Intruders: Hide and Seek – Análise

No início deste ano de 2019 foi anunciado o vencedor da 3ª edição dos Prémios PlayStation Talents em Espanha. O Melhor Jogo do Ano foi o jogo indie Intruders: Hide and Seek, um exclusivo do PlayStation VR.

Um jogo do estúdio espanhol Tessera Studios, coloca o jogador num jogo de terror na primeira pessoa perante um grande dilema. Esta iniciativa da PlayStation premeia os estúdios que se destacam nos vários países, tal como em Portugal também temos a cada ano um estúdio premiado. É conferida uma grande ajuda ao estúdio vencedor, com apoios para o desenvolvimento e conceção do jogo, que são posteriormente lançados de forma exclusiva para as consolas PlayStation.

Intruders: Hide and Seek nasce assim nas salas de aula da Universidade U-Tad e vence este ano o Prémio PlayStation Talents para Melhor Jogo do Ano, sendo ainda eleito o melhor jogo da 3ª edição dos Prémios PlayStation Talents em Espanha pela imprensa. Trata-se de um jogo bastante emotivo, e, claro, em realidade virtual, o que apenas realça o quão envolvente será esta estória – uma narrativa ideal para os amantes de jogos de terror, especialmente pela imersão que a realidade virtual permite.

Nesta aventura os jogadores irão estar na pele de Ben, um menino de 13 anos com uma vida familiar péssima, que se torna num verdadeiro pesadelo com os seus pais a ficarem cativos e três desconhecidos a invadir a sua casa à procura de algo.

Ben, também ele preso em casa, escondido pelos raptores, terá de salvar os seus pais, assim como a sua irmã mais nova, que está escondida numa sala secreta. Com o avançar da aventura vamos percebendo que afinal nem tudo é assim tão óbvio, descobrindo ainda factos importantes sobre esta situação e como sobreviver à mesma, escapando aos raptores.

A Tessera Studios conseguiu representar na perfeição este menino, Ben, – com um grande rigor e um tamanho adequado para uma criança pequena. A dimensão da personagem dá-nos mesmo uma sensação de pequenez. Por vezes temos de nos ”esticar” para chegar a determinados sítios, como por exemplo para pegar em algo numa estante mais elevada. A escala empregue pelo estúdio para recriar objectos e cenários, torna este jogo ainda mais realista.

Estratégia e calma é o que teremos de ter com Ben, para o menino não ser apanhado pelos raptores em casa, neste ambiente escuro. Os raptores irão fazer tudo o que estiver ao seu alcance para apanhar Ben, por isso muita calma para não serem apanhados. O tamanho de Ben poderá ser aqui uma vantagem, pois sendo os raptores três, a probabilidade nos apanharem é grande. Esconder-nos por vezes será a melhor opção para que possamos sobreviver.

Além da vantagem correspondente ao nosso tamanho, pela casa encontraremos vários tipos de objectos e ferramentas que nos serão úteis, seja para distrair os raptores, para os iludir ou até mesmo para desbloquear novos obstáculos que nos poderão ser favoráveis.

Estes raptores foram bem pensados pelo estúdio, e para um jogo de terror são o ideal, para além do ambiente assustador e nocturno que iremos encontrar, estes tendo feitios diferentes levam a que tenhamos ainda mais medo, e que pensemos duas vezes no que deveremos fazer primeiro.

No que toca aos visuais deste jogo, podemos afirmar que estão bem trabalhados, e, como referimos, a escala adotada pelo estúdio para sermos realmente do tamanho de um menino de 13 anos confere mais realismo a todo o cenário envolvente. Junto desta escala, a imersão proporcionada pelo PlayStation VR faz com que tudo em nosso redor pareça real, como se nós mesmos fossemos um menino na vida real, com aquele tamanho, a tentar superar estes 3 inimigos. As sombras é algo que não ficou tão bem conseguido, embora tal não seja um elemento assim tão relevante.

A nível sonoro, a música confere maior tensão e adrenalina a este título. O som tridimensional é outro fator importante, com a sensação de ouvir os passos dos inimigos mais longe e mais perto, permitindo-nos estimar onde estes se encontram. A voz das personagens por exemplo, contudo, já não têm esse impacto, dado que se houve da mesma forma estando perto ou longe das mesmas.

Opinião Final:

Intruders: Hide and Seek sendo um jogo de horror, com muito stress, cumpre na perfeição o seu objetivo. Nesta história somos colocados na pele de um menino de 13 anos, Ben, em que a adrenalina e tensão a que somos expostos conferem maior realismo a este título de realidade virtual e exclusivo do PlayStation VR. Apesar da sua curta duração, este jogo sendo uma iniciativa do PlayStation Talents, incentiva a que mais estúdios possam apostar em pequenas aventuras, e, quem sabe, ver o seu jogo publicado nas plataformas da PlayStation.

Do que gostamos:

  • Tamanho do menino de 13 anos;
  • Curta duração;
  • Envolvência na história simples.

Do que não gostamos:

  • Som tridimensional da voz das personagens;
  • Por vezes não funciona bem o manuseamento de objetos.

Nota: 8/10