Análise – Alien on the Run

Como já não é novidade, as várias lojas digitais das várias plataformas estão repletas de títulos por descobrir e de que pouca gente ouviu falar, e a Nintendo eShop da família de consolas Nintendo 3DS não é diferente, recheada de vários títulos desenvolvidos por estúdios independentes das mais variadas dimensões.

Alien on the Run, jogo já disponível na plataforma desde 4 de agosto do ano passado, é um desses títulos, enquadrando-se, como verão, no grupo dos mais viciantes e cómicos da loja digital, mas também entre os mais simples e breves.

Tal como o nome indica, neste jogo controlamos um alienígena em fuga. Mais precisamente, este foi, ironicamente, capturado por outra raça espacial e está a ser levado do seu planeta natal por um OVNI. O nosso objetivo é, portanto, ajudá-lo a escapar e a regressar para junto dos seus entes mais queridos.

No entanto, embora esta descrição pareça indicar que estamos perante um jogo com uma história a ser desenvolvida em várias partes, mesmo que de maneira muito simples, o jogo não apresenta qualquer coisa do género. Em vez disso, estamos perante um simples jogo de aventura dividido em vários grupos de estágios.

Os vários níveis do jogo são de dois tipos. No primeiro e mais comum, correspondente a todos menos o último nível de cada área do OVNI , temos de chegar até uma meta no menor tempo possível. No segundo, correspondente à fase final de cada área, devemos encontrar todas as garrafas de chili espalhadas pelo nível. Tanto no primeiro como no segundo tipo de níveis temos um limite de tempo.

Rápido! Não deixem que capturem o FF3 de novo!

Infelizmente, estes grupos não são muito numerosos, tal como não são muito numerosos os níveis que os constituem, acabando Alien on the Run por ser um jogo que se completa facilmente em 2 horas. Isto se não estiverem a lutar pelas classificações mais elevadas em cada um dos estágios (ou sejam mesmo muito, muito bons).

Quando acabamos uma das fases, este ser alienígena resolve consumir o chili e é expelido da nave como se de um jato de tratasse. O que, como poderão imaginar, é uma cena muito divertida. Após, devido ao efeito escaldante do chili, aterrar no seu planeta, os seus amigos, no meio de tanta animação, acabam por o enviar de novo para o sítio de onde partiu.

Embora divertida, é uma pena que esta mesma cinemática seja reproduzida no final de cada fase, não havendo qualquer diferença entre a conclusão da mais fácil das zonas ou de uma das mais complicadas.

Mas não é só esta cinemática que é divertida. Todo o jogo está repleto de situações bastante engraçadas, mesmo enquanto jogamos. Em Alien on the Run, enquanto tentamos chegar à meta ou apanhar os recipientes de chili, vamos encontrando círculos amarelos e roxos. Fazendo dash, com o botão B, e soltando-o em cima dos primeiros, ganhamos tempo extra e temos a oportunidade de ver o nosso personagem a fazer um brilharete em várias posições engraçadas. Já se virem um dos roxos… tenham cuidado, pois ou pressionam freneticamente o botão B ou terão de repetir o nível.

À medida que se forem aventurando em Alien on the Run vão ainda descobrindo outros obstáculos e elementos que o tornam mais variado e não menos viciante. Por exemplo, encontrarão mãos mecânicas que atiram o nosso herói para pontos muito mais avançados (ou não depende do vosso talento) do nível em questão, duelos impossíveis de se evitar e muito mais.

Preparem-se para os loucos desafios das fases mais posteriores do jogo.

Finalmente, um ponto negativo que não poderia deixar de mencionar é a ausência de efeitos 3D, especialmente durante a já referida cinemática, em que tão bem ficaria. Fica aqui então esta crítica pois embora o jogo seja bastante simples como esta é a única cinemática existente, acrescentar estes efeitos não deveria ser algo muito difícil de se fazer.

Opinião final:

Alien on the Run é um daqueles jogos  de baixo preço com que por vezes damos de caras nas lojas digitais e que nos fazem pensar «porque não?», acabando por ser uma boa aposta. Embora seja bastante (demasiado em alguns aspetos) simples e se consiga acabar em pouco mais de 2 horas, a G-STYLE oferece aqui um produto que apenas peca por não ter uma grande variedade de desafios ou qualquer desenvolvimento, por mais pequeno que seja, na história, sendo um grande título para breves sessões de jogo mais descontraídas.

Do que gostamos:

  • Jogabilidade viciante;
  • Vários grupos temáticos com vários itens que tornam o jogo mais variado;
  • Excelente sentido de humor.

Do que não gostamos:

  • Falta de mais conteúdo, como efeitos 3D e mais cinemáticas;
  • Estrutura geral dos níveis muito pouco diversificada.

Nota: 6,5/10