Já desde o início da década de 80, quando Super Mario Bros. foi lançado para a NES, que Mario se tornou na mascote da Nintendo, aparecendo em inúmeros jogos desde então, nos mais variados géneros. Um dos primeiros spin-offs desta série é Mario Party, uma série de jogos focados no multijogador local, com o objetivo de juntar a família em redor do ecrã para sessões de jogo muito animadas.
Desde o seu primeiro lançamento, para a SNES, e até ao momento, com Mario Party 10 para a Wii U, a série manteve o mesmo esquema, com modos de jogo e maneiras de controlar a ação semelhantes nos vários lançamentos. Assim, não me alongarei muito em explicar como funcionam os jogos desta série, redirecionando os que querem conhecer melhor a mesma para a nossa análise ao mais recente jogo da franquia (disponível aqui).
Através do tabuleiro em que a ação decorre no modo principal vamos participando em vários minijogos contra os outros participantes, sejam estes controlados pelo CPU ou não. Estes minijogos têm exatamente a mesma complexidade que os mais recentes, sendo jogos muito simples que rapidamente perdem a piada e que dificilmente se apresentam como atrativos após serem jogados 2 ou 3 vezes.
Para além de não serem nada complexos nem imaginativos, estes minijogos são raros, aparecendo apenas em certos momentos específicos do jogo, o que leva a vários momentos de espera enquanto observamos os personagens a moverem-se no ecrã, apenas pressionando o botão A para lançar o dado e, ocasionalmente, tomamos alguma decisão pouco relevante.
Assim, embora seja um jogo para, supostamente, animar festas, Mario Party 2 torna-se rapidamente aborrecido, tanto pela simplicidade e curta duração dos minijogos como pela baixa frequência com que aparecem.
Embora sejam demasiado simples e pouco frequentes, no modo de jogo mais conhecido, os minijogos que compõem este Mario Party são muito variados e tanto podemos estar numa ilha pouco estável a escapar de bolas de canhão disparadas na nossa direção como podemos, no momento seguinte, estar a disparar o canhão do nosso tanque contra os outros jogadores.
Para além desta variedade de minijogos, existe ainda uma boa variedade de tabuleiros, mais do que suficiente para este tipo de jogos e que apresentam detalhes muito bem conseguidos para a época em que foi lançado.
Mesmo já tendo 16 anos, Mario Party 2 consegue manter-se visualmente atrativo. Não é certamente devido aos modelos dos personagens e objetos, mas sim devido ao estilo artístico e colorido predominante e que serve como mais uma prova de como este estilo envelhece melhor do que o ultrarrealismo.
Opinião final:
Mario Party 2 é um Mario Party muito parecido ao que encontramos hoje para as novas consolas da Nintendo, levando os jogadores até um tabuleiro virtual em que jogamos uma espécie de «Jogo da Glória», se bem que com minijogos embutidos no mesmo, estes que são muito simples e repetitivos, mas que, ao mesmo tempo, são muito variados. Caso queiram uma alternativa mais barata de um jogo para passar algum tempo com a família, Mario Party 2 não é uma má opção, mas se não tiverem com quem jogar ou tiverem mais dinheiro disponível, existem outras opções mais adequadas que podem facilmente encontrar no catálogo da Wii U.
Do que gostamos:
- Grande variedade de minijogos;
- Vários tabuleiros por explorar.
Do que não gostamos:
- Minijogos demasiado repetitivos e simplistas;
- Períodos longos de espera pela próxima vez em que realmente jogamos.
Nota: 5.5/10