Análise – Dr.Mario: Miracle Cure

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Recordo-me de jogar Dr. Mario pela primeira vez. Foi na clássica NES 8-bit (Nintendo Entertainment System). Tendo já jogado antes Tetris no Gameboy foi um jogo que estranhei nas primeiras vezes mas que depois apercebi-me da sua mecânica. Basicamente é ao estilo mais puro de blocos duplos descendentes (em forma de cápsulas medicinais) para dentro de uma garrafa, onde depois podemos os rodar e direccionar para tentar colocá-los da melhor maneira possível conforme pretendemos para tentar juntar quatro da mesma cor que os vírus que ali se encontram para os eliminar. O jogo termina se a garrafa se encher de cápsulas sem nos termos livrado de todos os vírus.

Dr. Mario é daqueles jogos que já tiveram direito a versões e remakes em todas as consolas da Nintendo desde o seu original na NES. Inclusivamente até tem versões existentes em mini-jogos em WarioWare e Brain Age 2. Não há muito a contornar aqui: trata-se , de facto de um jogo ao mais puro estilo de puzzles. Tem apenas uma ou outra nuance aqui e ali, tais como powerups com os quais dão uma ajudinha preciosa, mas basicamente basta-nos juntar quatro blocos da mesma cor em linha horizontal ou vertical e sabemos como o jogar.

Quase sempre teremos esta visão sobre o jogo.

No modo principal do jogo temos de ultrapassar 60 níveis (incluíndo os 10 de treino) livrando-nos dos vírus pestilentos que os infectam. Alternaremos de vez em quando entre Mario com os seus comprimidos duplos normais e Luigi com comprimidos em forma de “L” tendo de usar táticas diferentes com este personagem.

Existe, também, o Custom Clinic, onde podemos jogar (novamente com qualquer dos dois personagens) num modo infinito, versus ou jogos constantes. No modo infinito vamos lidar com vírus constantemente a aparecer, em versus é irmão contra irmão onde comprimidos aleatóreos afetam a garrafa do aversário ou até efeitos adversos tais como não poder rodar ou controlos trocados são constantes. Os jogos constantes impingem-nos a tarefa de completar níveis até perder. Temos também a opção de jogar um jogo estilo clássico Dr. Mario onde temos de jogar com a caneta para movimentar os comprimidos e segurar a consola de lado. Todavia é apenas uma maneira diferente de jogar. Nada de novo.

O modo versus contra o jogo.

Normalmente é de esperar um jogo muito charmoso e cheio de vida quando tem o nome “Mario” incluído no título. Infelizmente, não é este o caso. Começando pelos menus aborrecidos, passando pelos campos de jogo pouco providos de vida e até o uso da caneta quase inexistente acabam por conferir uma espécie de vazio ao jogo especialmente depois de ver jogos como Pokémon Shuffle ou Puzzle Dragons: Mario Bros. Edition, entre outros, muito mais cheios de cor e vida. Não é que o jogo seja mau, longe disso. Podemos dizer que se trata de… apenas “mais um” sem se destacar por não ter nada de especial. De louvar, no entanto, a inclusão de um modo online para jogarmos contra outras pessoas.

Opinião final:

Dr. Mario: Miracle Cure não se afasta, de facto, do molde tradicional dos jogos deste género. Atira-nos com uma série de níveis e modos, dá-nos alguns poderes, porém no final acaba por ser um pouco frustrante e nada entusiasmante. Nem mesmo a presença de Luigi ajuda o jogo a afastar-se da etiqueta de ser “apenas mais um”. Recomendado apenas aos fãs e por ter um preço quase razoável. Para os outros existem (muito) melhores alternativas onde podem investir o seu tempo e dinheiro.

O que gostamos:

  • Bom para passar tempos mortos;
  • Preço.

O que não gostamos:

  • Nada de novo ou entusiasmante;
  • Seco e sem vida;
  • Algo aborrecedor após algum tempo.

Nota: 6/10