Censura financeira ameaça anime, mangá e jogos no Japão

O debate em torno da censura a conteúdo de anime, mangá e jogos ganhou destaque no Japão após denúncias de que empresas internacionais de cartões de crédito e processadoras de pagamentos estaravam a bloquear transações relacionadas a determinados tipos de obras, inclusive legais, mas vistas como sensíveis ou polémicas. Representantes políticos, como Taro Yamada do Partido Liberal Democrático, reuniram-se recentemente com essas empresas para discutir o problema, mantendo sigilo sobre os participantes e detalhes específicos, mas prometendo avanços.

A questão começou a ganhar destaque quando criadores e distribuidores relataram pressões para remover conteúdos que envolviam representações de violência, romance entre pessoas do mesmo sexo ou temas adultos. Empresas como Mastercard negam prática de censura, alegando seguir apenas a lei, mas regras internas permitem bloqueios que preservem a reputação da marca, o que na prática leva à exclusão de obras, como no caso da Manga Library Z, que fechou portas após exigências de remoção de conteúdo.

A situação reacendeu discussões sobre liberdade criativa e expressão artística, bem como o poder das gigantes financeiras sobre o acesso à cultura pop japonesa. Políticos prometem continuar á procura por soluções, mostrando que o diálogo com as financeiras está longe de terminar.