Análise – Rhythm Paradise Megamix

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A série Rhythm Paradise surgiu em 2006, no momento de transição do GameBoy Advance para a Nintendo DS, sendo, curiosamente, o último jogo produzido pela Nintendo para a linha de consolas GameBoy, nunca tendo, infelizmente, sido lançado fora do Japão.

Já a meio do ciclo de vida da Nintendo DS, eis que surge Rhythm Paradise, o primeiro lançado em todo o mundo, e que foi um jogo que pegou no que tinha sido feito com o original e acrescentou mais uma série de divertidos desafios rítmicos, todos com o mesmo estilo simplista e único que continua a caracterizar a série.

De facto, Rhythm Paradise Mega Mix é, como o nome indica, uma compilação dos desafios rítmicos presentes nos jogos lançados anteriormente, mantendo o seu estilo, mas adaptando-os para o hardware em questão, a Nintendo 3DS. Dito isto, o facto de este lançamento se tratar de uma compilação não implica, por si só, que não tenha nada de original ou uma história própria.

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Vamos … arrancar pelos a uma … cebola?

Para além de mini-jogos rítmicos presentes nos títulos que o precederam – que totalizam cerca de 70 desafios -, Rhythm Paradise Mega Mix traz ainda à volta de 30 novos, tendo, no total, mais de 100, pelo que não é pela falta de conteúdo que este jogo peca.

Embora fosse francamente impróprio dizer que, neste caso, quantidade não significa qualidade, o mesmo não pode ser dito sobre «quantidade não implica diversidade», afirmação que, infelizmente, está totalmente certa em relação a este jogo.

Isto não significa que os mini-jogos sejam todos iguais, ou que apresentem uma quantidade reduzida de situações. Pelo contrário, Rhythm Paradise Mega Mix apresenta uma grande diversidade de situações insólitas e hilariantes. No entanto, o mecanismo por de trás de quase todos os desafios é sempre o mesmo, carregar no botão A (e numa fase posterior, em mais 1 ou 2 botões) na altura certa, o que leva a uma certa repetição, não desejada.

Tendo já tratado de referir a variedade e quantidade de desafios presentes no jogo, prendo agora o olhar no segundo ponto que mencionei em cima: a história original do jogo. Neste título, em vez de se apresentar um conjunto, puro e simples, de níveis de dificuldade crescente, é nos contada a pequena estória do também pequeno Tibby, que caiu das nuvens e precisa da nossa ajuda para voltar para o seu lar.

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Digam Olá ao nosso novo amigo, Tibby!

A estória é bastante simplista, tal como é comum em jogos para um público mais geral (ou para toda a família, se preferirem), como os Super Mario Bros., entre outros. Não obstante esta simplicidade, esta funciona como um bom e hilariante fio condutor que nos faz soltar várias gargalhadas à medida que vamos avançando no jogo, que, aliadas às situações caricatas e originais dos vários mini-jogos, tornam Rhythm Paradise Mega Mix numa experiência bastante descontraída e divertida.

Infelizmente, existe um grande contraste entre esta sensação de diversão e descontração, que parece ser a principal premissa deste jogo e certos momentos específicos: as boss battles. A dadas alturas deparar-se-ão com painéis especiais (o jogo está dividido em vários painéis com mini-jogos que devem concluir para avançarem) que correspondem às batalhas contra bosses deste jogo.

Para podermos participar nestas devemos gastar moedas que fomos acumulando ao longo dos desafios anteriores, mediante a nossa prestação, sendo-nos apresentadas 3 alternativas: uma, mais fácil, mas que, para participar nela, devemos abdicar de um grande número de moedas; uma intermédia e, finalmente, uma que, embora difícil, demanda de nós uma pequena quantidade de moedas.

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Rachar lenha nunca foi tão divertido!

O que torna estas partes frustrantes não é o simples facto de serem difíceis e representarem um aumento no desafio que propõem, face aos restantes mini-jogos, mas sim o facto de, por podermos perder moedas, termos de repetir várias vezes os desafios que já concluímos. Claro que a maioria destes são divertidos, mas, pelo facto de, como já referi, serem bastante idênticos em termos estruturais, a experiência torna-se facilmente repetitiva, para além de que por mais divertidos que sejam, chega a uma altura em que se tornam aborrecidos. Assim, e infelizmente, poderão sentir o desejo de deixar o jogo a meio, justamente pelo facto de não haver grande motivação para voltar a jogar os vários desafios, tendo estes deixado de ser atrativos.

Para além destes sucessivos painéis, o jogo inclui ainda um pequeno Café, onde alguns personagens aleatórios vão aparecendo e onde vão sendo adicionados vários pormenores deliciosos, sendo o sítio onde os vários extras do jogo se irão reunir. Os quais não iremos revelar para não vos estragar algumas surpresas que poderão encontrar.

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Uma pequena vista de olhos por aquilo que podem encontrar no Café.

Opinião Final:

Rhythm Paradise Mega Mix é mais do que uma seleção dos melhores desafios de entre os vários mini-jogos presentes nos jogos anteriores da série. Para além dos mesmos, inclui ainda cerca de 30 novos desafios e ainda uma história original que, não sendo muito complexa, cumpre bem com o seu papel e preenche um vazio que, de outra maneira, se faria sentir de uma maneira clara.
Apresentando várias situações surreais (ou não, mas sempre originais e fora do comum), Mega Mix é um jogo muito divertido para se relaxar e se divertir em ocasionais sessões curtas de jogo. Pelo contrário, é um título que se torna facilmente cansativo (devido à repetição presente nos vários desafios), em sessões mais longas, que não são, sem dúvida, aquelas que recomendamos aos que queiram aproveitar ao máximo a sua experiência com este jogo.

Do que gostamos:

  • História apresenta um fio condutor bastante competente para um jogo do género;
  • Personagens e situações engraçadíssimas;
  • Vários extras e uma grande quantidade de conteúdo, no geral;
  • Desafios variados e divertidos…

Do que não gostamos:

  • …mas sempre com a mesma estrutura;
  • Facto de se ter de repetir várias vezes os mesmos desafios.

Nota: 7/10