Seria certamente impossível imaginar a última década desportiva sem o brilhantismo e a irreverência daquele que, seguramente por muitos anos, permanecerá como melhor futebolista português de sempre. Apesar de os seus índices atléticos não serem agora formidáveis e de a sua carreira se achar em sentido descendente, ainda assim a propalada transferência para o Al Nassr A.S.C.C. carrega a promessa de muitos golos, novas exibições de luxo e, na melhor das hipóteses, conquista de títulos e chamadas contínuas à Selecção A de Portugal.
Como tal, os nossos especialistas do bonus casas de apostas fizeram questão de esmiuçar os anos futebolísticos de Cristiano Ronaldo até aos dias actuais, dessa forma tentando compreender os seus êxitos passados e os seus mais recentes insucessos colectivos, e assim tentando estabelecer se os prognósticos desportivos nos golos do craque português continuam ou não a ser uma aposta sustentável. Por anos a fio, os seus golos lendários e espectaculares encheram o coração daqueles que gostam de futebol – e também daqueles que apostavam nas suas conquistas ou nos seus hat-tricks. Será o Sr. Liga dos Campeões capaz de nos surpreender uma vez mais?
O Crescimento de Cristiano Ronaldo entre Lisboa e Manchester
Chegado ainda menino à Academia de Alcochete pela porta do C.D. Nacional, Cristiano Ronaldo conheceu nas instalações do Sporting C.P. a dor da saudade e o júbilo da superação, trilhando um caminho ímpar na história do futebol mundial. Após uma única época integrado no plantel principal dos ‘Leões’, rumou aos dezoito anos com destino a Old Trafford para ser lapidado por Sir Alex Ferguson, um dos técnicos mais bem-sucedidos de que existe registo.
Aclamado como substituto natural de David Beckham, entretanto transferido para a capital espanhola, o sucesso de Cristiano Ronaldo não se manifestou de imediato, e os três primeiros anos em Inglaterra valeram nada mais do que dois modestos troféus, nomeadamente uma Taça de Inglaterra e uma Taça da Liga Inglesa, e menos de 30 golos marcados. Os três anos subsequentes no ‘Teatro dos Sonhos’ testemunharam, porém, a plena germinação do seu talento e a resultante ascensão a patamares inauditos:
- Melhor Marcador da Liga dos Campeões (2008);
- Melhor Jogador da Premier League (2007; 2008);
- Melhor Jogador da UEFA (2008);
- Melhor Marcador da Premier League (2008);
- Melhor Avançado da UEFA (2008);
- Bota de Ouro (2008);
- Bola de Ouro (2008);
- FIFA: The Best (2008);
- World Soccer: Football of the Year (2008).
A estas distinções individuais devem acrescentar-se campanhas colectivas plenas de êxito que culminaram, por exemplo, na conquista da sua primeira Champions League, assim como de um Campeonato do Mundo de Clubes e de três troféus consecutivos da Premier League.
O Sucesso de Cristiano Ronaldo no Santiago Bernabéu
Mas se o universo do futebol em Portugal e na Europa achava ter visto tudo por parte do prodígio oriundo da Madeira, a verdade é que Cristiano Ronaldo guardava outros planos para si mesmo e todos nós…
Seguindo as pisadas do seu antecessor, mudou-se igualmente para o Real Madrid C.F., clube pelo qual superou todos os recordes e mais alguns, ademais vencendo todas as competições que disputou. Ganhou a Bota de Outo por mais três vezes e a Bola de Ouro outras duas, sagrando-se triplamente Melhor Marcador da Liga Espanhola e, além disso, Melhor Marcador da Liga dos Campeões por umas estonteantes seis vezes. Açambarcou mais quatro títulos da Champions League, três dos quais seguidos, e também duas Supertaças Europeias e três Campeonatos do Mundo de Clubes. Os fãs de todo o mundo vibravam com a cristalização do crescimento de Cristiano – e os apostadores tentavam ao máximo capitalizar a excelência exibicional do homem que, pelo meio, ainda se tornou no maior marcador da história dos ‘Merengues’.
Cristiano Ronaldo, do Zénite… ao Ocaso?
Alcançadas todas as façanhas possíveis e imaginárias, que caminho tomar em seguida? Cristiano Ronaldo achou por bem abandonar a zona de conforto, e, confiando no projecto da Juventus F.C., derrotada duas vezes durante a última década em finais da Liga dos Campeões, seguiu viagem para Turim com a convicção de que talvez conseguisse vencer a Champions por três clubes distintos. Com as cores da ‘Vecchia Signora’, conseguiu até vencer uma mancheia de provas nacionais, incluindo uma dupla Liga Italiana – porém nunca mais alcançando sequer as meias-finais da prova milionária.
Finda a sua jornada em Itália, eis que resolveu retornar aonde havia sido feliz e, uma vez mais em terras de Sua Majestade, envergou a partir de 2021 a camisola do Manchester United F.C.; sem o sucesso de outrora, verdade seja dita, mas, desde então, atingindo a marca de melhor marcador da história das selecções nacionais e de melhor marcador de sempre em provas internacionais por clubes e selecções, sendo enfim consagrado como artilheiro-mor do Desporto-rei.
Só que os meses mais recentes têm deixado entrever o inevitável declínio de um atleta que muitos julgavam eterno e imbatível. Uma questão em especial, no rescaldo do Mundial do Qatar, tem andado nas bocas do mundo? Terá sido Cristiano Ronaldo realmente ultrapassado por Leonel Messi na qualidade de melhor futebolista de todos os tempos? É certo que o astro argentino coleccionou, sem excepção, todas as competições em que se viu inserido ao longo da carreira, e ademais detém mais Bolas de Ouro do que Ronaldo.
Mas e se o cabeceamento de Pepe contra Marrocos tivesse sido certeiro e Portugal se mantivesse em prova? E se a Argentina não tivesse conta com o contributo, inadvertido ou cúmplice, das equipas de arbitragem? Estaríamos nós agora a recalcitrar na mesma questão estéril do costume? E se ao menos aproveitássemos e agradecêssemos a chance de apreciar em simultâneo duas lendas vivas? E que Ronaldo se mude para a Arábia Saudita – não terão igualmente os mercados de apostas em futebol mais ainda para oferecer com a presença de tão destacado atleta numa liga de menor expressão?…