Análise – Super Smash Bros 3DS

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Super Smash Bros é um nome que certamente não vai deixar os leitores indiferentes. Este é um título que tem conquistado jogadores aos milhões desde a sua primeira entrega em 1999, na Nintendo 64. Chegado à 3DS, o que temos de novo?

Esta é a primeira vez que Super Smash Bros é o primeiro jogo da saga a ter uma versão portátil, que os fãs tanto ansiavam. Afinal quem não quereria levar todos os personagens e cenários favoritos da Nintendo no bolso? A verdadeira questão que se põe é: funcionou? A resposta é sim.

A primeira reação ao iniciar SSB é de familiaridade e ansiedade de saltar para o ringue. Contribui para isto a sua apresentação visual e toda a banda sonora, que está fantástica e que convidamos a ouvirem enquanto leem a nossa análise.

Jogadores veteranos da série não terão qualquer problema em acostumar-se ao jogo, sendo que as mecânicas são basicamente as mesmas. Os novos jogadores, no entanto, podem ter alguma dificuldade a entrar no espírito do jogo. Nota-se bastante a ausência de um tutorial com as mecânicas base, bem como introduções aos vários modos de jogo. Apesar de existir um pequeno vídeo quando deixam o menu durante alguns segundos e de algumas imagens a descrever os modos de jogo, estes são bastante incompletos. A solução aqui é óbvia: têm que jogar para aprender; solução que agradará até a alguns, mas que poderá alienar outros, nomeadamente os mais novos.

Quanto às mecânicas base em si, temos o já habitual sistema de percentagens e o objetivo de levar os nossos adversários a cair ou enviá-los nós mesmos para fora do ecrã. As percentagens de dano, bem como outras informações, são dadas pelo ecrã de baixo, enquanto a ação se passa no de cima. Quanto maior for a percentagem de dano de um inimigo, maior a probabilidade de perderem uma vida no próximo ataque. O vencedor será o jogador com uma melhor razão de mortes causadas para mortes sofridas.

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Informação do ecrã inferior

Algo que levou grande atenção nesta versão de Smash Bros foram os itens, que proporcionam uma grande variedade às lutas. Neste jogo temos acesso, por exemplo, a Pokébolas que depois de usadas nos dão um Pokemon para lutar a nosso lado por alguns segundos. Outros itens variam desde armas a bananas, sem esquecer o sempre apetecível item que nos permite fazer o nosso Super Smash Especial.

A nível de apresentação, Super Smash Bros deixa um sabor agridoce. Se por um lado tem excelentes animações de combate e uma excelente arte no geral, por outro notam-se as fraquezas da Nintendo 3DS, nomeadamente na resolução. Mas aqui o que interessa é mesmo a fluidez de combate, e nesse ponto tudo corre suavemente. Como já temos vindo a ser habituados, somos prendados com uma fantástica banda sonora, com sons reminiscentes dos clássicos, eximiamente trabalhados com um toque moderno e mexido. Não nos cansamos de dar esta dica: usem auscultadores! Vale mesmo a pena a imersão.

As batalhas têm até quatro jogadores numa luta frenética, com muita coisa a acontecer ao mesmo tempo. Nota-se aqui alguma “falta de espaço” na 3DS, com algumas situações em que os personagens estão tão pequeninos que mal conseguimos distinguir quem são, quanto mais o que estão a fazer.

Se são daquele tipo de jogador que joga sempre com o 3D ligado, Super Smash não traz nada de espetacular à mesa, e sendo um jogo em que provavelmente vão parecer doidos a mexer com a consola, sempre a premir botões e cheios de adrenalina, aconselhamos a manterem o slider do 3D em baixo e pouparem na bateria.

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É melhor não caírem à água!

Um dos pontos principais de qualquer Smash Bros, e mesmo de um qualquer jogo de luta, é a oferta de personagens jogáveis. Super Smash Bros não compromete, oferecendo 51, o número mais alto até agora. Esta oferta só por si traz horas de entretenimento, com a descoberta de todos os detalhes de cada jogador. Todos têm as suas vantagens e desvantagens, mas se algo é certo é que vale a pena experimentar todos, nem que seja para ver as animações e os seus ataques especiais. A nível de balanço notam-se alguns problemas (estou a olhar para ti Little Mac!) mas nada game-breaking.

Não esquecer também a elevada importância dos mapas e do excelente trabalho efectuado em Super Smash Bros. Temos vários cenários, desde o Mushroom Kingdom de Mário até às Green Hills de Sonic, todos com partes destrutíveis e as suas próprias características. As lutas com cenários em movimento são especialmente divertidas a alguns mapas são uma beleza de ver a desenrolar.

Em termos de modos de jogo, temo-nos apenas referido ao clássico, que é obviamente a grande estrela, mas Super Smash Bros não se fica por aí. Temos à nossa disposição alguns mini-jogos, modos de treino, um modo aventura, e ainda a possibilidade de jogar e ver jogos online, bem como funcionalidades StreetPass. Há uma série de desafios para concluir que tornam a experiência mais dinâmica e que certamente agradará os que gostam de colecionar e desbloquear tudo o que for possível. É também uma boa forma de descobrir algumas funcionalidades.

Um menu do jogo bem conseguido

Um menu de jogo bem conseguido

O modo mais inovador e que nos chamou mais a atenção é o modo Smash Run, que trás alguns elementos de RPG e de jogos de plataformas ao jogo. Neste modo somos confrontados com um mapa mais ao estilo de um jogo de plataformas, repleto de inimigos e cenários alusivos a diferentes jogos da Nintendo. O objetivo é eliminar inimigos e ir colecionando melhorias para os nossos atributos durante 5 minutos. Findo este tempo, temos uma batalha entre os 4 personagens, que estarão tão mais fortes quanto mais melhorias tenham apanhado. Esta batalha pode ser uma batalha Smash normal, mas pode também ter alguma particularidade, como barras de vida, ou ter um percurso de obstáculos num mapa dinâmico.

Uma nota também para o modo All-Stars, onde defrontamos diferentes heróis agrupados por ordem cronológica, e para os desafios onde temos que derrotar 100 inimigos. Estes e outros minijogos ajudam a dar variedade ao jogo e são bastante divertidos. Excelentes para treinar e depois partir para algo mais desafiante, como jogar online.

 

O que gostamos:

  •  Diversidade de personagens e de modos de jogo;
  • SSB_packN3DSAnimação fluída e impressionante;
  • Totalmente em português.

 

O que não gostamos:

  • Apesar do bom trabalho artístico e da fluidez das animações, notam-se alguns sacrifícios, nomeadamente na resolução;
  • Falta de uma melhor introdução aos vários modos de jogo e às mecânicas em geral.
   

 

Super Smash Bros na Nintendo 3DS vai agradar aos fãs e conquistar muitos outros. É uma entrega sem grandes novidades mas que não compromete, esta é uma versão de Super Smash Bros com toda a acção a que a Nintendo nos habituou.

8.5Muito Bom
    

Super Smash Bros. está disponível em exclusivo para a Nintendo 3DS nas lojas e na Nintendo eShop desde 3 de Outubro por 44,99€.