Seis anos depois do lançamento do quinto episódio da história do continente de Tamriel, e de um relançamento remasterizado na PlayStation 4, Xbox One e PC, The Elder Scrolls V: Skyrim chega à Nintendo Switch.
Este lançamento não constituiu uma surpresa, de modo algum. Aliás, no vídeo de apresentação da consola híbrida da Nintendo, aparecia um rapaz que, acabado de chegar do seu voo, senta-se no sofá, coloca a Switch na dock, pega no pro controller e o Skyrim aparece no ecrã – como se a Nintendo dissesse na mesma imagem: “sim, este tablet corre o Skyrim” e “temos a Bethesda on board”.
O que é surpreendente, com todo o mérito pertencente à equipa da Bethesda que trabalhou com a Nintendo neste port, é o quão bem Skyrim encontra na Switch uma versão, que para muita gente – nós incluidos-, pode muito bem ser a definitiva.
“Versão definitiva? Heresia!” – Exclamam os leitores. – “Mas então já não existe uma versão melhorada nas outras consolas?”.
Existe, sem dúvida, e neste aspeto é preciso admitir que a versão da Switch não é o monstro gráfico que sabemos ser a versão do PC ou até das consolas mais recentes, nem suporta os mods. MAS, o que temos, é uma versão que, além de ser mais detalhada que a versão original para PS3/XBOX360, também corre de uma forma bastante consistente quer em modo portátil, quer docked – salvo uns loading times um bocadinho grandes para o nosso gosto e o texto que é capaz de ser um pouco pequeno. Dito isto, a portabilidade que a Switch oferece torna possível o sonho de lançar uns fus-roh-dahs no metro e depois chegar a casa e ter a experiência pura e inalterada na nossa TV! Se tivermos também em conta que esta versão inclui uma excelente adaptação dos motion controls para certas ações, como atacar com uma espada ou com um arco e flecha, usar magia e, o nosso favorito – o arrombar fechaduras (sente-se mesmo os pinos da fechadura com o HD rumble) – para além de expandir a história ao incluir as expansões Dawnguard, Hearthfire e Dragonborn, ficamos portanto com uma versão bastante apetecível, num pacote bem pequeno.
Temos de falar também no suporte para as amiibo, as adoráveis figuras com a capacidade mágica de nos derreter o conteúdo da carteira! Esta versão de Skyrim suporta amiibo, oferecendo-nos vários items, mas também nós poderá oferecer itens do The Legend of Zelda (Breath of the Wild), caso o amiibo utilizado seja de qualquer coleção Zelda. Para o fã de ambas as séries, é muito engraçado!
Não é errado dizer, portanto, que a versão da Switch é a special edition de 2016, adaptada ao hardware único da Switch – com toda portabilidade, motion controls e amiibo, mas sem mods.
Aqui fica a nossa video-análise a The Elder Scrolls V: Skyrim Switch Edition que inclui também gameplay do jogo.
Jogamos muito Skyrim à data do lançamento original e podemos mesmo dizer que a versão da Switch, com tudo o que esta traz , fez-nos querer saltar para dentro de Tamriel mais uma vez. A experiência de poder fazer aquela primeira viagem de Riverwood para Whiterun, ou explorar Bleak falls barrow no ecrã portatil da Switch faz-nos apreciar cada vez mais os avanços tecnológicos desta última decada.
Opinião final:
The Elder Scrolls V: Skyrim Switch Edition pode muito bem ser a versão definitiva do quinto jogo de TheElderScrolls. Com um ligeiro compromisso a nível da fidelidade gráfica e nos mods, mas com todas as expansões, motioncontrols, amiibo, já para não falar da função principal da Switch – de levar a nossa aventura para qualquer lado – esta versão de Skyrim consegue ser aquela que é “mais pratica de jogar”. Se o leitor apenas está a entrar agora nos videojogos e nunca jogou Skyrim, ou se sempre foi um fã Nintendo e desconhece o porquê da loucura do “arrowintheknee” de há uns anos para cá, agora não há desculpa. Embarque já na aventura que marcou uma geração! Para todos os outros, a praticalidade desta versão poderá justificar muito bem o investimento, especialmente para quem não jogou as expansões.
Do que gostamos:
- Versão optimizada de Skyrim para a Switch, corre de um modo consistente quer em modo portátil, quer em modo docked;
- Expansões incluídas!;
- Fus-roh-dah no metro!!!;
- Motion controls com HD rumble! (aquele lockpicking gostoso).
Do que não gostamos:
- Loading times são um bocado longos;
- Texto pequeno no ecrã portatil da Switch não é do mais fácil de ler;
Nota: 9/10