Há já um ano e meio (sim, o tempo passa rápido) que o Tiago analisou o remake do que ele considera ser a «mais misteriosa e diferente entrega no universo Zelda», que foi na altura lançado para a Nintendo 3DS, trazendo, tal como já tinha acontecido com o remake de Ocarina of Time, várias melhorias e novidades.
Esse jogo era Majora’s Mask e embora já exista essa versão melhorada em vários aspetos, a Nintendo lançou este ano o jogo original na Nintendo eShop da Wii U. Assim, como já analisámos a mais recente versão desta sombria aventura de Link, restringir-me-ei nesta breve análise a explicar quais as principais diferenças, problemas e pontos positivos que poderão encontrar neste lançamento, pelo que terá uma extensão um pouco inferior do que é habitual.
Em primeiro lugar, quem for (re)jogar este clássico deverá ter em mente que esta é uma aventura Zelda que foge muito ao esquema a que estamos habituados. Poderão encontrar mais pormenores sobre o que torna Majora’s Mask numa experiência única na série na análise citada em cima.
Terão também de ter em conta que já se passaram 16 anos desde o lançamento original deste jogo e que esta versão é exatamente igual à que saiu para a Nintendo 64. Assim, é com uma «mente aberta» que se tem de partir nesta aventura, pois os gráficos 3D que a consola permitia não se comparam aos que encontramos na geração atual, para além de controlos que não funcionam tão bem como atualmente.
No entanto, tal como referi na análise a Star Fox 64, penso que deveria ter sido tarefa da Nintendo explicar claramente a que botões correspondem os botões do Wii U GamePad, pois o layout do comando da Nintendo 64 é bastante diferente do da Wii U.
Para além deste pequeno problema, foi com surpresa (bastante desagradável) que constatei que existem problemas de frame-rate nesta versão do jogo, que acho totalmente inadmissível, pois trata-se apenas de um port de um jogo com 16 anos, sem qualquer alteração face ao lançamento original.
Não obstante este lado negativo, com este lançamento podemos (re)viver momentos verdadeiramente marcantes de uma das eras dos videojogos mais abastadas em termos de lançamentos de séries clássicas. Aliás, Majora’s Mask, com o sentimento de urgência que transmite, devido ao pouco tempo que temos para evitar o fim do mundo, faz-nos esquecer completamente estes problemas e deixa-nos completamente agarrados ao jogo, perdendo noção do que se passa ao nosso redor.
Opinião Final:
The Legend of Zelda: Majora’s Mask é um jogo bastante bom, seja em que versão for, deixando-nos colados ao ecrã. Confesso que até agora sempre lhe torci um pouco o nariz por ser tão diferente dos restantes títulos da série e por causa de brincar tanto com deadlines (de que não costumo gostar), mas a verdade é que me diverti imenso com esta versão. Não obstante, há problemas técnicos inaceitáveis nesta versão, pelo que recomendo, caso tenham a portátil da Nintendo, a jogar a versão 3D, devido a estar melhor em muitos aspetos.
Do que gostamos:
- Sentimento de urgência;
- Mais uma aventura de nos fazer colar durante horas ao ecrã;
- Experiência idêntica à original.
Do que não gostamos:
- Problemas de frame-rate;
- Controlos voltam a não ser explicados.
Nota: 7,5/10