
A Nintendo decidiu descontinuar todas as versões de cartuchos de baixa capacidade para a Switch 2, oferecendo atualmente apenas duas opções para lançamentos físicos: Game Cards de 64GB e os Game-Key Cards orientados para o digital. Este ajuste nas políticas de distribuição física está a ter impacto direto nos estúdios e editoras, que se veem obrigados a escolher entre custos elevados do armazenamento total em cartucho ou a dependência dos códigos de download via Game-Key.
Anteriormente, os criadores tinham à disposição uma vasta gama de capacidades para a Switch original: 1GB, 2GB, 4GB, 8GB, 16GB e 32GB. Para a Switch 2, só resta o cartão físico mais caro (64GB) ou o Game-Key, que funciona como uma “chave” para aceder ao jogo de forma digital, sem qualquer dado gravado no cartucho. Esta solução é semelhante à atual distribuição de discos para Xbox, onde o disco físico serve apenas para autenticar uma cópia digital.
A opção do Game-Key Card, embora mais barata para editoras e alguns consumidores, levanta críticas entre os jogadores, pois depende de conexão à internet e não oferece o mesmo valor colecionável ou garantia de acesso offline. Por outro lado, títulos AAA podem beneficiar do cartucho de 64GB, permitindo, por exemplo, que todo o jogo seja integrado fisicamente como aconteceu com Cyberpunk 2077 ou outros grandes lançamentos.
Editores independentes e estúdios menores enfrentam desafios acrescidos: lançar um jogo indie ou menor em formato físico torna-se menos viável devido ao custo de produção dos cartuchos de 64GB, especialmente para jogos vendidos por menos de 50 euros. Com esta limitação, muitos poderão optar por edições exclusivamente digitais ou recorrer ao formato Game-Key, que tem recebido receção divisiva.
Fonte: Game Rant