Neste jogo o foco é mais nos filmes produzidos pela Pixar para a Disney. Alguns dos melhores filmes da Disney foram produzidos por este estúdio, e não é preciso preciso ir muito longe, bastando mencionar filmes como Toy Story, que tocou no coração de muitas crianças, ou Nemo que tocou em assuntos muito interessantes como a forma como os pais lidam com os seus filhos. Pessoalmente sempre gostei de entender as mensagens subtis que estes filmes nos dão. Estamos perante, então, mais uma conversão de um jogo lançado antes para a Xbox 360, desta vez um exclusivo para o Kinect, que agora é resmasterizado, da mesma forma que Disneyland Adventures, em 4K e HDR, sendo agora também possível jogar com o comando.
Entre os mais simples mas divertidos está Toy Story.
O jogo apresenta-nos um parque temático onde as crianças podem fingir que são algumas das personagens dos seus filmes favoritos da Pixar. Este parque tem 6 áreas principais, uma alusiva a cada filme, nas quais podemos entrar e participar em missões específicas dos universos contidos nos mesmos. Os filmes representados são: Carros, À procura de Dory, Os Incríveis, Ratatouille, Toy Story e Up!. Cada mundo tem três fases (o da Dory tem apenas duas) muito baseadas nos respetivos filmes. Por exemplo, na área do filme Carros participamos primeiro numa corrida e depois numa missão de espionagem (tal como no segundo filme), e por aí adiante. Mas é claro que, uma vez mais, teremos várias personagens dos filmes a ajudar-nos
Neste jogo nota-se ainda um foco mais profundo na maneira como as missões ao invés de simples miniogos com alguma aleatoriedade, como em Disneyland Adventures, serem baseados nos próprios filmes e terem com eles uma ligação estreita. Cada nível está bem desenhado e a nível audiovisual está quase irrepreensível, contendo inclusive as vozes originais das várias personagens. Todos os níveis têm também áreas que são desbloqueáveis e segredos nelas escondidos, tais como a possibilidade de eventualmente jogar mesmo com as personagens dos filmes. Tal no outro título já mencionado, um segundo jogador pode juntar-se à aventura e quase até faz mais sentido jogar Rush dessa forma, pois alguns obstáculos nos níveis requerem cooperação (o que torna a possibilidade de jogar a dois a ideal para se divertirem com este jogo.
O filme mais recente incluído é “À procura de Dory”.
Desta feita os controlos foram bem adaptados para jogar com o comando em todos os mundos e níveis, porém continua a ser possível jogar com o Kinect . Claro que ainda é necessário algum espaço para poder jogar sem problemas, mas o espaço exigido não é tão grande como na Xbox 360, devido à melhor resolução e plano de visão do Kinect 2.0. Há ainda a notar a qualidade visual, que acaba até por ultrapassar a de Disneyland Adventures, parecendo em muitas ocasiões que estamos mesmo a ver um filme da Pixar. A maior resolução na Xbox One X também é uma ajuda neste efeito.
Opinião final:
Rush: A Disney Pixar Adventure é uma vez mais um bom jogo para a família se juntar e rir-se durante uma sessão de tarde de férias de Natal. No meu ver, um pouco melhor que Disneyland Adventures por se focar em entrar logo nas missões, sem haver a necessidade de andar a interagir muito com personagens e afins para ir desbloqueando mais coisas. Tem uma qualidade visual bastante boa, parecendo até em muitas ocasiões que estamos a ver um filme da Pixar no entanto é de lamentar a ausência (novamente) de algumas personagens carismáticas, tais como Wall-E, ou outras de filmes mais recentes. Uma boa opção para presente de Natal para os mais novos, mas que pode também perfeitamente ser jogado por jogadores mais velhos.
Do que gostamos:
- A melhor escolha se preferirmos os filmes ou personagens Pixar;
- Possibilidade de jogar com Kinect ou com comandos;
- Simples de jogar e com possibilidade de saltar partes do jogo;
- Possibilidade de jogar a dois.
Do que não gostamos:
- Não inclusão de personagens ou filmes mais recentes;
- Seção de navegação simples, mais valia manter apenas o menu de escolha de níveis;
- Apenas 2 ou 3 níveis por cada “filme”;
- Justifica o preço?
Nota: 7,5/10