Em entrevista ao The Wrap, o CEO da Take-Two Interactive, Strauss Zelnick, esclareceu porque apesar de toda a popularidade da franquia e eventuais propostas de diversos estúdios, Grand Theft Auto, nunca recebeu uma adaptação cinematográfica e muito provavelmente não receberá no futuro.
Zelnick explicou que o problema de uma adaptação para o cinema ou até uma série televisiva não seria necessariamente o dinheiro, mas o facto de ser a própria Take-Two a ficar responsável pela produção do conteúdo, algo que a empresa não possui experiência corporativa, já que gostariam de manter o controlo criativo completo da produção para garantir que pudessem adaptar a franquia de maneira fiel.
O CEO revelou ainda que ele é um dos poucos executivos da empresa que possui experiência com cinema, não sendo a produção de filmes e séries, um recurso financeiro da empresa, o que exigiria a contratação de profissionais especializados, algo que definitivamente não consideram no momento.
Zelnick também destacou a importância da marca GTA como parte da cultura popular, ao afirmar mesmo que a franquia é “a mais importante IP criada pela humanidade”, sendo muito difícil ceder os direitos de produção para outras pessoas e/ou estúdios por mais reconhecimento que possuam.
A responsável pela entrevista (Sharon Waxman, editora-chefe do site) comparou então uma eventual produção, a aquilo que aconteceu a obra do autor George R.R. Martin, que cedeu os direitos a HBO de “As Crónicas de Gelo e Fogo” para a produção da série Game of Thrones, o que resultou num grande sucesso, principalmente do ponto de visto financeiro.
Ao que Zelnick sem receio de fazer uma afirmação polémica, respondeu que entende perfeitamente a comparação, porém, “os livros de George R.R. Martin não possuem o mesmo valor de Grand Theft Auto”.
Sendo assim, aqueles que esperam por um filme que adaptaria o universo caótico da franquia de jogos ou mesmo uma série através das dezenas de serviços de streaming que surgem a cada dia, podem nunca ver isso acontecer, já que seria necessário que a Take-Two fizesse um investimento numa divisão de cinema, algo que pelas afirmações do executivo é extremamente improvável.