Tomb Raider afirmou-se como um verdadeiro clássico da indústria dos videojogos desde que surgiu em 1996, e serve de inspiração até hoje para diversos jogos e franquias, sendo Uncharted aqui uma das mais conhecidas. Porém, a série não lidou muito bem com o passar dos anos, e em 2013, numa tentativa de a revitalizar, a Square Enix e a Crystal Dynamics iniciaram uma nova trilogia que nos traria uma Lara Croft em crescimento desde a sua adolescência, quando naufragou com alguns amigos na ilha de Yamatai e iniciou a sua jornada como arqueóloga.
Esse reboot foi recebido com uma excelente resposta por parte dos fãs e da crítica especializada, principalmente por trazer uma personagem mais “humana”, a lidar com todos os dilemas de quem tem de fazer coisas socialmente repudiáveis simplesmente para sobreviver. Em 2015, foi lançado Rise of the Tomb Raider, que pegou nessa base sólida construída no primeiro jogo e a expandiu ainda mais, não apenas com uma campanha mais densa, mas com uma evolução natural da personagem e diferentes modos de jogo.
E eis que chegamos a setembro de 2018 com o lançamento de Shadow of the Tomb Raider, o terceiro jogo desde o reboot, e o décimo segundo jogo da franquia Tomb Raider, e um lançamento que promete trazer uma Lara Croft ainda mais madura, adulta e emocionalmente afetada pelos acontecimentos anteriores e as descobertas sobre o seu passado. Mas será que este jogo é uma despedida que faz jus ao que fora iniciado em 2013 e algo que os fãs merecem?
Na maioria das análises escritas por mim, a história é o foco principal, e neste caso não será diferente. Contudo, a introdução destas considerações pode ser considerado por muitos um spoiler, apesar de que aquilo que é referido tenha sido já amplamente divulgado ao longo do desenvolvimento do jogo. Por isso, vou optar por deixar o aviso de início e fim de spoiler logo abaixo.
Spoiler
Shadow of the Tomb Raider tem início dois anos após os eventos de Rise of the Tomb Raider, desta vez com Lara Croft numa expedição pelo México em busca de uma adaga maia com ligações diretas ao falecimento do seu pai. Sem grandes surpresas para quem já jogou os anteriores, Lara não será a única empenhada nesta busca, com a Trindade a perseguir o mesmo artefacto. Devido às habilidades adquiridas ao longo da sua jornada, Lara consegue alcançar o artefacto primeiro. No entanto, num momento de completo desespero para que a Trindade não fique com a adaga, acaba por a retirar do seu altar, o que se acaba por revelar um erro terrível.
A poderosa adaga maia não poderia ter sido retirada daquela maneira e as consequências são realmente devastadoras, com diversas maldições a serem lançadas sobre o mundo, começando por um gigantesco tsunami que invade a cidade e destrói tudo que estiver no seu caminho, matando dezenas de pessoas, incluindo crianças.
É precisamente neste momento que vemos Lara Croft no seu mais claro momento de conflito emocional, com a personagem a sentir-se culpada por aquilo que as suas ações causaram e com a própria Trindade a culpá-la pelo seu erro terrível. Mas aqui, ao mesmo tempo, o jogador depara-se pela primeira vez com uma personagem quase que emocionalmente fria, já que mesmo estando tudo isto a acontecer, mantém-se fiel ao seu objetivo de impedir que a Trindade use aquele artefacto como pretendem.
Fim do Spoiler
Aqueles que estavam acostumados a uma experiência mais voltada para a aventura e com alguns elementos sobrenaturais, podem surpreender-se bastante, já que o “Shadow” no nome do jogo não foi escolhido ao acaso. Neste novo Tomb Raider veremos uma versão da protagonista muito mais sombria e brutal, para além de alguns cenários repletos de corpos dilacerados e muito sangue, algo que nos jogos anteriores era muito mais pontual e que neste é um elemento bem mais constante.
