Análise – Donkey Kong Country: Tropical Freeze (Switch)

Quando foi lançado em 2014 na Wii U, Donkey Kong Country Tropical Freeze (em diante Tropical Freeze) trouxe-nos o título mais recente do jogo de plataformas do 2.º símio mais conhecido do mundo. Entregue à Retro Studios, Tropical Freeze apresentou-se como a sequela direta de Donkey Kong Country Returns da Wii, seguindo o jogo anterior não só no estilo de jogo, como ainda na sua apresentação. Os cenários variados, a dificuldade já “imagem de marca” da série, tal como um modo cooperativo fluido, foram os pontos fortes apontados na nossa análise ao título à data do lançamento na Wii U.

Como tem vindo a ser hábito por parte da Big N, no ano de 2017 e no ano corrente, entre os lançamentos de jogos originais, os títulos com mais sucesso da Wii U têm sido merecedores de ports melhorados (ou com todo o DLC) na Nintendo Switch. Embora ports de videojogos de gerações anteriores não sejam uma coisa nova, no caso da Switch estes têm uma importância acrescida, dado que a consola anterior foi um falhanço comercial e em consequência, imensos jogadores não tiveram a oportunidade de experimentar sequer um conjunto de jogos incríveis lançados na última geração.

É a vez, portanto, de Tropical Freeze ir de malas e bagagens para a consola híbrida da Nintendo, e podemos dizer que a experiência é na sua maioria positiva. Com a nova consola, a resolução foi aumentada para 1080p a 60fps em modo docked, mantendo a resolução original da Wii U (720p) quando em modo handheld, tudo isto com loading times mais rápidos. O modo handheld pode não ser para toda a gente, pois com o zoom-out de alguns cenários, torna-se um bocado difícil de gerir a nossa personagem em relação a todos os elementos no ecrã – é compreensível, o jogo não foi feito para ser jogado num ecrã portátil – o que aliás, nos leva para o próximo ponto: Tropical Freeze é difícil, pelo que, a exigência da destreza manual adapta-se muito melhor à utilização do Pro Controller. Limitações postas de lado, Tropical Freeze traz consigo a possibilidade de jogar com o Funky Kong, o símio mais “cool” da ilha, pelo que além de ser invulnerável aos picos – por causa da sua prancha – também possui 5 corações em vez de 3, pode fazer “double jump”, manter-se a pairar no ar e ficar debaixo de água ilimitadamente, no entanto não consegue recrutar Diddy, Dixie ou Cranky, mas também não precisa. Funky Kong em consequência reduz consideravelmente a dificuldade de Tropical Freeze. É importante para alguns jogadores mais novos, mas parte da diversão de Tropical Freeze estava no saber gerir cada símio relativamente à secção do nível que se colocava perante nós.

A grande novidade da versão da Switch é o novo “Funky mode”, a possibilidade de jogar com o Funky Kong.

Opinião Final:

Já dissemos isto inúmeras vezes em análises anteriores no que toca a ports, mas Donkey Kong Country Tropical Freeze é um daqueles casos da versão definitiva de um jogo. Não é obrigatório para quem o jogou na Wii U, mas para quem nunca jogou, possui uma Switch e gosta de um bom desafio videojogável, é altamente aconselhado. O modo Funky Kong vem facilitar um bocado o percurso na aventura mais recente de Donkey Kong e companhia, mas a nosso ver não é tão divertido como gerir os power ups trazidos por Diddy, Dixie e Cranky.

Do que gostamos: (Para além dos pontos apresentados na análise original)

  • Modo docked a 1080p a 60fps e loading times mais rápidos;
  • Novo Funky mode, o que diminui a dificuldade, ideal para jogadores mais novos;

Do que não gostamos: (Para além dos pontos apresentados na análise original)

  • O ecrã da Switch em modo handheld pode não ser o ideal para algumas partes do jogo, dado que os elementos no ecrã são muito pequenos.

Nota: 8/10 (7 da análise original + 1 pela inclusão de Funky Kong e pelas melhorias a nível gráfico)

Análise ao título original disponível em: https://portugalgamers.pt/analise-donkey-kong-country-tropical-freeze/