Análise – Story of Seasons

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Começamos por falar um pouco sobre o quão Story of Seasons é extremamente semelhante a uma série muito popular do género de gestão de quintas, Harvest Moon. É quase igual e isto porquê? Porque é basicamente um novo Harvest Moon apenas com um nome diferente. Há algum tempo atrás a Marvelous decidiu “separar-se” da distribuidora Natsume sendo que esta última quis manter propriedade sobre o nome por isso a Marvelous teve de optar por um sucessor espiritual ao conhecido jogo de sempre e o resultado é este Story of Seasons.

Para os conhecedores e fãs da série Harvest Moon não é preciso procurar muito para começar a encontrar desde logo o DNA da série. Como qualquer jogo da série começamos por chegar a uma cidade tendo optado por desistir dos ares da cidade com o objetivo de começar a nossa própria Quinta. Claro que, não é pêra doce e exigirá muitas horas de dedicação. Para começar, temos de criar a nossa própria personagem e depois é-nos entregue uma porção de terreno onde iniciaremos as fundações para a nossa Quinta.

As colheitas quase todas prontas.

Eventualmente após um progresso suficiente podemos expandir para áreas diferentes. Isto, claro, após algum tempo considerável de jogo pois não plantamos simplesmente uma dúzia de vegetais para no dia seguinte já mudar de zona. De início o jogo começa realmente lento e até com monotonia com vários tutoriais ao nosso dispor para podermos aprender os básicos do jogo. Isto, ao menos, é bom para iniciados na série. Porém para veteranos poder realmente ser algo repetitivo. Após algum tempo iremos, de facto, estar a cortar árvores ou a partir rochedos para abrir caminhos e espaço para mais terrenos cultiváveis.

A jogabilidade também retém grande parte do DNA da série combinado maioritariamente sistemas antigos com alguns novos. As fundações da nossa casa e Quinta podem ser alteradas a nosso gosto, por exemplo, numa mesa de construções sem obrigar-nos a espaços menos ideais. Podemos até pedir ajuda do carpinteiro para decorar os interiores da casa. O jogo fornece-nos no início itens básicos, incluindo sementes gratuitas e tudo, de forma a nos explicar os caminho por onde teremos de seguir.

Os animais também precisam de atenção.

Eventualmente podemos visitar o mercado em certos dias para vender os nossos produtos melhorando assim a situação financeira da nossa Quinta. Os lucros obtidos podem depois ser usados para investir em mais ferramentas, sementes, edifícios e até animais. Aos poucos vamos nos habituando a visualizar o que iremos precisar de fazer em preparação do futuro. Mesmo assim, e como já tinha mencionado, as tarefas diárias e rotineiras de deitar água, ordenhar vacas e outras tarefas poderá ser um pouco repetitiva para os jogadores menos pacientes.

Além disso nem tudo está acessível de imediato aos jogadores e mais uma certa dose de paciência é necessária para certos aspetos, tais como, as lojas que estão abertas durante o dia, ou até mesmo os outros aldeões que nunca ficam no mesmo lugar  o que torna-se por vezes algo irritante termos de andar à procura de certas pessoas. Um ícone no mapa para os localizar dava imenso jeito. Outro aspeto algo dececionante, é que muitas coisas no jogo não são explicadas ao jogador, dei por mim algumas vezes a consultar dicas em páginas dedicadas ao jogo só para tentar perceber certas coisas.

Uma das muitas visitas que fazemos em negócios.

Em todo o caso a jogabilidade padrão pelo que a série é conhecida está lá, apesar de estar mais simplificada para uma possível nova geração de agricultores. Algumas tarefas mesmo assim são menos extenuantes pois têm largo alcance, em todo o caso os animais precisam da nossa atenção individual. Teremos de ter uma certa atenção ao tentamos expandir-mo-nos demasiado rápido sem as ferramentas que são relevantes, podemos causar uma situação em que termos de ficar à espera que as colheitas estejam prontas para conseguir angariar dinheiro novamente.

Além dos trabalhos habituais podemos participar em tarefas extra, como de apicultura, cultivação de cogumelos e até idas a safaris. Das poucas atividades de multijogador destaca-se o uso do Street Pass ou a de visitar Quintas de amigos. Em termos visuais o jogo está decente e a nível de som também. Nada de transcendente mas cumprem o dever. As animações e ambientação são algo básicas com o que já se vê na portátil na Nintendo mas confesso que também já vi muito pior.

Opinião final:

Para os jogadores menos pacientes e que não lhes agrade a repetitividade para poder aumentar de nível ou amealhar mantimentos, finanças e afins então não consigo recomendar Story of Seasons. Mesmo que o jogo agora esteja mais acessível era mais que bem-vinda a opção de alguns processos serem automatizados. No entanto os fãs de Harvest Moon ficarão muito satisfeitos com este sucessor. Após o seu início monótono e repetitivo temos um jogo rico em conteúdo e que de vez em quando chama por nós para irmos dar uma vista de olhos à nossa Quinta.

O que gostamos:

  • Um sucessor de Harvest Moon como deve ser;
  • Simplificação de alguma jogabilidade;
  • Bastante diversificação das tarefas após progressão no jogo.

O que não gostamos:

  • Monotonia inicial pode afastar alguns;
  • Repetitivo apesar de ser algo padrão do jogo;
  • Algumas informações são totalmente omitidas ao jogador.

Nota: 7/10