Lara irá viajar por diversas regiões da Mesoamérica e da América do Sul, com a mitologia e ambientação Maia e Inca a serem predominantes em comparação a qualquer outro elemento do jogo, levando os jogadores numa viagem de descoberta sobre o mito de Ix Chel (Deusa da Fertilidade, Tecelagem, Medicina e da Lua) e Chak Chel (Deusa da Fiação, Agua, Nascimento, Criação e da Destruição). Neste ponto, os fãs de mitologias e história antiga vão certamente sentir-se em casa, já que o jogo traz uma grande quantidade de textos e artefactos, além de procurar manter-se sempre fiel a essas mitologias.
Quando falamos da história do próprio jogo, no entanto, chegamos a um ponto mais delicado. A história do jogo como um todo não é má, mas é facilmente um dos pontos mais polémicos e até negativos deste terceiro jogo. A sua narrativa até incentiva o jogador em alguns pontos a querer saber o que vai acontecer em seguida, no entanto, em outros momentos o jogador poderá simplesmente sentir-se desmotivado pela história. E pode até mesmo acontecer algo triste, que é o jogador sentir que não houve nada de realmente marcante e que o fará lembrar desta história por muitos meses. E parte da razão para isto deve-se à ausência de personagens marcantes a que o jogador se possa apegar, assim como devido ao facto de se sentir que o vilão do jogo poderia claramente ter sido melhor desenvolvido.
Apesar de a história ficar abaixo do esperado, o jogo ainda tem as suas qualidades e algumas delas compensam bastante a experiência não tão positiva com a narrativa. Shadow of the Tomb Raider pode ser facilmente considerado o jogo mais claustrofóbico e tenso desde o reboot, e em dezenas de momentos Lara sobrevive quase que por milagre, seja devido à fauna local ou devido aos locais nada agradáveis em que a arqueóloga insiste em entrar.
Todos esses momentos claramente receberam uma grande atenção no seu desenvolvimento, conseguindo mexer com as emoções dos jogadores, que vão sentir repulsa, agonia ou ficar extremamente tensos com diversas cenas e situações nas quais Lara se encontra. Um dos momentos que melhor define essa experiência é o primeiro encontro com um jaguar, dado que Lara se encontra numa situação de extrema fragilidade e bem no seio do habitat natural da fera, que acaba por ficar a centímetros do seu rosto.
Este encontro ressalta até um dos pontos mais positivos do jogo e que deve sem dúvida alguma receber a atenção dos jogadores: os efeitos sonoros. Poucos são os jogos capazes de impressionar os jogadores apenas com os seus efeitos sonoros, e Shadow of the Tomb Raider pode sem dúvida entrar na lista dos que o conseguem. Obviamente que para uma maior e melhor imersão é aconselhado ao jogador utilizar um headset de qualidade, algo que abrirá todo um mundo de sons e efeitos, como, por exemplo: o som da chuva em contato com o avião; os passos de Lara na lama; o som da água a invadir e destruir tudo o que está no seu caminho e a causar incêndios devido a um curto circuito que ocorre em consequência do tsunami; o som da vegetação a mover-se com o vento; ou mesmo um dos sons que dificilmente será esquecido, o do próprio jaguar a preparar-se para acrescentar Lara ao seu menu alimentar.
A banda sonora também não deixa a desejar, com Brian D’Oliveira e Martin Stig Andersen a conseguirem cumprir na perfeição com o objetivo de trazer uma maior imersão e representação do ambiente, com a Square Enix e a Eidos Montreal a terem o cuidado e atenção de produzir músicas com instrumentos pré-colombianos.
Ainda falando do áudio do jogo, vale ressaltar que o jogo possui opção de dobragem em português do Brasil, estando tanto o áudio, como as legendas perfeitamente localizados para o idioma. Os jogadores, contudo, terão liberdade de escolha e também poderão escolher por exemplo ter apenas as legendas em português, optando por outras opções de áudio, incluindo inglês. O jogo ainda oferece uma opção que vale a pena ser ativada antes de iniciar o jogo, e que permite que a maioria das personagens fale no seu idioma nativo, o que naturalmente irá aumentar ainda mais a imersão do jogador, já que praticamente todo o jogo tem como ambientação países de língua castelhana e não faria o menor sentido que a comunicação entre eles próprios fosse feita numa língua que não a nativa.
