Para quem acompanhou toda a saga, o desenvolvimento e lançamento de Mighty No.9 foi um excelente exemplo do que não se deve fazer com um videojogo. O jogo foi adiado diversas vezes, teve downgrades pesados e quando foi finalmente lançado, o lançamento veio junto de diversos problemas.
Mas muitos acreditam que o pior momento de toda esta saga foi quando Keiji Inafune, um dos responsável pela franquia Mega-Man, reconheceu que o jogo poderia não ser bom, mas ao menos “era melhor do que nada”. Na época, muitos dos que apoiaram o financiamento colectivo do jogo no Kickstarter, tiveram problemas com os códigos e não conseguiram jogar.
“At the end of the day, even if [Mighty No. 9] is not perfect, it’s better than nothing” pic.twitter.com/1kFLWbq8xu
— Wario64 (@Wario64) 21 de junho de 2016
Mas parece que alguns problemas não desaparecem tão rápidamente, sendo que oito meses depois do lançamento oficial, o jogo continua em problemas.
Na pagina oficial do jogo no Kickstarter é possível ver inúmeras pessoas a reclamar que não receberam as recompensas físicas do jogo, como livros de artes conceituais, artes assinadas por Inafune e copias físicas do jogo.
A Fan Gamer, empresa responsável pela produção dos livros de artes conceituais, emitiu um comunicado onde explicou que o atraso não tem nada haver com eles, já que a Concept, estúdio que desenvolveu Mighty No.9, ainda não enviou os ficheiros necessários para a produção do mesmo. A Fan Gamer, deu uma notícia muito triste a todos os que estavam à espera, ao dizer que não pode mesmo dar uma previsão para a recepção dos livros até que a Concept envie os conteúdos necessários.
Para finalizar, quatro pessoas pagaram cerca de 10 mil dólares para ajudar no projeto e ter direito a um jantar com Keiji Inafune em Tóquio (viagem e estadia não estavam incluídas), mas algumas dessas pessoas revelaram que Inafune teve de mudar a data do jantar por diversas vezes.
Mighty No.9 tinha como meta inicial 900 mil dólares para ser desenvolvido, mas acabou por arrecadar quase 4 milhões de dólares (3.8 milhões).