Análise – Swords & Soldiers II

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A série de estratégia da Ronimo Games, Swords & Soldiers, celebrou a chegada do seu segundo título à Nintendo eShop da Wii U no passado dia 21 de Maio, prometendo oferecer grandes momentos de diversão através de curtos mas movimentados combates, em semelhança ao que encontrávamos já no seu antecessor .

Mais uma vez controlamos um exército que experiência várias aventuras. Os Vinkings continuam a marcar presença nesta sequela, no entanto os seus adversários são outros: Persas e Demónios. Cada uma destas fações possui os seus próprios truques e pontos fortes e fracos, que vamos ficando a conhecer à medida que passamos a campanha, seja pelos novos poderes que temos a nosso dispor, quer pelas novas artimanhas dos nossos adversários. Desta vez a história é contada por um Viking aleijado e preso a uma cadeira de rodas. Este relata os vários eventos de forma muito carismática, vivendo com emoção o que está a acontecer, desde alegria intensa em tempos de festa, que são muito recorrentes para este povo, até um terrível medo quando avista inimigos poderosos. Controlados pelo grande Redbeard, estes marinheiros setentrionais, fortes e festivaleiros vêm-se envolvidos num confronto entre Persas e Demónios, estes que se querem apoderar de um tesouro valioso dos primeiros. Assim, os Vikings encontram muitos inimigos para defrontar, mesmo quando menos o esperam. Estes confrontos com os outros exércitos decorrem sempre em cenários bidimensionais com um formato não muito distinto entre si, notando-se diferenças dignas de referência apenas no ambiente onde decorre o embate. Aqui encontra-se um dos problemas deste jogo estratégico, a semelhança entre os vários campos de batalha, que, embora se distingam pelo aspeto do ambiente e pela fação que defrontamos, são sempre muito lineares.

Os Vikings partem para mais um combate...

Os Vikings partem para mais um combate…

Embora seja um jogo de estratégia, Swords and Soldiers II não é um jogo muito complexo, o que permite a que mesmo os que nunca experimentaram nada do género e os que ainda não se sentem confortáveis com videojogos de consola no geral possam divertir-se. No entanto não esperem encontrar aqui um jogo sem qualquer desafio, na verdade, terão muitas vezes de ser bem rápidos e perspicazes caso queiram vencer o confronto e prosseguir na vossa jornada. Com esta oferta de desafio e ao mesmo tempo de um sistema que pode ser facilmente aprendido, a Ronimo Games conseguiu criar um título que consegue cativar jogadores experientes, bem como jogadores novatos.

Para além de ser de fácil acesso (embora desafiante), outro ponto muito positivo de Swords and Soldiers II é a duração das batalhas. Algo que afeta muitos jogos de estratégia mais complexos é o facto de que necessitam de gastar várias horas para se adaptarem ao estilo de jogo e começarem a disfrutar do mesmo. Neste caso não é assim. Cada batalha dura em média 10 minutos pelo que mesmo jogadores com horários mais apertados e que não possam dispensar tanto tempo para este hobby se possam divertir ocasionalmente.

Nestas curtas, simples mas intensas partidas vamos angariando ouro para criar novas tropas e infraestruturas que nos permitam defender de investidas dos inimigos e/ou ataca-los. Praticamente todo o fator estratégico deste jogo reside na maneira de encontrar ouro e mana para sustentar o nosso exército enquanto nos preocupamos com as tropas já vivas. Como podem observar, algo bem simples e  fácil de dominar.

Os personagens são muito expressivos e trazem vida para a batalha.

Os personagens são muito expressivos e trazem vida para a batalha.

Outro dos pontos positivos que gostaria de destacar em Swords and Soldiers II é o facto de que através do Wii U GamePad podem jogar utilizando quer os botões do comando quer o ecrã tátil do mesmo. Ambas as maneiras de controlar a ação estão bem atrapalhadas pelo que o jogo não se torna mais ou menos limitado dependendo da opção escolhida. Assim jogadores que prefiram utilizar os botões e jogadores que prefiram o ecrã tátil podem experienciar o jogo em pleno, sem restrições devido ao esquema escolhido.

Por outro lado existe ainda um aspeto negativo a realçar que se trata de que é difícil e nada intuitivo deslocar a câmara de um lado ao outro do campo de batalha para controlar as diversas partes do nosso exército. Algo que é extremamente necessário e a que decorremos constantemente. É, portanto, o maior problema deste jogo, mas ao qual poderão se habituar após algumas sessões de jogo.

Existem vários poderes medonhos em Swords&Soldiers II.

Existem vários poderes medonhos em Swords & Soldiers II.

Fora o modo campanha existem dois modos disponíveis e que podem trazer várias horas de diversão: Multijogador local e Skirmish. O modo multijogador local não tem muito que se lhe diga, sendo apenas um modo de ecrã dividido em que podem jogar contra um amigo ou familiar, cada um controlando o seu próprio exército. No modo Skirmish podemos personalizar tudo e criar uma batalha única. Podemos, por exemplo, juntar as melhores unidades de cada exército num só, escolher entre 11 cenários, controlar as quantidades de ouro e mana disponíveis etc. criando experiências únicas. Este modo é para um jogador e o vosso oponente será controlado pelo computador, que poderá ser mais ou menos desafiador dependendo da vossa escolha.

Para finalizar gostava de referir o belo estilo artístico deste jogo que ajuda a criar o ambiente humorístico pretendido pela Ronimo Games, que mistura cenários coloridos com intensas batalhas.

Opinião final:

Se já jogaram o primeiro Swords and Soldiers então não esperem grandes novidades neste título, no entanto podem ter a certeza que a qualidade se mantém e estarão mais uma vez perante uma experiência de grande qualidade, um jogo de estratégia que sem ser muito complexo pode divertir jogar mais ou menos experientes. Serve também para momentos em que não possam dedicar muito tempo às vossas consolas mas queiram relaxar um pouco e desfrutar deste hobby que são os videojogos.

O que gostamos:

  • Tom humorístico e direção artística;
  • Duração curta das batalhas;
  • Sistema simples e intuitivo;
  • Opções de controlo (botões e ecrã tátil);
  • Modo multijogador local e especialmente modo Skirmish.

O que não gostamos:

  • Campos de batalha com formato idêntico entre si;
  • Dificuldade em gerir toda a ação;
  • Falta de novidades em relação ao primeiro título.

Nota: 8,5/10