Análise – Mighty Gunvolt

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No meio de inúmeros revivalismos de jogos retro, chega-nos Mighty Gunvolt da Inti Creates, gratuito na aquisição de Azure Striker Gunvolt, até 2 de Julho. Mighty Gunvolt, oferece-nos um pequeno jogo de plataformas que cruza Beck de Mighty No. 9, Gunvolt e ainda a angélica Ekoro de Gal*Gun, juntos numa experiência que visa apelar à nostalgia e aos tempos áureos de jogos como Mega Man.

Confesso que estes rasgos de nostalgia não me afetam, nunca tendo jogado Mega Man na sua devida altura, mas ainda assim Mighty Gunvolt consegue distinguir-se de uma mera experiência de 8 bits a apelar ao sentimento, porque é pura e simplesmente bastante divertido.

A história é quase inexistente e temos uma pequena explicação em texto no início, que em nada influencia a experiência de jogo. Somos de imediato atirados para um dos níveis, uma vez que a ordem dos mesmos muda ligeiramente dependendo de qualquer personagem que escolhermos.

Mighty Gunvolt permite aos jogadores escolherem uma de três personagens.

Mighty Gunvolt permite aos jogadores escolherem uma das três personagens.

Com apenas cinco níveis, a experiência é um pouco curta, principalmente considerando que cada personagem não tem diferenças muito significativas entre si a nível de jogabilidade, apesar de todas conseguirem disparar em frente. Apesar desta limitação ser uma caraterística de muitos jogos retro, acaba por não ser muito desculpável nos dias de hoje em termos de design. Ainda assim, não influencia excessivamente o jogo em termos de dificuldade, a qual não é alterável de todo.

Os controlos são simples e intuitivos, resumindo-se aos movimentos, saltar e disparar, contando cada uma das personagens com um movimento especial e/ou ataque, sendo neste sentido Beck a personagem mais fraca, sem ataques especiais e com um movimento em que desliza, por um lado acaba por ser mais incomodativo que útil. Estas pequenas diferenças entre cada personagem, obrigam a utilizar uma estratégia ligeiramente diferente de cada vez que o jogador enfrenta cada nível, mas com a prática todos acabam por ser ultrapassados rapidamente.

Mighty Gunvolt é em todos os aspetos uma homenagem aos jogos da nossa infância

Mighty Gunvolt é em todos os aspetos uma homenagem aos jogos da nossa infância.

A sua banda sonora, assim como os seus gráficos e controlos (bem explícitos no ecrã inferior da 3DS) remete perfeitamente à era 8-bit, conseguindo replicar a experiência de jogo inerente. Todo o ambiente criado, por mais simples que seja, acaba por levar a que o jogador queira mais do que o que é oferecido. Os níveis são curtinhos e não oferecem grande desafio, levando a que o jogo seja visto mais como material promocional dos outros jogos nele representados do que outra coisa qualquer.

Ainda assim, para um jogo que no seu cerne é um pequeno acompanhamento de Azure Striker Gunvolt, consegue ser algo divertido e que continua a provar que por vezes menos é definitivamente mais.

Após 2 de Julho, Mighty Gunvolt poderá ser adquirido na eShop da 3DS, assim como um DLC que adiciona mais quatro níveis e bosses, uma adição muito bem-vinda a quem o jogo soube a pouco e que custa 2,49€, em que poderão encontrar dois bosses de Mighty No. 9.

Opinião Final:

O regresso às raízes ou a exploração da nostalgia são um tema muito recorrente em jogos recentes, muitas vezes resultando em experiências sem sucesso. Apesar de curto, Mighty Gunvolt pode-se considerar uma experiência bem-sucedida, podendo perfeitamente passar por um qualquer clássico dos videojogos, apresentando-se como uma boa homenagem aos jogos com que muitos de nós crescemos.

O que gostamos:

  • Revivalismo dos jogos retro de uma forma bem conseguida, sem parecer forçado;
  • Possibilidade de jogar com diferentes personagens.

O que não gostamos:

  • Demasiado curto.

Nota: 7/10