Sendo um jogador de longa data da PlayStation, um apreciador de jogos no geral, eis que há algo que a Sony é exímia a fazer: jogos single player com tremenda qualidade. Basta olhar para The Last of Us, God of War, Ghost of Tsushima, Horizon, Ratchet & Clank, Spider-Man, que são bons exemplos disso, e poderia listar tantos outros aqui. Os estudios internos da companhia nipónica, como Naughty Dog, Santa Monica Studios, Insomniac Games, Guerrilla Games, Bend Studio, Polyphony Digital, Sucker Punch, já nos mostraram o que são capazes de fazer, durante gerações, provaram a sua eficiência em desenvolver videojogos capazes de cativar os fãs não só da PlayStation, mas de quem gosta de jogar no geral.
E é por isso que hoje olhamos para trás, também com vista ao futuro, porque a PlayStation nunca teria chegado até aqui sem aqueles jogos que marcaram tanto no passado, que criaram uma base de fãs tão grande, porque não foi só devido ao hardware, foi também – e principalmente – devido ao software, aos jogos que só havia na PlayStation, aos jogos da Sony que ainda hoje permanecem vivos na mente dos jogadores, que querem ver uma continuação, que querem um novo jogo da sua aclamada franquia…mas que não há, e a realidade é que pode nem vir a haver. Mas a esperança é a última a morrer não é? Então o que podemos fazer é dar a nossa voz e tentar manter esses jogos vivos, mostrar para a Sony que há interesse, relembrar-lhes do seu legado; dos jogos que tem no seu portfólio e no qual podem – e devem – apostar também.
Admiro a Sony e seus estúdios por fazerem coisas novas, apostar em novas propriedades intelectuais, pois é também algo necessário para não cair na repetição de apostar nas mesmas franquias e personagens, é crucial haver aquela sensação de “lufada de ar fresco” e de surpresa.
Mas os fãs da PlayStation também querem novos jogos das franquias já existentes, porque de momento há a sensação que essas franquias foram abandonadas, e como tal, os fãs ficam tristes com isso, revoltados até, muitos deles já nem se identificam com o novo tipo de jogos que estão a sair, e migram para o PC ou para outra companhia que aposte sempre nas mesmas franquias ao longo das gerações, então é importantíssimo corrigir isso, mantendo os “antigos” fãs da PlayStation ao lançarem novos jogos – não remasters nem remakes – de franquias clássicas que marcaram gerações passadas, conciliando isso com novas propriedades intelectuais.
Estamos numa geração em que o custo de desenvolvimento de jogos está muito alto, devido a um conjunto de novas tecnologias incorporadas nas consolas, de forma a que se note o salto geracional, tudo isso para que os jogos corram com o melhor grafismo e frame-rate possível. Além de desenvolver jogos estar mais caro do que nunca, os jogos também levam mais tempo a fazer: normalmente 4/5 anos.
Então qual a solução que a Sony podia ter? Há algumas que me ocorrem. A primeira, e talvez a mais óbvia, é as equipas originais desenvolverem esses jogos, se possível. Intercalando os seus jogos: lançando um novo IP e/ou sequela de algum dos seus jogos mais recentes, e na mesma geração conseguirem entregar um jogo novo da sua franquia mais antiga. Ou dividirem a equipa, fazendo algumas contratações chave, e estarem a desenvolver 2 jogos ao mesmo tempo, algo que certas produtoras fazem.
Dessa forma, até conseguiriam lançar uns 3 jogos na mesma geração. Nada que seja impossível, pois a Naughty Dog lançou 4 jogos na geração da PS3, consola essa que era dificil de desenvolver devido a uma arquitetura complexa. O que contrasta com o que acontece hoje em dia, pois apesar de um custo de desenvolvimento maior, a arquitetura e ferramentas de produção são muito mais acessíveis. Se focarem no mais importante, em fazer um jogo divertido e de qualidade, ao invés de um grafismo todo XPTO, com Ray-Tracing, e tudo o mais, certamente conseguiriam entregar uma boa quantidade de jogos, e na mesma impressionantes tecnicamente. Já o fizeram antes, com consolas menos potentes.
