiz, venci com alguma facilidade o computador.

O mesmo não posso dizer da experiência que tivemos com Super Bomberman R, numa partida de 4 jogadores em que controlámos 3 personagens e deixámos o computador assumir o controlo da restante, temos de admitir que perdemos miseravelmente todas as rondas. A experiência, no entanto, foi bastante divertida e, cada um equipado com o seu Joy-Con, apercebemo-nos de como após todos estes anos, Bomberman continua tão imprevisível e caótico como sempre. Apenas experimentámos o modo multijogador, mas Super Bomberman R também terá um modo campanha, que também parece bastante interessante e que ficaremos a conhecer já no dia 3 de março, quando a consola for lançada.

Um dos jogos mais queridos dos amantes de títulos retro é sem dúvida Sonic the Hedgehog, que marcou a infância de muitos de nós. Experimentámos a nova experiência Sonic na Switch, Sonic Mania, onde pudemos relembrar como é magnífico correr em Green Hill com a ajuda de Tails e eliminar os diversos robôs animais até chegar ao Boss, Eggman, como estávamos habituados na Mega Drive. No entanto, foi aqui que nos deparámos com uma diferença: o boss está totalmente remodelado frente ao original, sendo este agora constituído por 2 bolas de metal com espinhos e uma careta do Eggman.

O clássico Sonic The Hedgehog, with a twist.

Ainda nesta sala experimentámos Splatoon 2, sequela do aclamado jogo de tiros na terceira pessoa da Wii U numa experiência competitiva local. Neste, teremos novas armas, novas arenas e ainda especiais, que não existiam no primeiro. A jogabilidade, essa permanece igual, pelo que, se gostaram do primeiro,  com certeza se irão deliciar com o segundo.

Ainda pouco vimos da campanha, e com certeza outras novidades serão partilhadas à medida que nos aproximamos do seu lançamento no Verão deste ano. No entanto, pessoalmente, fiquei com algum receio de que esta sequela possa não se distanciar o suficiente do jogo para a Wii U. Já perto do final de março poderemos ter uma visão mais alargada do novo jogo, já que estará disponível uma versão experimental limitada e na qual todos os que tiverem a Switch e uma ligação à Internet poderão participar.

Finalmente, voltámos para a primeira divisão onde entretanto o Jorge tinha preparado as consolas para correrem outros títulos pelos quais mal podemos esperar. O primeiro destes foi The Legend of Zelda: Breath of the Wild. A demo permitiu-nos jogar logo no início do jogo, onde somos transportados a uma caverna com Link, o protagonista do jogo, a acordar(estando a boiar no meio de uma espécie de piscina) graças ao chamamento de uma voz misteriosa, que nos irá guia até a um altar com um tablet inserido, dispositivo este que servirá como “guia” para Link na sua aventura, sendo que para o jogador será o menu de jogo.

Depois do tutorial inicial Link irá “entrar” novamente em Hyrule, um mundo fantasioso cheio de cor e vida, estando este tiranizado pelas garras de um suposto “tirano”, sobrando para Link a tarefa de enfrentar os diversos perigos, escalar até aos confins de Hyrule(sendo um mundo extremamente extenso, estando em uma escala semelhante a um mapa de GTA) e derrotar os diversos servos do malvado tirano.

Breath of the Wild é sem via de dúvidas um dos jogos mais bonitos que já vi em termos gráficos, roçando o perfeito no que toca a tornar uma fantasia o mais realista possível sem quebrar a linha entre realidade e fantasia, aliando-se a uma banda sonora fantástica e cativante. No que toca às mecânicas de jogo, estas estão extremamente fiéis a jogos como Majora’s Mask Ocarina of Time, sendo que um fã irá adaptar-se imediatamente.

Hyrule é vasta, sendo possível explorar todos os cantos da mesma.

Outro destes jogos foi ARMS, um jogo competitivo que alia os controlos por movimento da Switch com o estilo do minijogo de Boxe do Wii Sports e ainda com as conhecidas táticas dos jogos de luta mais hardcore. Neste podemos escolher vários personagens, mais ou menos rápidos ou fortes, e ainda combinar as suas luvas de 9 maneiras diferentes (se considerarem usar a luva X na mão esquerda e a luva Y na mão direita e vice-versa como duas maneiras diferentes).

O ritmo frenético, o sentimento de competição, as cores e a jogabilidade conquistaram-nos e, com certeza, deixaram-nos ofegantes por alguns momentos. Tudo isto nos leva a crer que, embora o jogo também tenha um sistema de controlos  “tradicional”, muita da sua magia se deverá perder quando deixamos de fazer uso dos sistemas de controlo. No entanto, só o tempo o dirá, quando o jogo for lançado, já nesta Primavera.

A evolução nos controlos por movimento desde a Wii é enorme.

Finalmente, houve ainda tempo para jogarmos Snipperclips: Cut it out, together!, um jogo de puzzles muito divertido. Neste, dois jogadores juntam-se de volta da sua Switch, seja em modo estável ou modo TV e têm de comunicar para, juntos, se cortarem mutuamente e superarem puzzles. Cada um pode ser resolvido de milhentas maneiras diferentes, abrindo espaço para a criatividade e bons momentos tanto de “frustração” por o outro não entender a vossa ideia como de alegria quando finalmente tudo corre como o esperado. Como o Jorge nos disse, Snipperclips é um jogo que irá estragar muitas amizades. Mas também achamos que é um jogo que vos irá aproximar muito uns dos outros, aumentando o sentido de cooperação, algures em março.

Em suma, a experiência foi bastante positiva e mal podemos esperar para voltar a pôr as mãos na Switch. Os comandos são bastante ergonómicos, as experiências estão muito bem desenhadas e até mesmo alguns aspetos que nos deixavam mais receosos – como saber se os Joy-Con não seriam demasiado pequenos para jogarmos apenas com um deles – acabaram por não se apresentarem como negativos de todo. Quando a consola for lançada, teremos uma melhor noção do que esta tem a oferecer, especialmente em nível de loja digital, sistema de interface e serviços em geral.

Para além de mim, Joaquim Silva, também o Gil Vasco se dirigiu à Nintendo no dia 15 para testar a nova consola híbrida. Tanto eu, como ele e o resto da equipa ficamos bastante agradecidos por mais uma vez a Nintendo nos ter gentilmente convidado para a sua showroom. Desta vez, deixamos ainda um especial agradecimento a Margarida Antunes, que colaborou connosco e que tirou as fotografias que já podem encontrar no artigo, entre muitas outras que poderão depois encontrar numa galeria que iremos disponibilizar muito em breve.

3 de março está mesmo ao virar da esquina.