Análise – Shadow of the Colossus (PS4)

Shadow of the Colossus, o famoso clássico da Sony lançado originalmente na PlayStation 2 e mais tarde na PlayStation 3 com uma versão remasterizada, chega agora finalmente à consola de nova geração da Sony, a PlayStation 4.

Agora com o lançamento a 7 de Fevereiro deste ano do remake de Shadow of the Colossus para a PS4, a Sony quer dar a outros jogadores a possibilidade de experimentarem na nova geração este jogo, caso ainda não o tenham feito, pois este é um dos melhores clássicos da Sony, não só para os veteranos, mas também para quem está a iniciar.

Mais um título exclusivo da Sony, desenvolvido pela Bluepoint Games e JAPAN Studios, com um visual e uma performance melhorados e que aproveitam todas as funcionalidades da PS4, melhor ainda para quem tem a PS4 Pro, em que a qualidade gráfica é sem dúvida notória durante toda a aventura.

A Bluepoint Games tem mais um importante desafio em melhorar uma experiência já existente, neste caso de um jogo que inclusive já tinha sido remasterizado pelo próprio estúdio, para o lançamento de Ico e Shadow of the Colossus na PlayStation 3, jogos que foram originalmente lançados na PlayStation 2.

Paisagens e cenários lindíssimos.

A experiência em Shadow of the Colossus é sem duvida fantástica, e aliás muito motivante e gratificante para os jogadores que querem revisitar este grande título. A qualidade e a história do título lançado já há alguns anos está presente e podemos afirmar que Shadow of the Colossus é um dos melhores clássicos e exclusivos de sempre da PlayStation.

Todo o jogo é igual ao lançado inicialmente. A grande diferença nesta nova versão da PlayStation 4 é de que esta apresenta-se com um grafismo e uma qualidade soberba, igual à que estamos habituados nos jogos de nova geração. Todo o envolvente do jogo e cenário foi alvo de melhoramento, como seria de esperar, mantendo-se contudo toda a essência do clássico da PS2, sendo por isso possível reviver toda esta jornada de uma maneira fiel, embora bastante melhorada, começando logo pela fantástica introdução do jogo, que nos coloca automaticamente no espírito da aventura.

Começando pela história de Shadow of the Colossus, estamos na pele de Wander, um jovem que tem como missão salvar Mono, uma jovem que se sacrificou e que agora procuramos reviver. Para conseguir esse feito, o jovem terá de ir ao templo da Terra Proibida e fazer um acordo com a entidade Dormin. Esta lista alguns pontos a ter conta para a salvar, começando pelo facto de que será necessário derrotar dezasseis colossos espalhados pela terra. Só assim a jovem irá poder voltar à vida. Será com o seu cavalo, Agro, e com a ajuda da espada e de um arco que terão de conseguir derrubar todos os dezasseis colossos nesta tarefa muito difícil de salvar Mono.

Vamos partir ao encontro de novos colossos?

O jogo é todo ele simples e de fácil aprendizagem, tanto para usarem os artefactos durante a aventura, bem como os controlos no geral, que vos são explicados através de pequenos tutoriais. Terão de percorrer a Terra à procura dos colossos, e para isso irão ter de usar a vossa espada para refletir a luz do sol, afim de vos levar a cada um dos dezasseis colossos.

Quando encontrarem algum colosso, terão de os derrotar um a um até salvarem Mono. Para os derrotarem, terão de resolver alguns puzzles e quebra-cabeças com algumas plataformas pelo meio. Todos os colossos têm um ponto fraco no qual terão de desferir os vossos golpes, pois apenas assim os poderão derrotar. No final, quando derrotarem o colosso, serão teletransportados para um santuário em que a criatura será destruída. De seguida, terão de partir ao encontro de uma nova criatura.

Esta é um aventura bastante simples e fantástica em que o mundo é gigantesco e com muitas áreas para explorarem, além de outros objetivos secundários que poderão completar durante os combates com as dezasseis criaturas que teremos de enfrentar em Shadow of the Colossus.

Terão de partir à aventura com a vosso cavalo, Agro.

Neste mundo, além dos colossos, não existem mais inimigos. Apenas serão vocês, Wander, e o vosso cavalo, Agro, que terão de explorar toda a terra que vos rodeia, com cenários e paisagens lindíssimas e com um grafismo e detalhes fantásticos. Poderão ainda procurar árvores que oferecem alguns benefícios para a vossa personagem. Os lagartos com caudas oferecem energia para se agarrarem aos colossos, os frutos aumentam a vossa vida permanentemente, e, por fim, os altares servem de pequenos checkpoints caso percam a vida durante a aventura. Os altares permitem a Wander regressar novamente ao último local do checkpoint caso tenham perdido entretanto durante o combate.

Durante a aventura, irão encontrar dezasseis colossos como já referimos, cada um é um quebra-cabeças que tem vários tamanhos e também formas. Uns voam, enquanto outros escondem-se na água ou na areia. Cada colosso, independentemente da forma e se são mais agressivos ou não, tem pontos fracos, cabendo ao jogador descobrir qual é esse ponto específico do colosso, e claro onde terão de o atacar. Consoante os ataques, estes irão perder vida, e caso o ponto fraco esteja na parte de cima deles, irá ser mais difícil de o abater, pois terão de trepar, o que fica mais difícil devido aos movimentos da gigantesca criatura.

