Análise – Lococycle XBLA (Xbox 360)

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Lococycle, da Twisted Pixel, estúdio adquirido pela Microsoft e responsáveis pelos brilhantes ‘Splosion Man e Ms Splosion Man e pelo mais recente jogo de Kinect,The Gunstringer, foi um dos jogos de lançamento para a Xbox One. A sua apresentação inicial deixou no ar que algo de brilhante dali sairia no entanto acabou por ter uma receção menos boa quando lançado na nova consola da Microsoft. Eis que alguns meses depois o jogo sai na irmã mais velha, a Xbox 360, tentando captar alguns dos muitos fãs dos jogos do serviço digital da mesma, o XBLA.

O jogo é apresentado com uma sequência longa e com vídeo real dando o mote para o jogo. Basicamente seguindo o habitual da Twisted Pixel através de personagens bizarras como generais e príncipes e… motas incrivelmente e tecnologicamente avançadas. O video dura pelo menos uns bons 10 minutos e em típicamoda do estúdio os atores não primam pelo brilhantismo apesar de se notar que é propositado. Uma das motas (IRIS) eventualmente é atingida por um raio e ganha vontade própria e arrasta o seu mecânico preso por um pé através dos EUA para participar numa festa de motociclos.

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O jogo atira-nos logo de seguida para uma espécie de tutorial simples onde através de túneis vamos carregando em botões e escapando o laboratório lidando com agentes que nos querem impedir de sair ao mundo. É um pouco estranho mas rápido por isso somos poucos minutos depois lançados no jogo principal nas estradas do “país da liberdade”. Carregar desenfreadamente nos botões e ocasionalmente dar um golpe de misericórdia com gritos e gemidos do pobre mecânico  Pablo Rodriguez está no prato do dia. Entretém, porém acaba por cansar após algum tempo.

Graficamente desilude um pouco apesar do jogo apresentar uma boa suavidade. Os cenários algo simples em muitas partes do jogo não ajudam a jogabilidade limitada e repetitiva. É curioso porque, sejamos sinceros, a base do jogo até é original e garantidamente poderia ter tido muito mais variedade no entanto a esperança de que algo aconteça acaba por cair por terra após algum tempo de fugir por estradas e mais estradas. Algumas variantes acontecem onde temos uma ou outra missão onde temos de, por exemplo, destruir tanques cheios de veneno mas nada que fuja muito ao tema de “escape”.

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Fãs da Twisted Pixel poderão gostar do jogo pela sua história maluca e constantes diálogos engraçados e sem sentido entre IRIS e Pablo contudo o jogo não vai proporcionar muito mais que isso. É francamente notório o “dedo” do estúdio no jogo pelo humor e pelas muito boas animações no entanto a variedade da jogabilidade acaba por manchar o que poderia ter sido mais um brilhante jogo. Acabamos por ter esporádicamente algum refrescar como usar uma arma com Pablo ou lutas à lá Street Fighter com IRIS mas que acabam por não ser suficientes para evitar a jogabilidade limitada.

O que gostamos:

  • Gráficamente simples mas fluido;
  • Humor Twisted Pixel reconhecível;
  • Divertido… em sessões curtas.

O que não gostamos:

  • Jogabilidade simples e entediante;
  • Pouca variedade dos níveis;
  • Tamanho de instalação.

Divertido, com limites, engraçado e com tons mais que reconhecíveis da Twisted Pixel o jogo prometia mas acaba por desiludir devido à jogabilidade muito limitada apesar de suave. Em alguns níveis acabamos mesmo por desejar que acabe só por terminar o aborrecimento. É pena, realmente pois prometia ser algo de especial como a maior parte dos jogos do estúdio. Quem sabe numa sequela ou… noutro jogo. Por enquanto só aconselho quando estiver a um preço mais reduzido.

Nota: 6/10

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