Mortal Kombat 11 é o novo jogo da famosa e brutal série de jogos de luta Mortal Kombat, e desde o anúncio que promete ser o jogo mais intenso e visceral da franquia. Agora que tivemos acesso à beta fechada, foi possível experimentar a Klassic Tower, o Online e ainda a personalização de personagens. Obviamente que isto serve apenas como uma pequena amostra do jogo final, até porque, pelo menu, dá para ver outros modos que estão dentro de certas categorias. Konquer, que tem o modo História, Towers of Time, Klassic Tower e Krypt; Fight que tem modos como Local, Torneios, Online e AI Battle, Kustomize, que é a personalização de personagens, e Kollection; por fim, Learn, que contém os modos Practice, Tutorial e Fatality Training. Claro que na versão final poderá haver mais do que estes que se encontram dentro de algum modo, como Test Your Luck e as Faction, mas tal só saberei quando tiver o jogo final.
Mas, falando dos modos que estão desbloqueados na beta, vou começar pela Klassic Tower. Segundo a descrição, ao completarmos torres iremos desbloquear no fim uma cutscene da personagem que controlámos. Na beta não há nenhuma cutscene, apenas uma torre com 5 oponentes, no entanto não deixa de ser uma bela forma de treinar os combos dos lutadores e aprender a fazer as Fatality. De referir que na beta há 5 lutadores com os quais é possível jogar: Scorpion, Baraka, Skarlet, Jade e Kabal.
Cada personagem tem 3 variações diferentes, com alguns ataques especiais específicos de cada uma. A personagem também conta com um aspecto diferente em cada variação. Assim que o combate começa, é perceptível a semelhança entre Mortal Kombat 11 e os jogos anteriores, mas também as alterações que foram introduzidas. Na sua base, é Mortal Kombat, mas mais brutal, devido às novas animações, ao maior detalhe gráfico, e também a certas mecânicas. O X-Ray dos jogos anteriores foi modificado neste jogo e incluído nos próprios ataques dos lutadores e mesmo na interação com o cenário.
Enquanto que antes se reduzia a uma sequência especifica em que dava para ver os ossos a partirem-se, agora se dermos um uppercut ou um pontapé, isso pode gerar o X-Ray, tal como atacar o adversário com uma arma ao nosso dispor, ou pegar no nosso oponente e mandá-lo contra um carro presente no cenário. No entanto a sequência do X-Ray existe, mas com outro nome, Fatal Blow, e diferente: mais brutal e mais parecida com as Fatality. E, tecnicamente falando, tudo correu de forma fluida: os cenários (dos quais apenas 3 se encontravam disponíveis na beta), como Shang Tsung`s Island Ruins, Special Forces Desert Command e Black Dragon Fight Klub, têm um bom design e graficamente estão impecáveis.
Também há agora duas novas barras do lado esquerdo que representam o ataque e defesa. A utilização de alguns golpes especiais, que podem estender o combo, resulta no gasto de uma de duas barras de ataque. Claro que depois a mesma se regenera, o que nem demora muito tempo. O mesmo para a defesa, embora tal seja mais complexo, pois pelo menos na beta não é possível fazer um Breaker, ou seja, uma defesa durante um combo. No entanto, deverá ser possível fazê-lo no jogo final. Na beta é possível gastar a barra de defesa ao rolar para a frente ou para trás, o que nos pode colocar numa boa posição estratégica, ou, curiosamente, fazer um tipo de ataque surpresa depois de nos levantarmos do chão. Talvez a equipa de desenvolvimento tenha decidido acrescentar estas barras para que não houvesse nenhum abuso no uso desta mecânica.
Em relação ao online, fiz mais de 100 partidas, e nunca me deparei com bugs, lag, nem nada que se pareça. Tudo correu suavemente, sem quaisquer problemas – o que é impressionante para uma beta. Suponho, portanto, que esta beta represente uma versão final ou quase final do jogo, e, se assim é, as indicações não poderiam ser melhores no que toca a este aspecto. E claro que não poderia deixar de falar de uma das maiores características deste jogo: a personalização de personagens.
Claro que, mais uma vez, há aqui uma limitação, pois, afinal de tudo esta é uma beta. Contudo, mais uma vez esta fase experimental deixou belas indicações, pois as possibilidades já são tremendas. Indo com Kabal, por exemplo, é possível criar uma nova variação, e daí é-nos oferecido um leque de opções de customização. Kabal costuma utilizar uma máscara, e é possível escolher diversas máscaras para ele, ou então simplesmente removê-la. É ainda possível escolher as armas (há uma boa variedade delas) e ainda o estilo das Gas Canisters (no caso do Kabal). É possível escolher a roupa, as cinemáticas da personagem (as intros e vitórias), as habilidades e ainda distribuir pontos de atributos para a inteligência artificial das personagens que se está a personalizar. Ao se entrar na personalização, é logo dito que no jogo final haverá uma maior variedade de equipamentos e cosméticos, pelo que poderemos esperar uma grande aposta do estúdio na personalização.
Se tivesse que apontar algo de negativo nesta beta, seria o fundo na parte do menu. Muito desinspirado, principalmente em comparação com os jogos anteriores da série (Mortal Kombat 9 e 10) este é um ponto que espero que venham a mudar. Teria ainda de apontar o facto de ter sido retirado o famoso ataque especial de Scorpion – Takedown -, que espero estar presente no jogo final, uma vez que é um ataque muito característico de uma das personagens mais icónicas da franquia.
Depois de ter jogado a beta durante muitas horas, admito que fiquei com uma tremenda vontade de jogar a versão final de Mortal Kombat 11, dado que a opinião com que fiquei devido à beta é de que poderemos vir a ter aqui um grande jogo de luta. O potencial é evidente, a nível de jogabilidade está fantástico, tecnicamente também, pelo que resta experimentar os diversos modos e personagens para uma experiência completa, e só aí é que será possível formular uma opinião final.