De entre as novidades reveladas na apresentação Nintendo Direct Mini de hoje, dia 11 de janeiro, uma das que pode ter passado despercebida é de que se encontra agora disponível na Nintendo eShop da Nintendo Switch uma demo de Dragon Quest Builders. Este jogo de exploração e criação alusivo à famosa série de RPGs da Square Enix – Dragon Quest – e que vai buscar muita da sua inspiração a Minecraft.
Tal como no jogo da Mojang, aqui também o mundo tem como pano de fundo um mundo de unidades cúbicas que podem ser quebrados e transpostos para outros locais, abrindo a porta para um mundo sem-fim de possibilidades. No entanto, Dragon Quest Builders não é exatamente o mesmo que Minecraft. Aqui o objetivo principal é ir reconstruindo o resquício de civilização e humanidade num mundo dominado por monstros após misteriosos eventos que catapultaram o Darklord até ao trono de todo Aselfgard (o reino dos três primeiros Dragon Quest).
Partindo de uma base praticamente destruída, cabe-nos a nós – o único dos humanos que ainda detém o poder de criar coisas – construir a nossa habitação, conseguir mantimentos, ir criando divisões para se cozinha ou produzir novos itens, ferramentas, armas e armadura e no fundo explorar um pouco o mundo em redor à procura de maneiras de progredir. Neste esforço, a nossa base vai subindo de nível e vai crescendo tanto em tamanho, como em esplendor.
Dragon Quest Builders já está disponível desde 24 de outubro de 2016 para a PlayStation 4 e PlayStation Vita, e aqui não há grandes novidades. A versão da Switch, nas breves horas que joguei até ao momento, apresentou-se como uma versão sólida, tanto em modo TV como em modo portátil e superfície estável. O jogo original não apresentava um grau de complexidade muito elevado, e portanto não encontrarão grandes diferenças entre esta e as versões já disponíveis. De resto, os visuais não são o grande ponto atrativo aqui, mas sim o conhecido prazer de ir vendo crescer a nossa obra, como acontece em Minecraft, Animal Crossing, e outros jogos que apelam a este nosso gosto de ir criando e alterando o que está à nossa volta, para depois admirarmos a nossa própria obra.
O grande destaque da versão para a Switch é que este é o tipo ideal de jogos para se levar para todo o lado. Existindo a possibilidade de colocar a consola em suspensão a qualquer momento, e sendo este um jogo com um ritmo lento, este é o jogo ideal para uma curta sessão de jogo em que avançamos mais um pouco no nosso grande objetivo atual, seja construir uma nova divisão, seja preparar-nos para uma nova invasão inimiga, ou seja simplesmente recolher mantimentos para os habitantes da nossa comunidade.
À medida que vamos progredindo no jogo, a nossa base não vai apenas crescendo no número de divisões ou na diversidade de itens que podemos criar, mas também em vida, uma vez que mais pessoas vão chegando e travando amizade connosco, sendo especialmente agradável ver as nossas interações com elas e como estas mudam de acordo com a personalidade das mesmas.
Dragon Quest Builders é muito mais focado na história e, no fundo, muito mais linear do que títulos como Minecraft, o que é tanto uma das suas virtudes, como talvez o seu maior defeito, tudo depende das expectativas que temos para ele. Se pretendem um jogo que explore ao máximo a vossa veia criativa, este poderá não ser o título ideal, e existem outras ofertas mais capazes neste sentido. Por outro lado, se gostavam que jogos como Minecraft fossem mais lineares e contivessem um universo de narrativa bem-acabado e envolvente por detrás, Dragon Quest Builders poderá ser a proposta ideal, nem que mais não seja pelo facto de se inserir no universo de uma das clássicas e mais aclamadas séries da Square Enix.
Enquanto esperamos por Dragon Quest XI, teremos de nos contentar com Builders, um jogo que cumpre bem com o seu papel e que é ideal para uma consola híbrida como a Switch, ou pelo menos tal me prometem as primeiras horas que passei com ele.