Aliada aos efeitos e banda sonoras, a apresentação gráfica de Shadow of the Tomb Raider também é outro ponto positivo. Ainda é possível encontrar falhas, como alguns efeitos no cabelo de Lara que deixam a desejar em alguns pontos, ou o rosto dos NPCs, que apesar de detalhados e expressivos, poderiam ter recebido mais algum tempo de dedicação. Porém, não é exagero compará-lo aos recentes lançamentos que foram amplamente elogiados pela sua qualidade gráfica. Uma rápida exploração e olhar sobre o universo ao seu redor, irá revelar ao jogador muitas vezes uma ambientação extremamente detalhada, densa e desenvolvida com uma paixão de que poucos estúdios são capazes, mostrando o quanto a Square Enix tem atenção e carinho pela franquia.
A toda esta parte visual foi dada uma grande atenção, o que se constata por esta estar extremamente detalhada, quer ao nível das texturas, quer ao nível dos efeitos de iluminação, dos trajes locais, da vida escondida no meio da selva… e até mesmo as animações foram aprimoradas para tornar o jogo mais realista, como o simples detalhe de Lara ajeitar o cabelo após sair da água.
Entretanto, há algo que merece ser destacado, apesar de não acontecer com frequência. Em determinado momento do jogo onde é possível fazer uma transição rápida entre a selva e uma cidade, foi possível notar que o jogo simplesmente travou e ficou alguns segundos a carregar. Não foi algo suficiente para comprometer o jogo ou quebrar o ritmo natural, mas mostrou-se um claro problema de otimização, já que (sem entrar em detalhes sobre a localização para não estragar a experiência ao jogador) esse nem é o local com maior densidade de pessoas ou conteúdo visual em ecrã, que poderia justificar um maior tempo de renderização.
Apesar de o seu mapa ser três vezes maior que o seu antecessor, Shadow of the Tomb Raider traz uma sensação de um mundo mais linear em comparação com Rise of the Tomb Raider, o que não é algo de necessariamente negativo O jogador continuará a encontrar muitos espaços abertos e uma grande quantidade de opções de interação. Mas, devido a escolhas tomadas pelos produtores, será predominante a presença de ambientes de selva fechada, com uma movimentação vertical que faz lembrar o primeiro jogo lançado em 2013, onde é possível finalizar inimigos através de uma nova movimentação onde Lara dispara o seu arco com uma corda, enquanto utiliza o seu próprio peso para erguer o inimigo numa árvore.
Shadow of the Tomb Raider também traz uma excelente inclusão neste sentido, e que é um mundo subaquático bem mais amplo, com diversas áreas secretas apenas acessíveis ao mergulhar, algo que já existia na série, e principalmente no seu antecessor, mas que neste jogo foi ampliado e recebeu uma atenção ainda maior. Um bom exemplo disto serão os momentos onde o jogador será obrigado a atravessar longas cavernas subaquáticas, que trazem grandes momentos de tensão já que Lara não apenas terá que se preocupar com o oxigénio, como também com aquilo que está presente dentro da própria água, desde enguias que vão se enrolar na heroína, até um cardume de piranhas que ao menor descuido vão devorá-la. Estes elementos em conjunto vão gerar momentos milimetricamente calculados para que Lara fique a décimos de segundos de se afogar antes de encontrar bolsas de ar ou conseguir voltar à superfície.
Ainda falando do universo do jogo, este traz algumas missões paralelas, e aqui voltamos a outro ponto negativo do jogo. Estas missões dificilmente vão agradar à grande maioria dos jogadores, apesar de algumas até conseguirem ser interessantes e bem desenvolvidas, fazendo o jogador deslocar-se por criptas para encontrar o que procura. Outras, no entanto, consistem em basicamente encontrar um NPC, conversar com ele, e voltar para aquele NPC que nos deu a missão, algo que funciona perfeitamente num RPG, mas que em Shadow of the Tomb Raider só funciona como uma quebra de ritmo, não adicionando nada de significativo à narrativa do jogo.
