Análise – The Order: 1886

analise_theorder.1886_1_portugalgamers

A Sony está de volta com um novo exclusivo para a consola de nova geração, estamos a falar de The Order: 1886.

Este jogo produzido pela Ready At Dawn foi revelado na E3 2013 e é agora lançado para a nova consola da Sony. Com o realce de exclusivo Playstation 4, têm aqui um papel importante para os jogadores sobre a sua duração e qualidade. Não são necessárias muitas horas de jogo para terminar esta aventura, umas dez horas deverá ser o suficiente, apesar de que têm muito para explorar.

Apesar de uma curta longevidade The Order: 1886, têm bastantes sequências cinemáticas e a jogabilidade em si, aí peca um pouco. Este jogo composto pelo modo campanha tem várias partes de história em que se utiliza o Quick Time Events, apenas temos de clicar numa tecla, sem termos aquela sensação de que estamos a entrar na aventura. Nos outros capítulos quase que nem jogamos, apenas temos de assistir ao vídeo com o desenrolar da história. As várias cenas cinematográficas são brilhantes e lindas para se apreciar, mas por vezes torna-se um pouco cansativo dado que são bastante longas.

As personagens e todo o cenário dão ainda mais realce na cidade de Londres.

As personagens e todo o cenário dão ainda mais realce na cidade de Londres.

A nível de qualidade visual The Order: 1886 é sem dúvida um bom jogo, todos os detalhes da cidade, roupas das personagens, bem como as conversas durante o jogo torna esta aventura mais real. A história poderá cativar os jogadores visto que irão ter mistérios e segredos para desvendar. Terão ainda vários momentos que vos irá despertar a atenção com vontade de progredir na história com muito para descobrir.

Em The Order: 1886 irão estar na pele de Sir Galahad, interpretado pelo ator Pedro Lima (versão Portuguesa do jogo). A Ready At Dawn escolhe assim a cidade de Londres Victoriana para se desenrolar esta aventura com os três cavaleiros, Sir Galahad, Igraine e Laffaiete. Estes cavaleiros pertencem à ordem antiga dos Caleiros da Távora Redonda. Irão aqui, ter de derrotar os Lycans (seres sobrenaturais com o nome de Híbridos, uma espécie de lobisomens) para proteger o Reino.

Ao progredirmos ao longo desta aventura por Londres irão ter de desvendar mistérios e segredos da Ordem.

Este jogo baseado na terceira pessoa, em que mecânica está muito bem definida pelo estúdio desde o início. Temos diversas armas que iremos poder usar para derrotar os inimigos, também podemos ataca-los com a nossa personagem, apesar que a reação das personagens durante o combate são maioritariamente iguais. Ou seja, vocês ao chegarem perto da personagem, pressionam uma tecla e a nossa personagem, Sir Galahad ao fazer o ataque a reação do inimigo, é igual, quase que não temos aquela sensação de que o inimigo escapou e temos de ir atrás dele para o derrotar.

Uma das armas que temos disponível em The Order: 1886 dispara ráios.

Uma das armas que temos disponível em The Order: 1886 dispara ráios.

As armas são também diversificadas, em que temos as armas habituais, e ainda armas que disparam pó para incendiar, ou até mesmo, a minha favorita a arma de ráios.

A jogabilidade em si, está bem delineada, pelo modo como controlamos a nossa personagem bem como durante os tiroteios, dá uma sensação de maior realce da época antiga. Com vários momentos de pura adrenalina durante o combate, teremos de derrotar quase todos os inimigos, é impossível progredir na aventura sem passarmos despercebidos, pelo que teremos de ter a nossa personagem bem preparada para os tiroteios. O facto de estarmos a jogar em 1886 e vermos as personagens com aqueles trajes antigos, os bigodes fora de moda e todo aquele cenário de antiguidade faz com que o jogador entre no ambiente Victoriano de Londres.

Em algumas partes da história, como já referi acima, temos vários momentos Quick Time Events em que temos de usar uma tecla para nos desviarmos de um ataque de um inimigo, ou algo do género, podendo tornar-se um pouco abusivo, e não dá uma sensação de confronto mais empolgante. Seria de esperar algumas partes em que se use uma ou outra tecla, mas algo que não fosse repetitivo, para não massacrar a história.

Em Londres terão a possibilidade de colecionar diversas fotos e jornais que vos irão aparecer ao longo da aventura, mas este facto não irá aumentar a longevidade deste jogo.

Algo que pode aborrecer ao jogar The Order: 1886 são as barras pretas que poderão obstruir o campo de visão do jogador, que está presente durante a cenas cinemáticas e durante o desenrolar da história. A Ready At Dawn, ao tentar dar uma espécie de sensação cinematográfica à história, retira um pouco a nossa visão de cenário ao longo da aventura.

Poderia também ter sido criado algo como um modo multijogador, ou algo do género, para dar um pouco mais de longevidade a The Order: 1886. O jogador ao terminar esta aventura, só tem possibilidade de a jogar novamente visto não ter mais nenhum modo disponível à exceção do modo campanha.

Os tiroteios são o ponto chave desta aventura.

Os tiroteios são o ponto chave desta aventura.

A dificuldade no modo fácil e normal é quase nula, parece que não temos aquela adrenalina para derrotar os inimigos, em que temos de fugir porque estamos quase a morrer, por exemplo. Aconselho a jogarem no modo mais difícil para terem uma experiência de jogo mais interessante.

A banda sonora dá ainda mais realce a este jogo da Ready At Dawn. Ao longo das várias situações que vão decorrendo e também durante as sequências cinematográficas, a banda sonora faz com que tenhamos uma sensação mais agradável da aventura. O facto de este jogo ter as vozes de atores portugueses, tal como a Playstation já nos habitou poderá também  agarrar os jogadores a jogarem The Order: 1886.

Poderão ver abaixo a nossa entrevista aos criadores de The Order: 1886, mais concretamente a Ru Weerasuriya da Ready At Dawn:

Opinião final:

The Order: 1886 não é um mau jogo como muito se fala, pelo contrário, a qualidade do visual gráfico é magnífico. Sendo um exclusivo Playstation 4, o visual faz com que este jogo seja um dos melhores das consolas de nova geração até agora. As sequências cinematográficas também dão realce ao jogo, mas devido à sua longa duração, poderá tornar-se um pouco aborrecido. A narrativa e a história sólida dá ainda mais realce a esta aventura. Para quem gosta de uma história já delineada e simples, The Order: 1886 é ideal para vocês.

O que gostamos:

  • Visual brilhante;
  • Jogabilidade;
  • Vozes do jogo em Português.

O que não gostamos:

  • Barras pretas;
  • Sequências cinemáticas longas.

Nota: 7/10