Outra das soluções passa por comprar estúdios para se focarem nessas franquias clássicas, ou fazer alguns estúdios de raiz. Seria uma forma de manter aqueles jogos que tanto gostámos, vivos, incluindo aqueles que tinham potencial para se tornar algo mais com a tecnologia de hoje em dia.
Mas sem mais demoras, vamos então aos jogos que a Sony deveria voltar a apostar:
Resistance
Resistance, desenvolvido pela Insomniac Games, é um dos melhores First Person Shooters da Sony. A história de Resistance gira em torno de uma invasão extraterrestre na Terra por uma raça chamada Chimera. O jogador assume o papel de soldados da resistência humana que lutam pela sobrevivência contra estas forças alienígenas.
A temática de Resistance é extremamente cativante, combinando um ambiente pesado e sombrio com uma jogabilidade exemplar e uma trilha sonora soberba. O jogo conseguiu distinguir-se com a sua aura única e narrativa envolvente, tornando-se num potencial “Halo da Sony” — um FPS de qualidade que poderia ter evoluído com uma aposta contínua da companhia.
Infelizmente, após o lançamento de Resistance 3 em 2011, a série não teve continuidade, deixando um vazio no catálogo de jogos de ação da Sony. Com o avanço da tecnologia e das capacidades das consolas atuais, reviver a série Resistance poderia resultar num jogo ainda mais impressionante e imersivo, que não só satisfaria os fãs antigos, mas também atrairia novos jogadores.
A Insomniac Games provou repetidamente a sua capacidade de criar experiências de jogo excepcionais, e evoluiu muito como companhia com os seus últimos jogos, pelo que uma nova entrada na série Resistance poderia muito bem recapturar a magia dos jogos originais enquanto aproveita as capacidades das consolas modernas.
Uncharted
Numa altura em que a indústria dos videojogos estava em constante evolução, surgiu um exclusivo que veio surpreender tudo e todos: Uncharted.
Desde o primeiro momento, Uncharted destacou-se pela sua beleza gráfica, história cativante e jogabilidade envolvente, combinando elementos de ação e aventura na terceira pessoa com uma forte influência cinematográfica. A franquia segue Nathan Drake, um caçador de tesouros com uma propensão para se meter em sarilhos, numa busca por artefactos históricos e tesouros perdidos.
Uncharted trouxe uma nova dimensão à narrativa nos videojogos, com personagens profundamente desenvolvidas e diálogos inteligentes, que faziam os jogadores sentir-se parte de um filme de ação. A interação entre Nathan Drake e os seus companheiros, como Victor “Sully” Sullivan e Elena Fisher, adicionou camadas de emoção e humanidade à história.
As sequelas melhoraram significativamente o que foi inicialmente feito, transformando a série num épico de grandes proporções e num dos melhores produtos que a Sony já lançou. Uncharted é amplamente aclamado pela crítica especializada, recebendo inúmeros prémios, incluindo o de “Jogo do Ano“, e é reconhecido como uma das melhores séries de jogos de sempre. Não só teve um estrondoso sucesso comercial, ganhando uma enorme base de fãs, como ajudou a elevar a Naughty Dog, sendo hoje vista como uma das mais talentosas produtoras da indústria.
Outro ponto interessante é a atenção ao detalhe que a série sempre demonstrou, desde a recriação de locais exóticos e históricos até à física realista das escaladas e tiroteios. Este compromisso com a qualidade e autenticidade ajudou a definir um novo padrão para os jogos de aventura.
Portanto, é importante haver um novo Uncharted. Abandonar uma franquia com tanto sucesso e potencial seria um desperdício. Os fãs clamam por mais aventuras de Nathan Drake ou até mesmo de novos personagens que possam carregar o legado da série, garantindo que a chama de Uncharted continue a brilhar no panorama dos videojogos.
Killzone
A Guerrilla Games ganhou nome com a franquia Killzone, um FPS exclusivo para as consolas PlayStation, que se destacou no género e conquistou uma base de fãs leais.
Killzone foi também uma resposta da Sony ao domínio de Halo na Xbox. O jogo destacou-se pelo seu estilo visual único, ambientação sombria e uma narrativa envolvente que retrata um futuro distópico onde a humanidade está dividida em facções rivais. A série passa-se num futuro distante, centrando-se no conflito entre duas facções humanas: a Interplanetary Strategic Alliance (ISA) e os Helghast, habitantes do planeta Helghan.
