Realizado por Sérgio Graciano, com Gabriela Barros como protagonista, ‘O Som Que Desce na Terra’ é inspirado numa história verídica passada em Portugal em 1966. O filme estreia esta semana, dia 11 de novembro 2021, nos cinemas nacionais.
Maria da Luz (Gabriela Barros) espera notícias do marido, soldado no Ultramar, que após ser destacado para liderar uma operação é dado como desaparecido. Neste período, onde a ausência de notícias lhe traz sofrimento e solidão, toma consciência que estes sentimentos são partilhados por outros que, como ela, esperam pelos seus e toma uma decisão: gravar mensagens de apoio das mães, mulheres e familiares para os soldados e entregá-las pessoalmente a cada um, no meio de uma Angola em plena guerra.
O ‘Som Que Desce na Terra’ inspira-se na história verídica de Maria Estefânia Anacoreta que, em 1966, saiu de Santarém aos 47 anos e durante 7 meses percorreu quase 20 mil quilómetros, por Angola, com um gravador de som.
Na Guerra Colonial as mulheres eram maioritariamente filhas, irmãs, mães, esposas… que ficavam à espera que “eles” voltassem. Maria Estefânia (Maria da Luz, no filme), não.
Realizado por Sérgio Graciano (‘Linhas de Sangue’; ‘Assim, Assim’) e com argumento de Joana Andrade e Filipa Poppe, ‘Som Que Desce na Terra’ é protagonizado por Gabriela Barros (‘Linhas de Sangue’; ‘Cá por Casa’; ‘Pôr do Sol’), José Condessa, Margarida Marinho e José Raposo.
Uma homenagem a todas as mulheres, heroínas invisíveis da guerra colonial. “Eles podem sofrer tudo e tudo suportam – menos o não receberem uma carta”, lia-se, outrora, no Jornal do Exército.