The Legend of Zelda: Breath of the Wild: Nintendo Switch 2 Edition – Análise

Desde que vislumbrámos a Nintendo Switch 2, muitos jogadores esperavam que alguns dos maiores ícones do catálogo da Switch original recebessem versões otimizadas para tirar partido do novo hardware. Entre eles, claro está, constava The Legend of Zelda: Breath of the Wild, um dos jogos mais emblemáticos da geração. Chegando ao mercado aquando do lançamento da consola, esta versão chega com a promessa de melhorias visuais e de performance, mas sem alterar o cerne da aventura de Link. Conta, ainda, com a integração da nova aplicação Zelda Notes que promete trazer uma nova perspetiva a este jogo mesmo para aqueles que já se divertiram com o mesmo durante centenas de horas nestes últimos 8 anos. A pergunta que se impõe, no entanto, é: estará esta versão à altura das expectativas?

Logo à partida, quem jogar Breath of the Wild na Switch 2 vai notar diferenças imediatas na nitidez da imagem: texturas aprimoradas, sombras mais detalhadas, reflexos e iluminação mais realistas. A definição geral está mais limpa, com menos aliasing ou serrilhados. O mundo de Hyrule, com os seus ecossistemas, vegetação, água e céu, ganha em profundidade visual.

A qualidade de imagem e a performance são mesmo os pontos centrais desta nova edição. Na Switch original, em zonas sobrecarregadas visualmente ou com mais densidade de vegetação como o caso da Kokiri Forest, o rácio de fotogramas oscilava ou apresentava quebras até bastante notórias, algo que acabava mesmo por afetar a imersão. Na Nintendo Switch 2 Edition, tal foi muito melhorado: o jogo corre sempre a uns sólidos 60fps. Ao mesmo tempo, era comum vermos superfícies menos nítidas e que levaram nesta edição um retoque com o aumento de resolução: 1080p em modo portátil e 1440p na dock.

Outro aspeto significativo é a redução nos tempos de loading. Usar a fast travel entre diferentes watch towers é agora algo bastante rápido. O mesmo se pode dizer quanto a entrar e sair de shrines. Isto contribui bastante para o ritmo da aventura com menos interrupções e menos tempo de espera para voltar à exploração tão característica dos novos jogos The Legend of Zelda.

Uma das novidades mais comentadas desta edição é a Zelda Notes, uma aplicação complementar para Android e iOS (parte da aplicação Nintendo Switch) que funciona como uma espécie de segundo ecrã ou ferramenta auxiliar. Nesta encontrarão várias ferramentas úteis para a vossa epopeia por Hyrule, tais como: um mapa em segundo ecrã estilo Wii U GamePad ao qual se adiciona um navegador de voz; registos de memórias da Princesa Zelda sobre vários eventos ou pontos de interesse que encontrem ao longo de Hyrule; a hipótese de receber bónus diários por se conectarem à aplicação; e ainda listas de conquistas que vos conferem medalhas por conseguirem completar determinados objetivos no jogo, como derrotar certo número de inimigos ou percorrer tantos e tantos metros.

How to Use Zelda Notes - The Legend of Zelda: Breath of the Wild Guide - IGN

Todas estas opções são aliciantes e tornam a experiência realmente nova, no entanto tal como em outros casos de implementação de aplicações de mobile em jogos de consola, há o senão de que terão de estar com o vosso telemóvel ligado e ao vosso lado enquanto utilizam Zelda Notes. Tal não é sempre a maneira mais confortável de jogar, pois podem não ter um bom sítio para colocar o telemóvel, não sendo além disso propriamente eficiente estar sempre a alternar entre o telemóvel e a consola. Em suma: é uma pena que várias destas opções não tenham sido integradas diretamente no jogo.

Opinião Final:

Sobre Breath of the Wild em si não há muito a dizer: continua a ser o excelente jogo que todos adoramos desde o seu lançamento em conjunto com a Switch original em março de 2017. Se a versão para a Nintendo Switch 2 vale a pena o vosso investimento em termos de tempo e possivelmente monetário caso nunca tenham jogado e/ou não possuam uma subscrição ativa do Nintendo Switch Online… vai depender um pouco das vossas circunstâncias. Caso nunca tenham jogado Breath of the Wild, este é um elemento tão definidor de o que são os jogos de aventura desde então que é impossível de não recomendar que o experimentem pelo menos uma vez na vida. E esta é sem dúvida a melhor versão do jogo. Caso já tenham jogado Breath of the Wild, então devem equacionar cautelosamente se as melhorias visuais e em termos de performance são suficientes para vos fazerem querer revisitar esta versão de Hyrule, assim como considerar se estariam confortáveis em jogar com um telemóvel ao vosso lado para melhor usufruir da mesma. Caso a resposta seja afirmativa, então valerá bem a pena visitar esta versão mais cristalina deste clássico.

Do que gostamos:

  • A experiência brilhante de sempre;
  • Melhorias visuais;
  • Melhorias em termos de performance;
  • Guia de voz para descobrir segredos e pontos de interesse;
  • Memórias da Princesa Zelda.

Do que não gostamos:

  • Novo conteúdo poderia estar integrado no próprio jogo.

Nota: 9,5/10

Análise efetuada com um código Nintendo Switch 2 cedido gentilmente pela Nintendo Portugal.