A estética do jogo, marcada pelo design icónico dos Helghast com suas máscaras de gás e olhos vermelhos brilhantes, tornou-se uma imagem duradoura na cultura dos jogos.
Trazer de volta Killzone poderia não só reviver uma das franquias mais queridas da PlayStation, mas também ajudar a diversificar o portfólio de jogos da Sony, oferecendo algo diferente dos seus típicos jogos de ação e aventura na terceira pessoa.
Sly Cooper
Sly Cooper, desenvolvida pela Sucker Punch Productions, é uma das franquias mais amadas da PlayStation. Lançado pela primeira vez em 2002 para a PlayStation 2, Sly Cooper and the Thievius Raccoonus apresentou-nos um mundo vibrante e cheio de estilo, protagonizado por Sly Cooper, um guaxinim ladrão com um forte sentido de justiça. A jogabilidade combinava elementos de furtividade, plataformas e puzzles, criando uma experiência única e cativante.
Os jogos seguintes, Sly 2: Band of Thieves e Sly 3: Honor Among Thieves, expandiram a história e a jogabilidade, introduzindo novas personagens jogáveis e um enredo mais profundo e complexo. A franquia é conhecida pelo seu design artístico inspirado em desenhos animados, humor inteligente e narrativa envolvente. Sly Cooper: Thieves in Time (2013) para a PlayStation 3 trouxe a série para a alta definição, mantendo o charme e a jogabilidade que os fãs adoravam.
No entanto, desde então, não houve novos lançamentos, deixando os fãs ansiosos por mais aventuras de Sly e sua gangue.
Trazer de volta Sly Cooper poderia não só satisfazer a nostalgia dos fãs antigos, mas também apresentar esta maravilhosa franquia a uma nova geração de jogadores. A mistura de furtividade, plataformas e uma história cativante faz de Sly Cooper uma franquia que merece um retorno triunfante.
inFamous
Também desenvolvida pela Sucker Punch Productions, a série inFamous estreou em 2009 na PlayStation 3, oferecendo uma experiência de mundo aberto onde os jogadores assumiam o papel de Cole MacGrath, um mensageiro de bicicleta que ganha poderes elétricos após uma explosão catastrófica.
A franquia é conhecida pela sua jogabilidade dinâmica, que permite aos jogadores escolher entre um caminho de heroísmo ou vilania, influenciando a história e o desenvolvimento dos poderes de Cole. inFamous 2 (2011) continuou a saga de Cole, expandindo o mundo e as suas habilidades, enquanto inFamous: Second Son (2014) e inFamous: First Light (2014) introduziram novas personagens e enredos na PlayStation 4. Estes jogos foram elogiados pela sua jogabilidade fluida, gráficos impressionantes e a capacidade de moldar a narrativa através das escolhas do jogador.
Apesar de não haver novos lançamentos desde então, a série inFamous continua a ter um lugar especial no coração dos fãs. A capacidade de explorar um mundo aberto com super-poderes e tomar decisões morais complexas faz de inFamous uma franquia que a Sony deveria considerar fortemente em apostar.
MotorStorm
Desenvolvida pela Evolution Studios, a série MotorStorm estreou em 2007 para a PlayStation 3, oferecendo uma experiência de corrida arcade repleta de adrenalina e caos. O jogo destacava-se pelo seu estilo frenético e variado, com pistas ambientadas em cenários extremos como desertos, montanhas e selvas.
Os jogadores podiam escolher entre diferentes tipos de veículos, incluindo motas, buggies, camiões e carros de rally, cada um com as suas vantagens e desvantagens. As sequelas MotorStorm: Pacific Rift (2008) e MotorStorm: Apocalypse (2011) continuaram a empurrar os limites do género de corrida, introduzindo novas localizações e mecânicas de jogo.
Apesar do encerramento da Evolution Studios em 2016, a série MotorStorm ainda é lembrada com carinho pelos fãs. Ao dar nova vida a MotorStorm, a Sony poderia trazer de volta a emoção das corridas arcade, aproveitando as capacidades das consolas modernas para criar ambientes ainda mais dinâmicos e detalhados. Um novo MotorStorm seria uma adição refrescante ao catálogo de jogos de corrida da PlayStation.
