Análise – Mario & Luigi: Paper Jam Bros.

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A série Mario & Luigi tem sido uma das mais consistentes dos últimos anos apesar de algum furor relativamente moderado acompanhado de cada lançamento. A base de fãs tem sido sólida e firme apesar de algo exclusiva de “clubes de fãs” de títulos “maiores”. E este é um dos motivos mais fortes para que Mario & Luigi: Paper jam Bros esteja a tentar evoluir, porém, sem esquecer as suas origens. Esta série tem sido sempre focada nos dois irmãos canalizadores e em como o jogador os pode usar para trabalhar em conjunto. As batalhas são “à vez” e cada ação, desde resolver puzzles ou simplesmente saltar plataformas envolve tanto Mario como Luigi.

Esta jogabilidade simples mas bem entranhada acaba por ser um dos maiores pontos de sucesso que a Nintendo tem bem empregue ao longo dos anos. Suave, satisfatória e com uma fórmula “única”, esta jogabilidade apenas tem alguma comparação com a série Paper Mario. E é daí a razão pela qual estas duas séries finalmente se “encontraram”. Esta fusão parece ter tido como objetivo revigorar ambas as séries e acaba por ser, realmente, uma amálgama das duas. As bases de anteriores Mario RPG voltam, porém com um sabor adicionado de Paper Mario em 2D. Isso quer dizer que tanto personagens em 2D como cenários e até itens e um 3º herói em forma do próprio Mario em papel para ajudar o nosso duo normal.

Uma das várias missões divertidas.

Mario & Luigi sempre impressionaram com os seus ataques em conjunto, muitos deles incluindo interação com os cenários. Muitos também não dependem apenas de os escolher e deixar “a coisa andar” querendo isto dizer que com pressionar de botões bem ritmado podemos acabar por causar mais danos aos inimigos. Esta camada adicional de estratégia é totalmente opcional e proporciona uma boa variedade ás batalhas. Como neste jogo temos também Paper Mario a ajudar podemos eventualmente usar ataques “triplos” que com a combinação certa e bem ritmada podemos causar danos devastadores.

Este novo amigo de papel confere, também, uma boa quantidade de opções de ataque e inimigos a derrotar. Podemos optar por um ataque em que Paper Mario cria várias cópias dele próprio com as quais podemos, por exemplo, saltar várias vezes em cima dos inimigos. Inimigos estes que, sendo feitos de papel, têm atributos diferentes do que os “normais”. Esta variação de ataques e mudança de estratégias constante, mesmo após algum tempo de jogo, é bem-vinda e ajuda a combater a monotonia que poderia se fazer sentir depois das horas iniciais.

“Paper Mario” assume-se como 3º herói nesta aventura.

É curioso, apercebemo-nos que o jogo base, aquele que sempre foi “assim”, está lá. Isto porque temos sempre alguma diversão que nos é atirada como se a tentar nos surpreender. Entre essas surpresas pode ser uma missão para encontrar os Toads desaparecidos, os puzzles de trivia que apesar de algo estranhos são engraçados (e que podemos encontrar a qualquer momento) ou até certos mini-jogos nos quais de repente vemo-nos a batalhar inimigos. Nenhum é, por assim dizer, especialmente memorável, porém todos em conjunto formam um pacote bem divertido e tornam o jogo entretido do início ao fim.

A adicionar a todas estas boas caraterísticas temos alguns momentos em que a “4ª barreira” é destruída onde o jogo auto-proclama-se ou até critica-se a si próprio ou mesmo o jogador. São estes pequenos detalhes que acabam por ficar memoráveis em um jogo. Estas pequenas genialidades fizeram-me lembrar o brilhante Sunset Overdrive na Xbox One onde somos constantemente brindados com piadas inteligentes e momentos em que o jogo superava-se a si próprio ou parecia ter consciência própria. Muito bom.

Um dos vários ataques “triplos” ao nosso dispor!

Opinião final:

Enquanto que Mario & Luigi: Paper Jam é, sinceramente falando, um pouco mais do que já foi feito antes, em termos de jogo base é exatamente o que precisava para ganhar uma lufada de ar fresco com a adição do “mundo” de papel de Paper Mario. Não deixamos de sentir um certo “cliché” em algumas altura, talvez por ser “mais um” jogo Mario porém não deixem isso enganar-vos. Temos aqui um belo joguinho de onde retiramos umas boas horas muito entretidas.

O que gostamos:

  • A mistura dos 2 “mundos” bem conseguida;
  • O quebrar da 4ª barreira constante e aleatório;
  • Jogabilidade mantém o clássico mas consegue ainda ser “fresca”.

O que não gostamos:

  • Poderá ser um pouco cliché para alguns;
  • Os fãs do Mario “puro” podem não aceitar este “desvio” do normal.

Nota: 8/10