Recentemente, Danny O’Dwyer lançou o primeiro episódio de três previstos do seu excelente documentário sobre a produção do reboot de DOOM. No vídeo, o designer Kevin Cloud afirmou que DOOM 4 não se parecia nem um pouco com os restantes jogos da franquia, tanto a nível de história quanto do próprio gameplay.
De acordo com ele, o desenvolvimento teve um início que apontava na direção certa, mas chegaram a um determinado ponto em que sentiram que o jogo que estavam a desenvolver não estava a capturar o que os fãs sempre gostaram na franquia e o que esperavam de um novo DOOM.
Até recentemente pouco se sabia de DOOM 4, já que o jogo nunca teve um trailer ou gameplay oficial divulgado, mas rumores indicavam que o jogo era um shooter muito linear e cinematográfico, algo muito mais próximo de um Call of Duty do que propriamente um DOOM. O produtor Marty Stratton até concorda com a alcunha de “Call of DOOM” que o jogo vinha a receber.
De acordo com Stratton, o jogo era muito próximo desse tipo de jogos, muito mais cinematográfico, com muito mais história, personagens, etc. Definitivamente algo totalmente diferente dos outros da série, a começar pelo facto de ter lugar na Terra, tendo sido este o primeiro momento, desde 2004, que alguém de dentro da id Software comentou sobre DOOM 4, e não de uma maneira muito simpática.
Stratton afirmou que não foi apenas um único fator que levou ao cancelamento. Não foi algo relacionado a arte do jogo ser má ou o desenvolvimento ser fraco, cada jogo possui a sua alma, cada jogo tem a sua própria identidade pessoal, quando o jogador experimenta Rage, ele sente aquele alma de Rage, com DOOM 4 isso não existia.
O jogo não tinha alma, não tinha personalidade, sofria de uma clara crise de identidade, não tinha a paixão e alma que um jogo tão forte como DOOM precisa de ter e é por isso que foi cancelado.
O anúncio do cancelamento de DOOM 4 aconteceu em 2013, e o novo DOOM, que era considerado por muitos como um reboot da série, foi lançado no início deste ano para PC, PlayStation 4 e Xbox One.