Entrevista a um dos responsáveis da IEPM Gamers

No passado decidimos avançar com entrevistas a produtores de videojogos, tanto Portugueses como Brasileiros, no entanto, desta vez, decidimos optar por algo diferente e entrevistar um dos responsáveis da IEPM Gamers, Nicolas Santos.

Com esta entrevista poderão descobrir mais sobre a nossa parceira, bem como o ponto de vista da IEPM Gamers sobre esta indústria.

Em baixo segue-se então a entrevista:

Portugal Gamers – Como definiria a IEPM Gamers e o que vos incentivou a criarem-na?

Nicolas Santos – A IEPM é uma comunidade de gaming diferente, pois quando a criamos, que por mero acaso, no inicio, trouxemos algumas experiências negativas, da passagem por outras comunidades. Decidimos, então, fazer algo realmente para o gamer, algo para a comunidade e não algo de “modas” ou para proveito próprio. Somos uma comunidade com uma filosofia diferente!

Portugal Gamers – E qual era o vosso objetivo, tanto a curto como longo prazo?

Nicolas Santos – A curto prazo, queremos expandir-nos (como é óbvio) e lançar uma linha de edição limitada de t-shirts para os nossos membros e fãs. A longo prazo, queremos estabelecer algumas parcerias para beneficiar a comunidade, bem como ajudar-nos em futuros projecto que temos definidos. Isso e a criação de servidores de jogo em nosso nome!

Portugal Gamers – Quais são as vossas ambições para o futuro?

Nicolas Santos – A nossa ambição? Ter uma comunidade coesa, resistente e conseguir dar novo mote para a definição de comunidade de gaming! Ser uma referência nacional também é algo que ambicionamos. Temos alguns trunfos na manga, novidades que ai vem…Tem de estar atentos!

Portugal Gamers – Há algo que gostaria de acrescentar em relação à IEPM Gamers?

Nicolas Santos – Sim, queria deixar só aqui uma nota: o pessoal parece ter medo e/ou desconfiança quando novas comunidades com os nossos valores aparecem; estamos aqui pelo prazer de jogar e pelo convívio! Não tenham medo e toca a visitar-nos!

Portugal Gamers – Como é que acha que está o estado da indústria de videojogos?

Nicolas Santos – Num modo geral, há certos aspectos que estão a levar um rumo errado, nomeadamente a forma como são publicados os jogos: não são “completos”, pouco conteúdo e tudo “protegido” atrás de DLCs pagas. Mas há luz ao fundo do túnel, pois tem havido bons exemplos como Rainbow Six Siege e Titanfall 2 por exemplo. De resto, esta industria está a demonstrar que não está aqui só a “brincar”. Tem um peso cada vez maior e os valores associados são cada vez mais expressivos.

Portugal Gamers – Acha que o lançamento de consolas mais poderosas a meio de uma geração, como a PS4 Pro e Xbox Project Scorpio é benéfico? E acha que isso será algo para continuar nas próximas gerações?

Nicolas Santos – Não sou fã desse tipo de lançamento, pois as consolas perdem a sua duração de vida. Ou seja, pagar por uma consola que daqui a menos de um ano, fica obsoleta porque a própria marca decide lançar outra. Concordo com a procura de soluções mais “potentes” e alinhadas com o que o consumidor possa desejar. Agora a Sony e a Microsoft estão a seguir rotas muito distintas: uma quer manter o mundo das consolas digamos assim, enquanto que a outra quer uma visão mais em linha com o mundo dos PCs.

Portugal Gamers – Quais foram os jogos deste ano que mais gostou e porquê?

Nicolas Santos – Este ano foi um ano mais de desilusões, mas tem havido alguns jogos que tem mantido o meu interesse, seja a jogar, seja a ver streams e vídeos. Mas diria que Titanfall 2 e Dishonored 2 estão bem em cima nessa lista!

Portugal Gamers – Se tivesse que apontar três dos seus jogos ou franquias favoritas de sempre, o que nos diria?

Nicolas Santos – Hum difícil… Há muita coisa, pois tenho jogado de tudo: FPS, RTS, simuladores, MMO… Mas a série toda de The Elders Scrolls está bem no topo. Quanto a um jogo, tenho de dizer Blacklight Retribution, pois deu origem à IEPM e tenho mais de 1800 horas, apesar de já não o jogar.

Portugal Gamers – O que gostaria de dizer aos utilizadores do Portugal Gamers?

Nicolas Santos – Gostaria de passar uma pequena mensagem: jogar o jogo pelo jogo, ou seja pelo gosto, pelo convívio. Cada vez mais vejo as pessoas a jogar por moda, por pessoa X jogar e não por querer! Jogar é para desanuviar, aprender, relaxar, conviver, isto num primeiro plano. Agora vem o marketing (Hehehehe), não se esqueçam de visitar o site IEPM e manter a Portugal Gamers nos links favoritos!

Por fim gostaríamos de agradecer ao responsável da IEPM Gamers, Nicolas Santos, pelo tempo que disponibilizou a responder ás diversas perguntas e desejamos toda a sorte do mundo para o seu projecto, que iremos acompanhar de perto.