Mas aqui o jogador que estiver a ler esta análise com maior atenção deverá term em mente a diferença entre missões paralelas e conteúdos opcionais do jogo. As sempre presentes (e que dão o nome à série) tumbas, por exemplo, ainda estão bem presentes e são uma excelente maneira de aumentar a longevidade do jogo. Ao contrário das missões paralelas, por não terem um comprometimento com a narrativa sendo totalmente uma maneira de aumentar o tempo de jogo, estes conteúdos são sempre bem-vindos, já que para além de novas habilidades ou itens, trazem uma complexidade natural, levando o jogador a resolver diversos puzzles e a ter atenção sempre constante às armadilhas. Algumas delas vão até mesmo proporcionar um desafio mesmo antes de se entrar nelas, pois, a sua entrada nem sempre será tão óbvia e algumas vão deixar bem claro que Lara não é bem-vinda ali dentro.
Por falar em itens, Shadow of the Tomb Raider traz comerciantes locais nas cidades que vamos explorando durante a história, sendo que esses não estão limitados a vender apenas armas ou munições, mas têm também para oferta itens necessários para a criação, peças de armas, peças de roupa e até equipamentos necessários para explorar determinadas áreas do jogo. Lara ainda poderá recorrer a esses comerciantes para vender principalmente pedras e metais preciosos, que encontrará durante a sua exploração dentro e fora de água.
Este sistema de comércio traz outro elemento interessante à franquia, que aliado com a árvore de habilidades dividida entre Buscadora, Coletora e Guerreira, traz uma aproximação ainda maior do jogo ao género RPG. Estes em conjunto possibilitam ao jogador utilizar diferentes peças de roupa que darão benefícios adicionais a Lara, como reduzir o barulho da sua corrida e assim tornando mais difícil para os inimigos detetar a heroína, ou ganhar mais recursos de cada fonte.
O jogo ainda traz diversos trajes, incluindo alguns clássicos anteriores à trilogia atual, como um traje de Tomb Raider: The Angel of Darkness ou Tomb Raider 2.
Um outro elemento bastante presente em Shadow of the Tomb Raider é o stealth. Esta não foi bem uma adição totalmente nova, já que estava presente nos dois jogos anteriores da trilogia, mas sendo a Eidos Montreal a principal responsável pelo desenvolvimento, estúdio esse que tem como o seu principal jogo a franquia Deus Ex, não é nenhuma surpresa que o foco no stealth tenha sido alargado. Para além das árvores e vegetação próxima ao solo, Lara também poderá utilizar lama para se camuflar no ambiente, o que lhe permitirá atacar os inimigos sem que eles percebam e alertem os outros. Ainda quanto às mecânicas das secções de stealth, há que referir que é também possível utilizar uma seta com alucinogénos para forçar os inimigos a atacarem os seus aliados ou finalizar um inimigo, como já referido, com uma seta e corda, mantendo o seu corpo pendurado numa árvore. O que irá chamar a atenção de um inimigo próximo que irá investigar o corpo e caminhar em direção à sua morte uma vez que Lara está escondida próxima do local.
Apesar deste foco reforçado nestas secções, se não é um jogador muito habituado ao stealth ou não gosta tanto desse estilo, não precisa de se preocupar, o jogo está muito distante da complexidade de jogos do género, incluindo da do próprio Deus Ex. O jogo perdoa bastante os erros do jogador e mesmo que sejam vistos pelo inimigo, ainda terão sempre a opção de apanhar a metralhadora e terminar o serviço ao estilo Rambo.
O sistema de melhorias e criação continua presente no jogo, não havendo nenhuma mudança em comparação com os anteriores. O jogador continua a recolher itens para criar munições e melhorar as suas armas, seja a aumentando o seu dano, quantidade de munição, precisão ou tempo de retenção no caso do arco. A única novidade é que, em alguns casos, as melhorias terão de ser obtidas de outras maneira, incluindo através dos tais comerciantes, como é o caso da faca, por exemplo, que permitirá o acesso a áreas específicas no mapa.
O jogo traz ainda quatro níveis de dificuldade, sendo o mais difícil intitulado Obsessão Mortal, que torna o jogo mais difícil por, por exemplo, aumentar a saúde dos inimigos, por não existir marcador de disparo, ou por não dar para utilizar o Instintos de Sobrevivência durante a exploração ou para resolver os puzzles, além de que passa a ser apenas possível guardar o progresso nos acampamentos. Este último nível de dificuldade só é passível de ser selecionado ao se iniciar um novo jogo, e com certeza é indicado para aqueles que procuram um verdadeiro desafio, sendo algo até incomum nos jogos do estilo.
