Jogámos a demo do Digimon Story Time Stranger – Primeiras Impressões

Jogámos a demo do Digimon Story Time Stranger e já deu para ter uma ideia do que esperar. Antes de mais, devo dizer que gosto bastante de Digimon e o Hacker’s Memory foi onde passei mais tempo, na altura do Covid, onde me foquei completamente nesse jogo e em explorar o mundo, em arranjar forma de ter todas as evoluções. Claro que depois do Hacker’s Memory, saíram outros jogos, mas nunca ostentando a qualidade desse, pelo que o regresso às origens numa nova geração causa muita expectativa. Mas será que é tudo aquilo pelo qual esperámos? A resposta parece ser um grande sim.

Devo dizer que gostei bastante do combate, que oferece mais opções estratégicas. Todos os Digimon da party, e mesmo os que estão no inventário, ganham experiência, uma decisão excelente para que todos possam evoluir, mesmo que não estejam na luta, o que facilita e torna a evolução dos Digimon mais acessível. Outro aspeto interessante são as personalidades dos Digimon, que ainda não deu para entender muito bem, mas sabe-se que influenciam atributos como ataque (ATK), ataques mágicos (INT), pontos para ataques especiais (SP), vida (HP) e defesa (DEF). Conversar com os Digimon pode alterar as suas personalidades, o que é uma ótima mecânica para personalizar as estatísticas deles. Ainda não sei até que ponto se pode intervir nestas personalidades, mas isso promete adicionar uma camada estratégica complexa.

Embora o jogo não ofereça um modo gráfico ou de performance, e corra a 30 fps nas consolas, o que ao virar a câmara se torna notório, com algum arrastamento de imagem (que poderá não refletir a versão final), e não seja propriamente um primor gráfico (embora a versão final possa estar melhor), há, na mesma, uma clara evolução. A arte está bonita e os Digimon estão mais detalhados, com ataques especiais muito mais impactantes. Transmite um Digimon de nova geração. No pouco que foi possível jogar, e tendo em conta também as cutscenes, que estão muito bem feitas, o protagonista, ainda que sem voz, tem uma presença um pouco mais “badass”, se é que podemos o dizer dessa forma, mas veremos no jogo final se terá uma maior imposição e de que forma o fará.

O menu está muito mais dinâmico, com atalhos para muitas funcionalidades, evitando a necessidade constante de ir ao DigiLab, o que facilita e agiliza bastante a navegação. A franquia Digimon é muito complexa e cheia de nuances, por isso aguardamos pelo jogo final para emitir uma opinião mais detalhada e decisiva. No entanto, as primeiras impressões são muito positivas e dão esperança que este seja um regresso triunfante.

Em relação ao enredo, passa-se numa versão alternativa e fracturada de Tóquio chamada Ilias, onde passado, presente e futuro se misturam. O protagonista, controlado pelo jogador, junta-se aos Chrono Linkers, um grupo que luta para estabilizar a linha temporal e enfrenta uma ameaça causada por um vírus temporal e fragmentos digitais corrompidos. A narrativa integra personagens clássicas como Kyoko Kuremi e Takuto, agora mais maduros e ligados a esta nova realidade, criando uma ligação forte com fãs antigos e novos. A exploração deste mundo semi-aberto, com zonas que mudam conforme a linha temporal altera, promete uma jogabilidade dinâmica e inovadora.

As batalhas mantêm o sistema por turnos, mas com melhorias significativas como a introdução de efeitos de terreno, fases da batalha que alteram a linha temporal, e uma nova mecânica chamada Cross Arts, versões aprimoradas dos famosos combos, que acrescenta profundidade tática. O combate pode ser acelerado até 5x, facilitando a resolução das lutas mais simples, ao passo que a habilidade Cross Art permite ataques poderosos em equipa, trazendo mais variedade e estratégia.

Além disso, podemos montar Digimons como Growlmon, Halsemon ou Whamon para explorar diferentes tipos de terreno, o que adiciona uma componente de exploração muito mais envolvente e funcional. Estes desbloqueiam zonas especiais e batalhas que seriam inacessíveis de outra forma, com animações e interações que reforçam a personalidade de cada Digimon.

Resumindo, Digimon Story Time Stranger mostra-se como um título que respeita a tradição da franquia mas traz melhorias importantes e modernas. Trata-se de um RPG com uma narrativa rica, combate tático avançado e um mundo que reage às alterações temporais, tudo isto com mais de 450 Digimon para colecionar e evoluir. A demo abriu-nos o apetite para o lançamento oficial, previsto para 3 de Outubro de 2025 para PC, PlayStation 5 e Xbox Series X|S, onde poderemos finalmente explorar tudo em toda a sua plenitude. É um regresso esperado, com novidades emocionantes e aquela pitada de complexidade e nostalgia que os fãs adoram, tornando Digimon Story Time Stranger uma aposta segura para marcar esta geração de jogos Digimon.

Demo jogada na PlayStation 5