Análise – Hazumi

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Hazumi é um jogo que nos chega numa altura em que se tem notado a tendência ao crescimento de pequenos títulos na Nintendo eShop, a preços acessíveis. E se há um jogo que consegue oferecer excelente valor nesta gama, é o Hazumi.

É difícil explicar Hazumi por palavras, mas quando confrontados com o jogo depressa se percebem as mecânicas. Reminiscente do clássico Arkanoid, Hazumi reinventa a jogabilidade dando o controlo da própria bola ao jogador. Mas o controlo não é completo, uma vez que a bola tem um movimento vertical constante, com o jogador a influenciar apenas o movimento vertical. O objetivo é destruir todos os blocos de cristal coloridos, missão dificultada por diversos obstáculos e pela restrição de apenas uma bola da mesma cor do bloco o poder partir, havendo para isso blocos especiais que mudam a cor da bola.

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As três estrelas não são sempre fáceis!

A nível de apresentação, não mudaríamos nada. O estilo pixel-art encaixa bem no estilo de jogo e o grafismo está muito bem conseguido e cuidado, com ambiente vivos mas simples e práticos. A banda sonora é outro ponto positivo.

Há várias coisas que saltam à vista em Hazumi, mas são os pequenos detalhes que mostram que este jogo foi feito com cuidado. Há pequenas coisas, como por exemplo as serras mortíferas ficarem da cor da nossa bola se nos matarem (algo parecido com o que acontece em Super Meat Boy), a atenção à banda sonora para um jogo de puzzles, as animações, e muito mais.

A forma como Hazumi ensina o jogador é muito intuitiva, com níveis claramente orientados à aprendizagem, seguidos de níveis desafiantes que usam os mesmos conceitos. É incrível a variedade introduzida por um limitado número de movimentos e blocos diferentes. Podem contar em perder umas boas horas com Hazumi, principalmente se quiserem todas as estrelas, o que é bastante desafiante. O modo de classificação por 3 estrelas dos níveis funciona bastante bem, com uma espécie de contador no ecrã inferior da 3DS, que vai progressivamente perdendo estrelas, ganhando uma pequena percentagem a cada bloco destruído.

Para um título modesto da eShop, Hazumi oferece uma variedade impressionante de conteúdo, com mais de 100 níveis, um editor de níveis, gráficos apelativos e boa música. Tudo isto aliado a uma boa progressão da dificuldade, variedade dos níveis e um polimento exímio de todas as arestas do jogo, fazem de Hazumi um título obrigatório para os amantes de puzzles, e não só.

É fácil perceber que ficamos absolutamente encantados com Hazumi e que gostaríamos que a Nintendo eShop estivesse povoada de jogos assim, simples mas inovadores, pequenos mas polidos e sem falhas. Claro que Hazumi não é perfeito, simplesmente compromete-se a algo e fá-lo bem. Algo que ficou aquém foi a impossibilidade de partilhar os nossos níveis ou de aceder a níveis feitos pela comunidade, ou até ter alguns níveis em multijogador. Numa altura em que todos estão conectados à rede, estas opções trariam uma longevidade enorme ao jogo, bem como formariam uma comunidade facilmente.

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Construtor de níveis

 

Opinião Final:

Hazumi é um pequeno grande título. Simples, mas com muito brio naquilo a que se compromete fazer. Com uma jogabilidade inovadora, excelente apresentação e abundância de níveis, não podemos deixar de recomendar. Um excelente título para levar no bolso.

O que gostamos:

  • Inovação;
  • Apresentação e polimento;
  • Boa progressão e dificuldade;
  • Criação de níveis.

O que não gostamos:

  • Não ter funcionalidades de rede.

Nota: 9/10

 Hazumi está disponível em exclusivo para a Nintendo 3DS na Nintendo eShop por 3,99€.