Caso o jogador opte por deixar de lado algumas Tumbas, Criptas e conteúdos opcionais e colecionáveis, e focando-se mais apenas na própria historia principal, o jogo terá uma longevidade de aproximadamente 15-20 horas. No entanto, caso o jogador queira desfrutar do jogo na sua plenitude, o tempo de jogo será consideravelmente alargado. O jogo também traz desde o seu lançamento o modo New Game Plus, que permite aos jogadores iniciarem uma nova aventura preservando as habilidades e objetos acumulados durante a primeira jornada.
Algo que vale ressaltar, é que Shadow of the Tomb Raider receberá mensalmente, a partir de outubro deste ano, e até abril de 2019, novas Tumbas, armas, roupas, habilidades e missões paralelas, sendo que para aceder a todos estes extras, é necessário adquirir o Season Pass, que no momento em que esta análise foi escrita tem um custo de 29.99€.
Opinião Final:
Em resumo, Shadow of the Tomb Raider é um excelente jogo de ação e aventura que traz elementos de stealth ainda mais integrados na narrativa, ampliando ainda mais as possibilidades de abordagem às várias situações, mas sem exigir do jogador uma familiaridade tão grande com o estilo. A sua parte técnica também merece grandes aplausos de todos os jogadores e fãs da franquia e em particular desta trilogia, já que tanto os seus gráficos como o áudio (banda sonora e efeitos) não deixam a desejar em praticamente nada e estão à altura dos melhores jogos desta geração. Esses dois elementos combinados ainda geram uma ambientação e uma imersão que poucos jogos no género são capazes. Os elementos e mecânicas já estabelecidas nos seus antecessores foram aprimoradas, mostrando uma evolução natural e progressiva na trilogia iniciada em 2013 e que conquistou tantos jogadores, sejam eles fãs de longa data da exploradora mais conhecida dos videojogos, ou recém-chegados à série.
No entanto, a história e missões paralelas deixam muito a desejar, e sendo este um dos supostos principais atrativos da franquia, tal pode gerar uma grande decepção, principalmente se se pensar que este é o jogo que encerra toda esta jornada de Lara Croft e da sua família. Sendo assim, Shadow of the Tomb Raider é um jogo que merece sem dúvida alguma ser adquirido, principalmente por aqueles que iniciaram essa jornada em 2013, já que, mesmo com as suas falhas, e até uma falta às vezes notável das mãos da Crystal Dynamics de maneira mais intensa, ainda é possível desfrutar de um grande jogo, com grandes qualidades técnicas e atenção aos detalhes, que propiciam ambientações recriadas com fidelidade.
Do que gostamos:
- Excelentes efeitos e banda sonora que aumentam consideravelmente a imersão no jogo;
- O regresso dos conteúdos opcionais (tumbas, criptas, colecionáveis) e com um refinamento e diversidade ainda maior;
- Novas mecânicas e inclusões ao jogo, sem comprometer aquilo que já havia sido estabelecido;
- Modo Foto desde o lançamento;
- Uma mudança notável na personalidade de Lara Croft devido tanto aos eventos anteriores, como aos deste jogo;
- Uma excelente longevidade, principalmente tendo em conta os conteúdos opcionais;
- Adição de elementos de stealth acessíveis a todos os jogadores.
Do que não gostamos:
- O jogo poderia ter sido melhor otimizado e polido antes do lançamento;
- A história do jogo fica muito abaixo do esperado, principalmente para um jogo que tem o objetivo de encerrar uma excelente trilogia;
- As missões paralelas por vezes são totalmente dispensáveis não adicionando nada à narrativa e universo do jogo;
- A IA dos inimigos poderia ter sido melhorada, até mesmo para se dar um maior destaque e atenção ao stealth.
Nota: 8,5/10
Jogo analisado através de uma cópia da versão PlayStation 4 gentilmente cedida pela Ecoplay.