
A Electronic Arts optou por colocar a icónica franquia Need for Speed em pausa indefinidamente, numa decisão que também levou ao encerramento da iniciativa Speedhunters: um projeto lançado em 2008 para manter a ligação entre os estúdios da EA e a vibrante cultura automóvel internacional. A confirmação chegou por Dino Dalle Carbonare, um dos rostos do Speedhunters, que revelou ter sido instruído, juntamente com a restante equipa, a abandonar o projeto em abril de 2025, sem receber qualquer explicação por parte da editora.
Speedhunters tornou-se, ao longo de quase duas décadas, uma plataforma de referência para entusiastas de carros, fotógrafos e escritores automotivos, alimentando-se do apoio financeiro da EA numa lógica de partilha autêntica sobre o mundo automóvel. Com a suspensão de Need for Speed, o site perdeu o seu propósito e todo o suporte, tendo deixado de ser atualizado desde abril, com redes sociais inativas e a loja online encerrada.
A reestruturação da EA surge numa altura em que a Criterion Games foi transferida para o desenvolvimento de Battlefield 6, numa parceria com outros estúdios internos, deixando as suas franquias de corridas, incluindo Burnout, praticamente sem perspetivas de regresso à atividade. Além disso, a Codemasters, também propriedade da EA, confirmou o fim do suporte a EA Sports WRC e suspendeu o desenvolvimento de novos títulos de rali, num contexto marcado também pelo despedimento de centenas de funcionários.
Para os fãs de corridas arcade da EA, o futuro permanece incerto: Need for Speed nem vê-lo, Burnout parece esquecido, e até iniciativas que promoviam a cultura automóvel, como Speedhunters, chegaram ao fim. A comunidade automóvel perde assim não só uma das suas plataformas de referência, como também a esperança de novidades no universo de corridas da Electronic Arts num futuro próximo.