A Crytek apresenta-nos Robinson: The Journey, um mundo com muito para explorar e com criaturas fantásticas que realçam esta aventura. Este é o mais recente jogo de realidade virtual que a Crytek nos apresenta para o PlayStation VR.
Os dinossauros serão os protagonistas desta história, mas, claro, não irá faltar a fantástica vegetação que carateriza bem a época dos dinossauros, num cenário que poderia ser caracterizado como uma espécie de Jurassic Park.
A história começa com uma nave que se despenha num planeta chamado de Tyson III e Robinson é um dos sobreviventes deste acidente. Robinson tem como companhia um robô esférico voador (HIGS) e Laika, um dinossauro bebé. Após estes eventos, a sua principal missão passa a ser sobreviver e encontrar as causas do acidente.
O jovem Robinson sobrevive e terá ajuda do já referido robô esférico voador HIGS e de Laika, que descobre outras unidades HIGS que contêm algumas informações sobre a queda da nave. Começando a aventura, terão de encontrar mais unidades HIGS e, quem sabe, outros sobreviventes de modo a conseguirem desvendar o que realmente aconteceu para que este acidente tenha ocorrido.
A nossa personagem, Robinson, terá de explorar o planeta, mas, em alguns casos, terão áreas restritas que apenas poderão explorar se fizerem escalada, criarem peças para o vosso equipamento, apanharem objetos para conseguirem progredir, etc. O HIGS também vos irá ajudar para resolver alguns puzzles de forma a conseguirem distribuir energia elétrica em torno do vosso acampamento.
Laika, o nosso dinossauro bebé, também será de possível controlo, ou melhor, poderemos dar-lhe algumas tarefas, tais como: rugir, seguir-nos, assustar outras criaturas, etc. Em algumas tarefas, o nosso pequeno dinossauro irá ajudar-nos para que possamos seguir caminho durante esta aventura.
Em relação à interação, seria útil usar os comandos PlayStation Move, mas tal, em Robinson: The Journey não acontece pois todo o jogo é controlado com o DualShock 4. Espera-se que no futuro a produtora consiga lançar uma atualização que nos dê a possibilidade de escolha para usar os comandos de movimento, aumentando a imersão do jogador.
Ao longo da aventura irão encontrar diversos animais em que poderão, através do utensílio que têm disponível na vossa mão direita, fazer um scan de modo a inspecionarem o corpo de cada criatura. Este é uma espécie de mini-puzzle que difere em dificuldade dependendo do tamanho de cada animal. Por vezes torna-se difícil devido aos mesmos se mexerem, pelo que terão de ter em atenção, quando fizerem o scan, para não selecionarem os pontos vermelhos, pois caso isso aconteça terão de começar o scan novamente. É uma experiência interessante, mas que após fazerem a algumas criaturas poderá tornar-se repetitivo.
Com o PlayStation VR terão a sensação de escalada em Robinson: The Journey, pois, com o vosso comando, terão de carregar nos botões traseiros do vosso DualShock 4 de modo a conseguirem subir e trepar para a plataforma que se segue acima de vocês. A sensação é espetacular, mas se pudéssemos fazer estas tarefas com os comandos PlayStation Move seria mais desafiante e interessante, pois a sensação de adrenalina seria fantástica.
Em alguns momentos da aventura irão aparecer os Velociraptors, dinossauros dos quais terão que fugir, pois caso sejam apanhados não irão ficar muito bem…. ou melhor dizendo, fujam que é melhor.
Em relação à jogabilidade, é pena que apareça no ecrã a nossa mão literalmente a flutuar, algo que, como já referi anteriormente, se tivéssemos a possibilidade de usar os comandos PlayStation Move, poderíamos move-la e tornarmo-nos mais «reais» neste jogo de realidade virtual. Até mesmo quando usamos o scanner, se pudéssemos usar o PlayStation Move, daria uma maior sensação de análise e rigor às criaturas, algo que com o nosso DualShock 4 também é possível mas não se torna tão imersivo.
Cada área torna-se fantástica dado o rigor e aspeto real que o PlayStation VR causa. Estamos literalmente numa selva com grandes criaturas. As árvores, os rochedos, as plantas, os animais, tornam este jogo ainda mais real e intuitivo, de modo a colocar o jogador em cena, e, claro, terão de ter em atenção as criaturas com que se irão cruzar ao longo da aventura.
Robinson: The Journey, sendo um jogo na primeira pessoa, pode causar tonturas ou náuseas caso não estejam habituados, pois terão de executar alguns movimentos com a vossa cabeça para explorar o cenário e prosseguir na aventura. Posso afirmar que, enquanto joguei este jogo, não tive qualquer tipo de problema, mas claro que tudo isto varia de pessoa para pessoa.
A Crytek já nos habitou a grandes pormenores e o motor gráfico CryEngine mostra-nos tudo com grande detalhe, não só a nível de qualidade, como também o meio envolvente colorido e que corresponde às espetativas que se tinha para o PlayStation VR.
Por fim, convém realçar que este é mais um dos títulos que ficou disponível recentemente para o PlayStation VR e, se gostam de exploração e algum clima relacionado com selva e tempos pré-históricos, este jogo é ideal para vocês.
Opinião final:
Robinson: The Journey é um jogo fantástico para quem gosta de jogos na primeira pessoa. O PlayStation VR dá-nos essa possibilidade e, claro, uma grande aventura na selva. Para quem gosta deste tipo de clima e aventura na era dos dinossauros é uma compra obrigatória. Um jogo ideal para jogarem com os vossos amigos e partilharem experiências fantásticas com Robinson.
Do que gostamos:
- Qualidade gráfica;
- Mini-desafios e puzzles interessante.
Do que não gostamos:
- Falta opção dos Playstation Move;
- Repetitivo após algumas horas.
Nota: 7/10