Voltamos à análise de periféricos, hoje com um olhar sobre a mais recente iteração do mítico Razer DeathAdder. Adicionalmente, vamos falar sobre um tapete… Com leds!
15 anos e mais de 10 milhões de unidades depois, o DeathAdder teve direito a um novo lançamento, com um óbvio “V2” a marcar a importância deste “refresh”. Tivemos a oportunidade de experimentar este Rato nas últimas semanas, nas quais o usei como rato principal, de forma a perceber o conforto e versatilidade que oferece, e perceber se as melhorias são relevantes.
Começando pelo exterior, vemos que a reconhecida forma do DeathAdder foi ligeiramente alterada, não sendo tão agressivo nas curvas dos botões, o que resulta num rato mais discreto, mas ainda assim reconhecível. Afinal, este rato é um dos mais populares ratos gaming do mercado, e provavelmente dos que mais fortaleceu este segmento do mercado. Os botões secundários levaram pequenos ajustes, mas para mim a grande melhoria é o grip lateral, com um material rugoso confortável na lateral esquerda. A roda também foi melhorada, não sendo tão “solta” como o original. O DeathAdder V2 também emagreceu, pesando agora cerca de 80g, algo que pessoalmente achei um pouco leve de mais, e gostava de ver uma solução com pesos modulares para agradar a mais gostos.
Rapidamente começamos a ver o ADN dos ratos mais recentes da Razer, e a perceber que boa parte deles estão aqui representados. Desde logo o fantástico sensor de 20 mil DPI, o mesmo que o Viper Ultimate, com precisão de referência. O interior dos botões também foi melhorado, com a tecnologia laser da Razer, ao invés dos típicos botões de ação mecânica, algo que, por exemplo, essencialmente acaba com a possibilidade de problemas como o duplo clique, para além de oferecer fabulosos tempos de resposta.
O cabo é também semelhante aos mais recentes modelos da marca, extremamente flexível e robusto. Virando o rato ao contrário, temos acesso a um botão de escolha de perfis na memória interna, e “pads” muito melhores que os clássicos, para melhor deslize.
Falando da memória interna, é algo que aprecio imenso, e que os mais minimalistas vão gostar. Tal como os outros periféricos da Razer, o DeathAdder mostra todas as suas funcionalidades no Razer Synapse, software que permite controlar tudo, desde a precisão, as funcionalidades dos botões secundários, os leds, entre outros. Mas se não quiserem esse software sempre instalado, ou se quiserem por exemplo usar o rato noutros dispositivos, podem simplesmente guardar os vossos perfis na memória interna do rato e apagar o Synapse, ou tirá-lo do start-up. Pessoalmente, acho que o software tem melhorado bastante desde a sua criação, e se tiverem vários dispositivos Razer é ótimo para gerir e sincronizá-los, mas nem eu o tenho a executar sempre.
Opinião Final:
O Razer DeathAdder V2 trabalha sobre um sólida e marcante fundação, trazendo todas as mais recentes tecnologias de ponta da Razer para oferecer um produto atual e tentador face à concorrência, que agora é muito maior do que há 15 anos. O DeathAdder continua uma escolha acertada, e recomendo o upgrade.
Do que gostamos:
- Robustez e simplicidade
- Performance de referência
- Software e memória interna de perfis
Do que não gostamos:
- Continuo a não ser fã da roda de scroll
- Gostava que tivesse peso modular
Extra! Razer Goliathus Extended Chroma
Um rato precisa sempre de um companheiro… Não, não é o teclado, o tapete! Em adição ao DeathAdder V2, a Razer deu-nos ainda a oportunidade de testar o seu tapete Razer Goliathus Extended Chroma. Se alguma vez pensei usar um tapete de rato com leds? A verdade é que não, mas mais surpreendente para mim foi ter ficado fã do acessório.
Deixem-me deixar isto claro: não sugiro a ninguém priorizar a compra de um tapete com leds de 60€. Mas se quiserem gastar esse dinheiro e forem o público-alvo, quase de certeza ficarão satisfeitos.
Sou fã de tapetes de rato largos, daqueles que se usam debaixo do teclado e do rato, e ainda sobra. Acho confortável e esteticamente agradável. É o caso deste Goliathus Extended, ainda que exista também a versão com tamanho “normal”.
O Goliathus é um tapete razoavelmente fino para o conforto que fornece, com uma base de borracha antiderrapante. A toda a volta temos uma fina linha com leds, que devo confessar dão uma luz bastante suave e agradável, que cria um certo ambiente na secretária. O “tubo” de leds é preso ao tapete por linhas fias, só percetíveis ao perto ou ao toque, e devo advertir que se tiverem a mão ou braço sobre ela, ao fim de algum tempo pode ser algo desagradável, se preferirem tapetes sem bordas.
No canto superior esquerdo temos um pequeno controlador, de onde sai um cabo USB, o óbvio downside de ter um tapete com luzes. Também o Goliathus pode ser controlado pelo Razer Synapse, onde podemos controlar a luminosidade e cor das luzes, bem como tê-lo sincronizado com outros aparelhos.
Como pensamento final, diria que é um artigo que me surpreendeu pela positiva, e que me parece ter um lugar no mercado. Ainda assim, pela inconveniência do cabo e por preferir tapetes sem bordas, considerando ainda o preço e que será de lavagem difícil, não o recomendaria à maioria dos jogadores.
O Razer DeathAdder V2 e Razer Goliathus Extended Chroma que testamos foram gentilmente cedidos pela Razer para análise e estão disponíveis nos vendedores habituais pelo PVP de 69,99€ e 59,99€, respectivamente.