SOCOM
SOCOM: U.S. Navy SEALs foi uma franquia de jogos de tiro tático na terceira pessoa desenvolvida pela Zipper Interactive e lançada pela primeira vez em 2002 para a PlayStation 2. O jogo destacava-se pelo seu realismo militar e gameplay cooperativo, permitindo aos jogadores liderar uma equipa de SEALs em missões de alto risco por todo o mundo.
SOCOM foi pioneiro no jogo online para consolas, oferecendo uma experiência multiplayer robusta que cativou milhões de jogadores. A série continuou com vários títulos ao longo dos anos, cada um aprimorando a jogabilidade tática e a experiência multiplayer. Apesar da Zipper Interactive ter fechado em 2012 e não haver novos lançamentos desde então, SOCOM permanece como uma das franquias mais icónicas da PlayStation.
Trazer de volta SOCOM poderia preencher a lacuna no mercado de jogos táticos, oferecendo uma experiência de tiro realista e cooperativa offline e online que muitos fãs ainda desejam, com uma campanha capaz de surpreender, e personagens carismáticas com alguma profundidade, apesar do tipo de jogo. Seria extremamente interessante a Sony surpreender com um jogo que dê pra jogar uma campanha épica com um amigo ou namorado/a ao nosso lado a jogar também, sendo que hoje em dia é raro esse tipo de experiências, mas há jogos como It Takes Two e A Way Out que são um sucesso, pelo que um jogo assim mas de tiros tem tudo ser um sucesso também. De referir que também devem dar a oportunidade de se jogar sozinho se o jogador assim quiser. Assim não fica limitado só ao cooperativo.
Days Gone
Days Gone, desenvolvido pela Bend Studio e lançado em 2019 para a PlayStation 4, é um jogo de ação e sobrevivência em mundo aberto que se passa num pós-apocalipse dominado por criaturas chamadas Freakers. Os jogadores assumem o papel de Deacon St. John, um motociclista e caçador de recompensas, enquanto navegam por uma paisagem devastada e cheia de perigos.
Apesar de críticas mistas no lançamento, Days Gone conquistou uma base de fãs dedicada devido à sua história envolvente, personagens bem desenvolvidos e um mundo aberto rico e detalhado. A mecânica de sobrevivência, incluindo a gestão de recursos e a personalização da moto de Deacon, adicionou profundidade à experiência de jogo.
O potencial para uma sequela de Days Gone é enorme. Melhorias nas mecânicas de jogo e expansão da história poderiam transformar esta franquia num dos pilares da PlayStation. A popularidade do género pós-apocalíptico e a forte base de fãs fazem de Days Gone um candidato perfeito para um novo lançamento.
DriveClub
DriveClub, desenvolvido pela Evolution Studios e lançado em 2014 para a PlayStation 4, é um jogo de corrida que focava-se na criação de clubes de corrida online, permitindo aos jogadores formar equipas e competir em diversos eventos e desafios. O jogo destacou-se pelos seus gráficos deslumbrantes, clima dinâmico e uma experiência social robusta.
Apesar de um lançamento inicial com alguns problemas, DriveClub foi constantemente melhorado através de atualizações e conteúdo adicional, eventualmente sendo reconhecido como um dos melhores jogos de corrida da sua geração. A atenção aos detalhes nos veículos e pistas, juntamente com a comunidade online ativa, fez de DriveClub um título memorável.
Trazer de volta DriveClub poderia oferecer aos fãs de corridas uma experiência social e visualmente impressionante, aproveitando as capacidades das novas consolas para criar uma experiência de corrida ainda mais imersiva e conectada. Apesar de já ter saído á 10 anos, ainda continua a ter um aspeto realista e com clima dinâmico que a meu ver nenhum jogo do género conseguiu superar. Um novo DriveClub é necessário.
Twisted Metal
Twisted Metal, desenvolvido pela SingleTrac e posteriormente pela Eat Sleep Play, é uma das franquias mais antigas e icónicas da PlayStation. Lançado pela primeira vez em 1995, o jogo popularizou o género de combate veicular, onde os jogadores escolhem entre uma variedade de veículos armados e competem em arenas destrutíveis.
A franquia é conhecida pelo seu estilo caótico, personagens excêntricos e uma jogabilidade altamente viciante. Títulos como Twisted Metal 2 (1996) e Twisted Metal: Black (2001) são especialmente lembrados pelos fãs pela sua intensidade e design inovador.
