Análise – Super Mario Kart (New 3DS)

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Super, super, super. Super Mario Kart. Não há nada como umas boas partidas de Mario Kart e já há uns bons anos que a Nintendo tem permitido que amizades sejam postas em causa à conta de blue shells. De novo, após já ter saído na Wii U, o jogo da série original da Super Nintendo chegou à New 3DS – com menos funcionalidades, é certo, mas a mesma adrenalina. Uma das melhores coisas de Mario Kart é a possibilidade de arrearmos nos nossos amigos, mas a Nintendo decidiu que não valia a pena ter nada dessas coisas e relegou o jogo na New 3DS a uma experiência de apenas um jogador.

Este título serve mais como um satisfazer de curiosidades por ser o primeiro. Se queremos ver como tudo começou, temos aqui a oportunidade. É estranho voltar de um Mario Kart 8 e pegar neste tão antiquado, mas é bom conhecer as origens para podermos dominar o presente. Os gráficos gritam Super Nintendo e é o melhor da altura e que envelheceu tão bem. Jogar num ecrã tão pequeno é o melhor que podia ter acontecido, condensando os gráficos. As personagens distinguem-se tão bem das pistas e nada interfere nos detalhes da corrida. Caso assim o prefiram e como já vem a ser habitual nestes jogos da Virtual Console, podem sempre optar pela resolução original da Super Nintendo.

Já faz parte da natureza do Luigi ser um enorme filho da mãe.

Já faz parte da natureza do Luigi ser um enorme filho da mãe.

Apesar de não haver modo para vários jogadores, o modo “normal” continua tão viciante como antes, com as suas vinte pistas. Os adversários continuam tão brutais como na altura, não dando tréguas ao jogador quando se aproximam, principalmente o Luigi, que continua o mesmo filho da mãe de sempre. Não estranhem se não virem itens para apanhar, aqui os mesmos são relegados a marcas com pontos de interrogação no chão, que vos dão um item aleatório para usarem para vossa vantagem. As moedas também são importantes, representadas também através de marcas no chão, uma vez que ajudam caso se vejam em risco de despiste… perdem moedas mas não perdem o controlo.

Um ponto negativo aqui a apontar é a impossibilidade de alterar os controlos. Confesso que me senti um pouco desconfortável a ter que usar o L ou o R para saltar enquanto mantinha o direccional e o B premidos para não perder velocidade ou me despistar.

Para além do Luigi, temos a Rainbow Road para nos azucrinar o juízo.

Para além do Luigi, temos a Rainbow Road para nos azucrinar o juízo.

Finalmente, e como não poderia faltar, temos o modo Time Trial, onde o tempo é o nosso maior inimigo. Aqui, a Nintendo aliou a possibilidade de aceder ao Miiverse ao facto de podermos publicar os nossos melhores tempos, mas ainda assim é impossível não sentir alguma pena ao jogar esta versão. Com tudo isto, não houve tempo para incluir uma competição entre dois jogadores? Sendo um dos pontos fulcrais da série, é impossível não sentir falta de algo tão simples.

Opinião final:

É sempre bom ver onde tudo começou com grandes franchises e Mario Kart não é excepção. Apesar de o jogo, que atualmente é um dos títulos obrigatórios da Nintendo, dever ser jogado na sua última versão, a sua iteração original na SNES acaba por ser um título curioso e engraçado tanto para matar saudades como para ver a evolução de um jogo tão icónico. Só é pena é a Nintendo obrigar a que esta experiência seja vivida a solo.

Do que gostamos:

  • Poder experienciar o início de um grande franchise;
  • Divertido como sempre.

Do que não gostamos:

  • Ausência de modo multijogador;
  • Impossibilidade de alterar o esquema de controlos.

Nota: 7/10