Antevisão – Overwatch

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Experimentámos a versão Beta da nova propriedade inteletual da Activision/BlizzardOverwatch, onde pudemos experimentar três tipos de partidas, diversos mapas e 21 personagens jogáveis, e tendo em conta o facto de se tratar apenas de uma versão experimental, a quantidade de conteúdo disponibilizada é impressionante.

Logo de início, somos levados a um tutorial que nos explica passo a passo os básicos do jogo, como disparar, utilizar habilidades, usufruir dos especiais do personagem (neste caso Soldado 76), entre outros, onde podemos interagir com a Tracer, uma jovem rapariga com um olho certeiro, que nos acompanha ao longo do tutorial.

Finalizado o mesmo, chegamos ao menu principal, onde temos sempre presente um dos personagens jogáveis, bem como um dos mapas disponíveis. Neste menu podemos escolher entre jogar, treinar, ir à galeria dos heróis (onde podemos verificar cada herói, as suas habilidades, armas e tipo de luta), caixa de itens (esta função, ao evoluirmos de nível irá disponibilizar-nos 1 caixa com 4 itens, como a alteração de voz de personagem, cores diferentes para os mesmos, avatares para o nosso perfil, entre outros extras), opções e social.

Na parte social do jogo, podemos verificar as nossas pontuações, jogos, amigos, ver quem está no jogo ou online no momento, entre vários outros detalhes. Além disso, podemos também editar o nosso perfil com as imagens que ganhamos anteriormente nas já referidas caixa de itens ou com as outras disponibilizadas.

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No modo treino podemos repetir o tutorial, fazer partidas contra bots (permitindo-nos assim experimentar os diversos personagens e aprimorar as nossas habilidades, preparando-nos para os jogos contra os outros jogadores), pelo que convém dedicarmo-nos primeiro a este modo de jogo (as partidas offline contra bots), pois no tutorial não nos é dada informação acerca de todas as funcionalidades do jogo.

Dentro da opção “Jogar”, encontramos quatro modos de jogo distintos, sendo eles:

A famosa partida rápida, em que é preparada uma partida aleatória sem qualquer restrição; a partida contra bots (mesma opção que está disponível no modo treino); a partida privada, onde podemos decidir livremente todos os pormenores da nossa partida, quer seja em termos de mapas, personagens disponíveis, munições, tipo de partida, ou em restrições de mudança de herói, entre outros que nos dão sempre gosto alterar e experimentar, permitindo ainda jogar com bots e amigos; finalmente, existe ainda a partida da semana, um modo de jogo aleatório (ou, pelo menos, foi assim que foi demonstrado na beta), onde a Blizzard irá determinar as restrições, objectivos, personagens, entre outros detalhes, tornando assim as partidas ainda mais desafiantes. No caso da beta, fomos presenteados com o modo “herói misterioso”, onde não nos era fornecida a hipótese de jogar apenas com os personagens que queríamos, sendo obrigados a jogar com os personagens que os colegas da equipa escolheram, ou com sorte, o nosso personagem, até morrermos novamente.

O defensor da natureza, Bastion

O defensor da natureza, Bastion

Cada personagem é único. Baseando-se no seu estilo de combate (suporte, tanque, shooter e defensor), cada um terá pelo menos 2 habilidades especiais e 1 habilidade de clímax, sendo todas equilibradas para o seu tipo, como por exemplo o Bastion, um robô com uma metrelhadora no braço direito, irá poder transformar-se numa machine gun e atirar rapidamente nos inimigos, no entanto, não se poderá mover, obrigando assim o jogador a arranjar uma estratégia para evitar  ser alvo de um sniper ou revelar os seus pontos fracos, visto que desativar esta habilidade irá demorar tempo suficiente para nos eliminarem. A sua outra habilidade, muito boa para o seu estilo de combate (defensor/tanque), permite que este se cure a si próprio, transformando o seu braço numa ferramenta, pelo que podemos ver, neste exemplo, a diversidade de habilidades dos heróis do jogo.

Outro exemplo em que as habilidades se tornam extremamente importantes é o caso da heroína D.VA, sempre acompanhada por um robô que é o seu maior aliado, robô esse que apenas aguenta com uma determinada carga de danos, explodindo depois de ter sofrido uma quantidade de danos equivalente aos nossos pontos de vida. Assim que este explode, ficamos apenas com uma pistola e uma barra de vida muito pequena, pelo que até conseguirmos de novo utilizar a habilidade especial para invocar outro robô, ficamos muito vulneráveis, pelo que esta heroína depende a 100% do seu robô e das suas habilidades.

Todos os personagens têm o seu charme, habilidades próprias e personalidade, bem como pontos fortes e pontos fracos, tornando Overwatch mais divertido e interativo, dado que existem inúmeras opções que nos oferecem para cada um dos personagens, uma vez que nenhum é igual ao outro, como acontece em muitos outros FPS. Assim, encontramos um vasto leque de personalidades, como a de Reaper, fria, rígida e agressiva, a de Mccree, amistoso, brincalhão e simpático, ou até mesmo os apitos do nosso amigo Bastion.

O maior ponto fraco da beta, e que esperamos que venha a ser corrigido na versão final, é o de que a comunicação rápida com os restantes membros da nossa equipa não resulta muito bem. Por exemplo, podemos querer pedir para que nos curem e acabamos por dizer «Olá», ou então queremos agradecer a ajuda e acabamos por pedir que nos curem. Assim, a comunicação rápida não funciona tão bem como pretendido, sendo muito mais fácil recorrer ao microfone.

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Em termos gráficos e mecânicos, excluindo a questão dos emotes e da comunicação entre os personagens, não existe nenhum ponto negativo a referir neste jogo, apresentando este uma fluidez perfeita, sem qualquer quebra de framerate, e com gráficos a fazer justiça a esta geração. A Blizzard está assim de parabéns neste aspecto, bem como no que toca à banda sonora também, que elevam Overwatch ao estatuto de obra de arte.

São inúmeros os mapas, todos diferentes, tanto podemos estar em Itália como no Egipto no Templo de Anúbis ou até mesmo numa base militar, sendo que todos os mapas, sem excepção, são de um tamanho ideal, permitindo, conforme as habilidades das personagens, engendrar uma estratégia no topo de um prédio ou torre, em uma casa abandonada, em uma loja de sushi, entre outros cenários fantásticos,  através do teletransporte do Reaper, do jetpack da Pharah, etc.

Pharah em bombardeamento aéreo

Pharah em bombardeamento aéreo

Para concluir, podemos dizer que foi uma experiência encantadora e inesperada, visto que consegue cativar até os jogadores mais casuais e que não estão habituados a FPS competitivos, tudo isto devido à grande variedade de estilos de jogos, habilidades, charme, e claro, gráficos maravilhosos.

Overwatch tem lançamento marcado para dia 24 de Maio de 2016 para a PlayStation 4, Xbox One PC, sendo que a versão beta já se encontra disponível para todos os que quiserem experimentar.

Caso queiram ver um pouco de gameplay do jogo, verifiquem este vídeo de 15 minutos da Beta: