Análise – Drancia Saga (Nintendo 3DS)

Através da Nintendo eShop, vários jogos do mercado mobile têm chegado às consolas da família Nintendo 3DS, alguns dos quais, como … já tivemos oportunidade de analisar. Outro deles é Drancia Saga, jogo simples de 8-bits que nos apresenta uma experiência retro de aventura.

O jogo é mesmo muito simples e contém apenas um modo, modo esse que podemos jogar com uma das várias personagens à escolha e que variam não apenas no nome e aspeto, mas também nos seus atributos, como maior agilidade, mais força, mais vida, capacidade usar mais ataques especiais, etc.

Neste modo, vários cenários vão-se sucedendo em que a nossa personagem, que se movimenta lateral e automaticamente, ataca os inimigos ao tocar-lhes, destruindo com um golpe os mais fracos e com 3 os bosses de cada cenário (se forem atingidos no seu ponto fraco). O nosso papel é apenas de alterar a direção em que se desloca, premir o botão A para saltar e o botão B para usar o ataque especial.

Diferentes personagens têm diferentes atributos, mas jogam-se de maneira indistinguível.

São 8 os cenários que temos pela frente, e … as personagens entre as quais podemos escolher. Nenhum dos cenários é muito demorado e o jogo é bastante curto. A sua longevidade é somente prolongada pelo facto de os estágios mais avançados (pela minha experiência, especialmente o 6º) serem desafiantes, e pelo facto de que podemos querer acabar o jogo com cada uma das várias personagens. De facto, o jogo é tão simples que está até gratuita nas plataformas mobile para as quais foi originalmente lançado, estando neste momento a 5.00€ na eShop da 3DS.

Para acabarmos o jogo, temos de completar os 8 estágios de seguida, mas se perdermos, não há problema, recomeçamos a partir do estágio em que perdemos. No entanto, caso queiramos acabar o jogo, temos de os percorrer a todos numa única sessão de jogo, o que acaba por não ser um problema, já que o jogo se acaba rapidamente.

A apresentação de Drancia Saga não é nada de grandioso, mas também não está nada mal para o jogo que é. O seu estilo retro, aliado a uma banda sonora baseada nos típicos e nostálgicos sons eletrónicos dos jogos dos anos 80 e 90, é coerente, mas nada nele se destaca especialmente.

Drancia Saga é divertido para sessões curtas, mas pode facilmente tornar-se aborrecido, isto porque, embora exista alguma variação nos cenários e inimigos, esta não é suficiente para manter o jogo atraente durante sessões mais longas. Mesmo as próprias personagens acabam por não representar quase nenhuma diferença em termos de jogabilidade. Afinal de contas, o jogo continua a consistir, essencialmente, no controlar da direção do herói escolhido e premindo o botão A para saltar, o que apenas não ocorre nas raras vezes em que ativamos o nosso ataque especial.

Os visuais do jogo são simples, mas adequados e consistentes.

Para além do jogo em si, temos ainda a Shop e o Bar. A Shop é, como todo o jogo, bastante simples e nela podemos comprar itens valiosos para a nossa aventura usando os diamantes que fomos colecionando durante a nossa aventura. Alguns dos itens dão mesmo jeito e são genuinamente bons aliados para os momentos mais difíceis. No entanto, outros não foram muito bem pensados, como a ampulheta que nos permite quebrar uma vez a nossa chain (que aumenta os pontos que recebemos dependendo do número de inimigos que derrotarmos seguidos sem sofrer dano), isto é, que nos permite sofrer danos uma vez sem perdermos a série que até lá conseguimos. Quando o comprei na loja pensei que esta funcionaria durante toda a sessão de jogo com a personagem escolhida, ou pelo menos uma vez por cada cenário… mas tal não foi o caso e serviu apenas para um único momento – no primeiro cenário. Como é óbvio, se o item em algum momento faria falta, não seria certamente num dos momentos iniciais, pelo que foi com grande espanto que reparei na inutilidade deste item.

Opinião final:

Drancia Saga é um jogo muito simples e que peca precisamente por ser demasiado simples. Apesar de custar apenas 4.99€, exigia-se mais conteúdo deste jogo, tanto a nível de cenários, como de diferentes maneiras de jogar com as várias personagens e de controlar a ação. O pouco conteúdo que tem, no entanto, é divertido e, apesar de alguns picos de dificuldade, com certeza que vos irá entreter, embora não por muito tempo.

Do que gostamos:

  • Divertido para sessões curtas de jogo;
  • Variedade de personagens;
  • Apresentação que, embora não seja grandiosa, é consistente.

Do que não gostamos:

  • Pouco conteúdo, mesmo para o preço reduzido a que se encontra;
  • Pouco controlo da ação por parte do jogador;
  • Um ou outro pico de dificuldade;
  • Não convence a que, após ser terminado, se repita a experiência.

 

Nota: 6/10