Embora tenha havido um lançamento em 2012 para a PlayStation 3, os fãs têm clamado por um novo Twisted Metal que aproveite as capacidades das consolas modernas. A combinação de combate veicular frenético, gráficos de última geração e modos multiplayer inovadores poderia revitalizar esta franquia clássica e atrair uma nova audiência. Diria mesmo que é importante introduzir jogos de corrida arcade e divertidos. E Twisted Metal tem um potencial enorme que ainda não foi explorado da maneira certa. Para além das corridas malucas, podiam adicionar uma história interessante, porque certamente tem personagens carismáticas e todo um mundo de jogo, e carros, que daria pra criar algo impactante. Uma nova geração e o estúdio certo, faria de um novo jogo um absoluto sucesso, atraindo os jogadores antigos, mas também atraindo novos.
The Getaway
The Getaway, desenvolvido pela Team Soho e lançado em 2002 para a PlayStation 2, é um jogo de ação e aventura que se passa nas ruas de Londres. Conhecido pelo seu realismo e atenção aos detalhes, The Getaway ofereceu uma experiência cinematográfica que misturava narrativa envolvente com jogabilidade intensa.
A sequela, The Getaway: Black Monday (2004), expandiu a história e o mundo do jogo, solidificando a série como uma das mais únicas no catálogo da PlayStation. Apesar de planos para um terceiro jogo, a série ficou inativa após o encerramento da Team Soho.
Um novo The Getaway poderia oferecer uma experiência de mundo aberto distinta, com uma recriação detalhada de Londres e uma narrativa rica e envolvente. Num mercado saturado de jogos de ação ambientados em cidades fictícias, The Getaway poderia oferecer algo novo e autêntico.
The Order
Desenvolvido pela Ready at Dawn e lançado em 2015 para a PlayStation 4, The Order: 1886 é um jogo de ação e aventura que se passa numa versão alternativa da Londres vitoriana, onde uma antiga ordem de cavaleiros luta contra criaturas sobrenaturais. O jogo foi elogiado pelos seus gráficos impressionantes e design artístico, mas criticado pela sua curta duração e falta de profundidade na jogabilidade. Críticas essas a meu ver injustas, sendo que há jogos muito mais pequenos e simplistas a nível de gameplay que foram bem recebidos, sendo Journey um deles.
Apesar das críticas, The Order: 1886 estabeleceu um universo rico com potencial para expansão. A mistura de elementos históricos com ficção científica, incluindo tecnologia avançada e uma narrativa repleta de mistério e intriga, criou um cenário único que poderia ser explorado mais a fundo.
Uma sequela de The Order: 1886 poderia abordar as críticas ao primeiro jogo, oferecendo uma jogabilidade mais profunda, mais controlo e uma história mais extensa. Podiam aprender um pouco com o que Uncharted fez no que toca a sequência de gameplay / cinematografia. Com a experiência adquirida e o feedback dos jogadores, a Ready at Dawn ou outro estúdio poderiam transformar The Order numa franquia de sucesso, combinando a sua estética impressionante com uma experiência de jogo mais robusta e envolvente.
Syphon Filter
Desenvolvido pela Bend Studio (anteriormente conhecida como Eidetic) e publicado pela Sony Computer Entertainment, Syphon Filter é uma franquia de jogos de ação furtiva que começou na PlayStation em 1999. A franquia segue as aventuras de Gabriel Logan, um agente de operações especiais, enquanto enfrenta ameaças terroristas globais.
Syphon Filter destacou-se na altura pelo seu enredo intrigante, misturando ação e elementos de espionagem, e pela sua jogabilidade inovadora, que combinava tiroteios, furtividade e resolução de puzzles. O jogo também introduziu mecânicas únicas, como a utilização de um taser para incapacitar inimigos à distância, e foi elogiado pela sua inteligência artificial avançada para a época.
A série continuou com várias sequelas lançadas para PlayStation, PlayStation 2, PlayStation Portable (PSP) e PlayStation 3, mantendo a sua popularidade e expandindo a narrativa complexa e envolvente que começou com o primeiro jogo. Cada novo título introduziu melhorias gráficas e de jogabilidade, consolidando Syphon Filter como uma das franquias de ação furtiva mais queridas da Sony.
