MotoGP 22 – Análise

A Milestone não é nenhuma novata no que toca aos jogos de corridas, contando já com um bom portefólio de mais de 20 anos de títulos do género. Também já provaram que são das produtoras que sabe muito bem trabalhar com o DualSense, aliando as capacidades do comando inovador da Sony à intricada jogabilidade.

Sim, porque à primeira vista podem parecer apenas jogos de corridas, mas o que é certo é que a Milestone ao longo dos anos tem-se dedicado a criar experiências o mais completas possíveis para os amantes das corridas. Tendo já uma presença anual, MotoGP 22 chega-nos a uma miríade de consolas, entre elas a Playstation 4, garantindo assim que quem ainda não saltou para a nova geração possa desfrutar deste título. Mas o que é verdade é que depois de vivenciar um DualSense, uma experiência destas numa PS4 é sem dúvida uma experiência mais pobre, pelo que recomendo-vos vivamente que se tiverem de optar, optem pela versão PS5.

Como seria de esperar de um título anual, MotoGP 22 não tem grandes diferenças face ao seu predecessor, mas as poucas que tem podem ser consideradas na sua essência melhorias. Graficamente mantem-se impecável, os modelos humanos não são extremamente detalhados mas não são eles o foco do jogo. O brilho no capacete do nosso piloto, as cores vividas e os cenários que visam retratar locais reais contribuem tudo para uma experiência o mais fidedigna possível. Podem ainda personalizar o uniforme do vosso piloto, o capacete e até a mota.

A experiência de corridas de motas mais real de sempre… até nas quedas.

Quanto a modos de jogo, a Milestone cobriu aqui todas as bases, com vertente singleplayer e multiplayer (tanto local como online). Para aqueles que querem entrar neste mundo mas se sentem assustados com a técnica da coisa (e acreditem que este não é um jogo fácil, ou não fosse um simulador), têm aqui bastantes tutoriais vão muito para além de uma simples explicação das mecânicas. O objetivo é permitir que os jogadores compreendam não só os controlos básicos mas também que percebam como melhor fazer as curvas e até avaliar as condições da vossa moto e as suas consequências nas corridas – tudo para simular ao máximo a experiência de um piloto real.
Para aqueles que acham que sabem tudo de trás para a frente, têm o modo MotoGP Academy. Aqui poderão competir em todas as pistas oficiais da competição, com variados desafios que vos permitiram provar que são os melhores.

Têm ainda a opção de corridas rápidas, time trials e, claro, o modo carreira onde vão levar o vosso piloto até à vitória. O realismo é uma parte importante, com a Milestone a incluir diversos famosos pilotos de MotoGP (de 2022 e não só), bem como variadíssimas pistas oficiais por todo o mundo, até no Algarve. Têm também o modo de Managerial Career, que vos permite gerir a vossa equipa até ao mais ínfimo detalhe, desde o pessoal de suporte até à vossa moto.

Vivam as emoções das corridas MotoGP em pistas oficiais de todo o mundo.

Para os aficionados da modalidade, a Milestone decidiu incluir aqui um mimo ao replicar aquela que é considerada uma das melhores épocas do MotoGP – 2009. Podem assumir o lugar de um dos famosos pilotos da época e experienciar por vocês mesmos alguns dos momentos de glória da modalidade no ano de 2009.

Quanto aos controlos, a Milestone continua a fazer o melhor uso possível do DualSense, tornando a experiência ainda mais imersiva – desde a resposta quando mudamos de mudança ou até mesmo quando saímos da pista e nos espalhamos na gravilha – a utilização do feedback háptico é aqui utilizado no seu melhor. Não fiquem desencorajados caso caiam muitas vezes, podem ter a certeza que isso vai acontecer, mas a resposta é tão imersiva que leva a com que o jogador queira efetivamente perceber como a coisa funciona e como levar uma corrida até ao fim. E daí até a serem campeões, é um pulinho.

Opinião final:

MotoGP 22 mostra o melhor que a Milestone tem feito com os seus títulos de corridas, não mexendo muito no que resulta bem e adicionando alguns toques que certamente farão as delícias não só dos fãs da modalidade, como desta série de jogos. Uma simulação à séria, que não deixa nenhum detalhe esquecido.

Do que gostamos:

  • A possibilidade de “viver” a época de 2009 e todos os seus momentos de glória;
  • Toda uma miríade de modos e detalhes que cumprem perfeitamente com o conceito de simulador;
  • Utilização impecável do DualSense.

Do que não gostamos:

  • Os modelos humanos poderiam ser um pouco melhores.

Nota: 8/10

Análise efetuada com um código PlayStation 5 cedido gentilmente pela distribuidora.