Caso no início não estejam a perceber como funciona o jogo, não se preocupem. Vão-vos sendo dadas algumas dicas para vos levar ao caminho que terão de traçar, embora nunca vos seja realmente indicado com precisão onde ele se encontra. Bastam apenas algumas dicas caso não estejam a perceber que rapidamente irão chegar ao destino, por isso não precisam de se atrapalharem caso seja a primeira vez que estão a jogar este título.

Um dos colossos que terão de derrotar.

Claro que durante a ação com cada colosso terão de “estudar” a melhor estratégia a por em ação para o derrotarem. Terão de o trepar mantendo-se bem agarrados ao pêlo para que não caiam do mesmo, pois por vezes vão achar frustrante estar nos ombros do colossos e de repente caírem ao chão devido a um movimento brusco ou algo do género. Ter de trepar novamente torna-se um enorme desafio, seja através das pernas do colosso ou até mesmo da espada, se for o caso. Existe um deles que irá usar a espada e quando ela bater no chão terão de ser rapidíssimos a trepar para se conseguirem agarrar fortemente ao colosso para não caírem. Tenham ainda atenção à energia que permite que Wander consiga estar o máximo de tempo agarrado, pois se a energia se esgota irão parar diretamente ao chão. Convém arranjarem um lugar seguro no colosso para que possam descansar Wander, uma vez que apenas assim a vossa energia poderá ser reposta.

Falando do meio envolvente em Shadow of the Colossus, o mesmo é fantástico e desafiante para a exploração, especialmente pelas belíssimas paisagens e áreas de jogo diversificadas que poderão percorrer na terra com a ajuda de Agro. O desafio torna-se ainda melhor quando Wander e Agro percorrem a alta velocidade o cenário à procura de novos colossos, cada um com um grafismo e design incríveis. Se aquando do lançamento da PS2 era um jogo soberbo, agora com este remake Shadow of the Colossus torna-se ainda melhor para quem quer reviver esta aventura, dado ao detalhe que a produtora intensificou em cada momento da ação deste jogo. Também os efeitos sonoros estão perfeitos durante todo o decorrer da aventura. Como já foi referido, estamos mesmo perante um dos melhores clássicos e exclusivos de sempre da Sony.

Terão muito para explorar.

Em relação aos controlos, estes foram melhorados em relação à versão original mas continuam a ser algo simples e de fácil aprendizagem, pelo que quase não irão notar a diferença. A Bluepoint recriou na perfeição o título e manteve tudo intacto como no lançamento do título na PS2. Para quem jogou na PS2, reviver a aventura na PS4 é uma nostalgia pura e gratificante, passados estes anos todos poder jogar novamente este título mas agora com uma verão melhorada.

Algo que não é de fácil manobragem é a câmara do jogo, que por vezes não ajuda na movimentação da nossa personagem, e mesmo durante o combate com o colosso pode atrapalhar, visto que muitas das vezes foca algo totalmente diferente ao invés de nos aproximar da ação. Por exemplo, quando estamos a trepar o colosso e muitas vezes ele está a abanar-se para não conseguirmos trepar, os movimentos não são muitos fluídos e o tempo de resposta para com a nossa personagem, Wander, é muito demoroso.

Terão de derrotar os dezasseis colossos.

Para finalizar, quando derrotarem os dezasseis colossos irão desbloquear alguns extras, como por exemplo o modo New Game+, que desafia os jogadores a jogarem novamente a aventura, só que desta vez num modo contrarrelógio. Neste poderão desbloquear ainda arte do jogo, imagens comparativas entre as duas versões, etc.

Não podíamos terminar sem referir que o jogo se encontra em Português de Portugal, o que é uma mais valia para este exclusivo de peso da PlayStation 4. O jogo contém ainda um modo fotografia para que possam tirar grandes fotografias durante esta aventura.

Opinião final:

Shadow of the Colossus é sem dúvida uma marca dos clássicos e exclusivos da PlayStation e, como é claro, não desaponta, antes pelo contrário. Um remake do jogo com um grafismo e design melhorados tornam Shadow of the Colossus um dos melhores jogos de sempre da Sony. Para quem jogou a versão original lançada na PS2 e mais tarde também para a PS3, esta nova versão para a PS4 é uma compra obrigatória e temos a certeza de que não vos irá desiludir, dada a nostalgia que vos irá proporcionar. Os jogadores que nunca experimentaram este título também poderão experimentar agora na PS4 e de certeza que não se irão arrepender, pois estão perante um jogo de ação e aventura fantástico.

Do que gostamos:

  • Grafismo e design fantásticos;
  • Aventura simples e intuitiva;
  • Remake bem recriado;
  • Modo fotografia.

Do que não gostamos:

  • Por vezes a câmara não ajuda.

Nota: 9,5/10