No entanto, desde o lançamento de Syphon Filter: Logan’s Shadow em 2007, a série não recebeu novos títulos, deixando muitos fãs ansiosos por um retorno. Trazer Syphon Filter de volta com a tecnologia moderna poderia proporcionar uma experiência ainda mais imersiva e dinâmica, aproveitando as capacidades das consolas atuais para melhorar os gráficos, a inteligência artificial e a jogabilidade.
Uma nova entrada na série Syphon Filter poderia não só satisfazer os fãs antigos, mas também atrair uma nova geração de jogadores, oferecendo uma combinação de ação, furtividade e narrativa envolvente que tornou a série original tão memorável. Com o apoio de Bend Studio, que demonstrou a sua capacidade de criar jogos de alta qualidade, uma nova aventura de Gabriel Logan poderia ser exatamente o que a PlayStation precisa para diversificar ainda mais o seu portfólio de jogos.
Jak and Daxter
Jak and Daxter é uma das franquias mais icónicas da PlayStation, desenvolvida pela Naughty Dog, o mesmo estúdio responsável por Uncharted e The Last of Us. Lançado inicialmente em 2001 para a PlayStation 2, Jak and Daxter: The Precursor Legacy marcou o início de uma série que conquistou milhões de fãs ao longo dos anos, destacando-se pela sua jogabilidade inovadora, mundo aberto vibrante e personagens carismáticos.
A história acompanha Jak, um jovem herói, e o seu amigo Daxter, que, após um acidente envolvendo a substância misteriosa conhecida como Eco Negro, é transformado numa criatura peluda. Juntos, eles embarcam numa aventura para reverter a condição de Daxter, enquanto exploram um mundo repleto de desafios, inimigos e mistérios.
O que fez de Jak and Daxter uma franquia tão amada foi a sua capacidade de evoluir com cada título. Jak II trouxe uma mudança significativa no tom e na jogabilidade, introduzindo uma cidade mais sombria e elementos de combate com armas, enquanto Jak 3 conseguiu equilibrar a narrativa séria com o humor e a leveza que marcaram o primeiro jogo. O desenvolvimento dos personagens, especialmente Jak, que passa de um herói mudo a um protagonista mais complexo e vocal, é um dos grandes trunfos da série.
Além disso, o jogo é lembrado pela sua integração sem falhas entre exploração, combate e plataformas, oferecendo uma experiência fluida e envolvente, que foi um marco na era da PS2. A série também experimentou spin-offs como Jak X: Combat Racing, que trouxe corridas cheias de ação ao universo da franquia, e Daxter, um jogo para a PSP focado no parceiro peludo de Jak.
No entanto, apesar do sucesso e da base de fãs devota, Jak and Daxter não viu um novo lançamento principal desde 2004. Muitos fãs clamam pelo regresso da franquia, que poderia brilhar ainda mais com a tecnologia moderna, trazendo de volta o charme e a inovação que definiram os jogos originais.
Trazer Jak and Daxter de volta ao cenário dos videojogos seria uma forma perfeita de honrar o legado da PlayStation e apelar tanto aos fãs antigos quanto a uma nova geração de jogadores. Com a Naughty Dog a focar-se em outras franquias de sucesso, talvez esteja na hora de outro estúdio assumir o desafio e revitalizar esta série que tanto marcou o início dos anos 2000.
De referir que essa não é a ordem de importância dos determinados jogos, pois todos eles são, em sua medida, e no seu género, absolutamente necessários. E espero que a Sony crie soluções para dar nova vida a essas franquias, que não merecem ser abandonadas. Além de que os fãs da PlayStation também querem as suas queridas séries de volta. A companhia Japonesa deve adoptar uma estratégia de agradar e manter os jogadores de gerações antigas (que olhando para números de consolas vendidas, é a maior base de jogadores), ao apostar nos jogos exclusivos icónicos que fizeram da PlayStation um sucesso, ao mesmo tempo que tenta também atrair novos jogadores com novas IPs. Há que equilibrar isso e é importante não esquecer o que foi feito no passado que levou ao que a PlayStation é no presente e que poderá definir o seu futuro.
E vocês, quais os jogos que mais gostariam de ver de volta? Digam aí na zona de comentários.