A Bethesda acaba de lançar um novo Fallout, desta feita com o nome de Fallout 76 (ao invés de incluir um 5) e passa-se – a nível de linha temporal – antes dos prévios jogos. Nestes primeiros dias após o lançamento oficial do jogo vamos antes de mais falar um pouco sobre a experiência que tivemos a nível do teste beta recente que aconteceu ao longo de vários dias em sessões isoladas até este último fim de semana. Como andámos pelas terras de uma West Virginia devastada, na versão Xbox One, decidimos contar-vos um pouco sobre a nossa experiência e, dentro em breve, apresentaremos a nossa análise à versão final do jogo.
Fallout 76 difere de todos os outros lançamentos da série de que faz parte por ser um jogo inteiramente online. Isto quer dizer que jogamos em um mundo partilhado com outras pessoas a jogar em um servidor. Existirá a opção de jogar sozinho, mas a Bethesda insiste que a melhor experiência será jogando online com outras pessoas. É possível, na mesma, jogar “sozinho” e deambular por aí encontrando esporadicamente outras pessoas, e isto é algo que se estranha, ao mesmo tempo que se entranha. É curioso ver outros “vaul dwellers” controlados por pessoas como nós a andar por aí, e é possível formar alianças de até 4 pessoas.
Devo dizer que os elementos de construção de Fallout 4, voltaram, mas que também é possível ver as nossas criações serem completamente destruídas por outros jogadores, algo que (felizmente) não cheguei a presenciar durante o tempo que tive na beta. Aliás, quase nem cheguei a explorar os elementos de construção, pois passei a maior parte do tempo a explorar e a sobreviver contra os monstros sedentos de sangue que habitam o mapa.
Tenho de mencionar o excelente (de novo) criador de personagens, onde podemos mudar tudo e mais alguma coisa a nível físico, e, por fim, tirar uma foto pela qual seremos vistos. Perdi algum tempo só nesta fase inicial a tentar fazer o personagem o mais parecido comigo possível, mas sem muito sucesso. O jogo então começa no Vault 76, onde após apanharmos alguns mantimentos e definirmos algumas das nossas habilidades e perícias, saímos finalmente. E é a partir daí que encontramos dede logo pessoas a deambular e a socializar como se de um lobby de um MMO, West Virginia se tratasse.
A nível visual, vemos melhorias em relação aos seus antecessores, sendo-nos presenteado um bom espetáculo a nível de efeitos de luz e folhagem da vegetação. No entanto, vemos que mantém a tradição de não ser dos jogos mais inspiradores a nível gráfico, e isso nota-se especialmente a nível de algumas texturas. A nível de menus e informação visual está tudo muito parecido a Fallout 4, usando-se também aqui o famoso Pip-Boy. A nível de missões, devo confessar que andei um pouco perdido com as poucas informações que o jogo dá, mas isso também poderá ser devido à nova “natureza” online do jogo. Nota-se também influências de jogos de sobrevivência, pois precisamos de parar para descansar e comer para o nosso personagem continuar vivo.
A minha experiência a nível da beta resumiu-se a procurar mantimentos para sobreviver, cartas de habilidades e peças para os meus equipamentos. Lá fui encontrando alguns outros jogadores que por vezes se juntavam a mim para derrotar algum monstro, ou simplesmente seguiam caminho nas suas próprias aventuras. É algo curioso de se ver num jogo Fallout, mas é algo a que com certeza teremos de nos habituar, pois é a base do jogo todo. Será que o jogo completo continuará a boa impressão que deixou com a beta? Ou será que a ausência de alguma narrativa mais profunda acabará por desiludir os fãs mais fervorosos e prejudicar o jogo? O futuro nos dirá, em breve, na nossa análise ao jogo completo.