Segundo um relatório preliminar apresentado pela Computer Entertainment Supplier’s Association (CESA), promotora do Tokyo Game Show, cerca de 51% das empresas japonesas de videojogos recorrem já à inteligência artificial durante o desenvolvimento dos seus títulos. O estudo, baseado em respostas de 54 empresas entre Junho e Julho de 2025, aponta para uma adoção transversal, desde grandes editoras como Capcom, Sega e Square Enix, até estúdios independentes.
O principal uso de IA destaca-se na geração de assets visuais e imagens de personagens, seguido pela criação de histórias e textos, e apoio à programação. Adicionalmente, 32% das empresas admitiram utilizar IA para o desenvolvimento de motores de jogo internos. Exemplos recentes incluem a Level-5, que utiliza ferramentas inovadoras como o Stable Diffusion para visualização e o Github Copilot para suporte ao código, e a Capcom que já confirmou práticas experimentais de IA em projetos recentes.
Ainda assim, nem toda a indústria japonesa acompanha esta tendência tecnológica. A Nintendo, uma das empresas mais emblemáticas do sector, insiste em manter distância da IA generativa, alegando questões de direitos de autor e preferência pela originalidade criativa.
A aceleração do uso da IA no Japão reflete uma realidade cada vez mais dominante na produção global de videojogos, onde eficiência, criatividade e desafios éticos e legais caminham lado a lado. O relatório completo da CESA será divulgado em Dezembro e promete revelar novos dados sobre o impacto da inteligência artificial no futuro da indústria.
Fonte: Gamevicio