A Nintendo convida-nos uma vez mais para uma excitante aventura pelo mundo da moda com New Style Boutique 2 – Fashion Forward. A nossa avó deixa-nos uma pequena chave com a promessa de uma experiência maravilhosa que vai mudar a nossa vida. De facto, ao abrir uma porta numa casa de bonecas depara-mo-nos com uma menina chamada Sophie que confirma que a nossa avó ajudou a animar muito o lugar onde vive na sua altura.
Um começo algo caricato, admitamos, somos encolhidos e entramos pela porta “mágica” de Sophie onde, do outro lado está Beaumonde City, uma cidade onde podemos viver o sonho de administrar uma boutique de moda. As primeiras horas do jogo servem para uma leve introdução e tutorial onde ajudamos clientes a escolher roupas ou estilos e afins. É relativamente simples escolher roupas para as clientes pois elas próprias dão pistas mais ou menos claras sobre o que desejam, seja pelo tipo, cor ou marca de roupa. Normalmente também nos dizem o quanto estão dispostas a gastar por isso podemos, ou não, ajustar as nossas sugestões para tentar ganhar algum dinheiro extra.
Navegar o catálogo pela “personalidade” desejada.
O nosso catálogo da loja pode ser expandido ao visitarmos exibições onde podemos comprar roupas, malas e acessórios a partir de uma lista extensiva de 19 mil peças, para aumentarmos o nosso catálogo. Cada marca, obviamente, tem o seu próprio estilo havendo desde os estilos mais jovens e ousados até ás roupas mais básicas mas funcionais. O início do jogo pode, no entanto, ser um pouco “lento” pois apenas ficamos ali na loja a ajudar os clientes e por vezes damos por nós a desejar acelerar o processo.
Depois disso o jogo abre-se muito mais quando nos é apresentada a cidade em si, onde toda a gente é simpática connosco e temos a liberdade de fazer várias tarefas. Como homem, senti-me um pouco desconectado de início, admito, mas depois consegue-se apreciar a complexidade e diversidade de escolhas e acabamos por descobrir que, afinal, o jogo até é divertido.
Em casa onde podemos trabalhar nos manequins para a loja.
O jogo é surpreendentemente variado com oportunidades de gerir níveis de stock e os itens que estão na moda, colocar posters para publicitar a nossa loja, verificar mensagens com oportunidades no nosso telefone e também estar atentos à nossa agenda para eventos e afins. Outras oportunidades de carreira abrem-se eventualmente e podemos escolher ao nosso bel-prazer. Podemos tornar-nos artistas de maquilhagem, estilistas de cabelo, designers de roupa ou até modelos profissionais.
Tendo isto em conta, o jogo mantém-se “fresco” e variado. Só como exemplo temos cerca de 1300 estilos diferentes de penteados além dos tais 19 mil itens para a nossa loja. Mas das iterações mais interessantes e divertidas talvez seja a de ser modelo onde podemos participar em sessões fotográficas acabando por ver as nossas próprias fotos espalhadas pela cidade. No nosso apartamento podemos alterar a nossa aparência, seja no vestuário ou na maquilhagem, ou até elaborar novos fatos ou conjuntos para redecorar a nossa loja seja com manequins ou mudar o ambiente musical.
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Um dos momentos de “passerelle”.
Temos ainda a possibilidade de entrar no Caprice Chalet onde podemos, através de miniaturas, fazer quartos e lojas que ganham vida quando acabamos. Estes quartos podem ser partilhados através na Internet e cada um deles tem a sua própria morada, o que pode fazer com que seja mais fácil encontrar as criações de amigos, ou melhor dizendo, amigas, tendo em conta o tipo de jogo. Os dados do nosso quarto também pode ser partilhado por Street Pass.
Além disto tudo ainda existem os concursos através do Miiverse. O objetivo destes concursos é fazer fotos baseadas num certo tema e o jogador que criou o concurso é que decide a foto vencedora. Pode ser algo divertido mas sendo uma pessoa com amigos não temos muitas hipóteses da nossa foto ser escolhida, naturalmente. Os Amiibos são suportados e adicionam ao valor do jogo. De acordo com o Amiibo usado teremos clientes especiais na loja ou até peças específicas baseadas nesses clientes.
Podemos ser artistas de maquilhagem.
O jogo está bem conseguido a nível visual com gráficos acima da média para a portátil. Os ambientes e personagens são bastante coloridos e agradáveis. Os efeitos 3D adicionam alguma profundidade e estão agradáveis também, bem produzidos. As músicas parecem ser daquelas que “clicam” sempre de acordo com o que estamos a fazer e cada loja tem a sua própria música. É bem aparente que foi dada muita atenção a este jogo não sendo simplesmente mais um simulador de “coisas de menina”.
Alguns pontos menos positivos que podemos enumerar são o diálogo das personagens que pode se tornar bastante repetitivo ao ponto de ás vezes atendermos duas clientes diferentes seguidas e ambas terem exatamente o mesmo pedido. Outro é a óbvia omissão de atenção dada ao sexo masculino. Por um lado entendemos que o mundo “fashionista” é muito mais extensivo e dedicado à beleza feminina, no entanto por outro seria agradável ver alguns dos modos com a possibilidade de ter personagens masculinas. Isto com certeza iria abranger ainda mais a oportunidade de venda. Sendo assim, é pena mas o jogo é quase 100% dedicado à audiência feminina. Atenção que só esse facto não impede ao sexo masculino de apreciar o jogo, veja-se o meu exemplo!
Opinião final:
New Style Boutique 2 – Fashion Forward é um daqueles jogos que podemos passar largos períodos de tempo sem nos apercebermos. É fácil de jogar, mas difícil de largar. Os momentos iniciais podem prenunciar um jogo algo aborrecido pois arrasta-se um pouco sempre a fazer o mesmo mas depois disso expande-se consideravelmente. É um bom jogo para quem quer experimentar o que é fazer parte “desse mundo”. Infelizmente a falta de dedicação ao sexo masculino acaba por desiludir um pouco mas nada que manche demasiado a opinião final sobre o mesmo.
O que gostamos:
- Bons gráficos;
- Mais profundo do que parece;
- Extensa variedade de itens e escolhas;
- O Caprice Chalet é algo viciante.
O que não gostamos:
- O início é um pouco lento;
- Dedicado exclusivamente ao mundo da moda feminina. Aqui não há meninos!
Nota: 7,5/10