Análise – WipEout Omega Collection

WipEout é uma série de corridas futurista de naves anti-gravidade que foi originalmente desenvolvida pela Psygnosis/SCE Studio Liverpool. O primeiro jogo foi lançado em 1995 e foi um jogo de lançamento da PlayStation One na Europa e América do Norte, enquanto que o último jogo da série foi WipEout 2048, chegando à PlayStation Vita em 2012. No entanto, depois disso, a Sony decidiu encerrar o estúdio, o que se imaginava ser o fim da série, no entanto eis que, para surpresa de todos, foi anunciado WipEout Omega Collection.

Pode não ser um novo jogo da série, mas decidiram pegar em WipEout e fazer uma coleção remasterizada, coleção essa que vem com WipEout HD, a sua expansão WipEout HD Fury e WipEout 2048. Esses jogos vem com todos os conteúdos, com um total de 46 naves e 26 circuitos. E no total, a coleção tem 9 modos Single Player: Zone, Tournament, Speed Lap, Time Trial, Single Race, Zone Battle, Eliminator, Detonator e Career Mode. Apesar de ser um jogo muito simples, esses modos vem trazer alguns elementos que tanto caracterizam a série.

Enquanto que nalguns modos é necessário uma nave veloz pois a velocidade acaba por ser fulcral para chegar em primeiro lugar, noutros modos, em que as armas estão activadas, convém ter uma nave preparada para combate. Ou seja, cada nave tem as suas estatísticas, como velocidade, poder de fogo, manobrabilidade e energia. Normalmente as naves estão equilibradas nesse aspecto para não se ter total vantagem durante as corridas, o que significa que uma nave pode ter mais velocidade, e menos poder de fogo, e outra nave ser exactamente o oposto.

Uma das muitas naves disponível em WipEout Omega Collection.

Todas as naves estão equipadas com um tipo de energia que absolve algum dano durante as corridas, no entanto essa mesma energia é perdida quando batemos com a nave numa parte lateral do cenário ou quando somos atingidos com um míssil, por exemplo. No entanto, quando um determinado modo tem as armas activas, é possível apanhar armas que são totalmente random, o que significa que tanto podemos apanhar bombas, como armas de fogo, como um tipo de energia em que nos tornamos imunes a qualquer ataque inimigo por tempo limitado.

Como referido anteriormente, é um jogo bastante simples de controlar, no entanto divertido de se jogar. A velocidade faz-se sentir, tal como as curvas, não é algo cosmético, o jogo faz-nos sentir que estamos a controlar naves a alta velocidade. Isso juntamente com apanhar armas e atingir os inimigos é o que faz de WipEout o que é, no entanto é um jogo demasiado simples para o seu bem, não é um jogo propriamente profundo. E tirando as fantásticas músicas durante as corridas, pois algumas delas foram novas adições, a nível de Single Player o jogo não traz nada de novo para quem já os jogou.

Na campanha, onde se poderá executar os diversos desafios dos jogos, há que destacar, para o lado negativo, o menu. Tal como o jogo, é demasiado simples para o seu bem, só que ao contrário do jogo em si, não é muito atractivo. É um menu pálido e a forma como os desafios aparecem e tudo o resto, é um bocado confuso e é algo que deviam ter investido mais tempo para estar mais organizado e bonito de se ver. No entanto, além da campanha, existe o modo “Corridas”. Aí os jogadores poderão criar uma partida ao seu gosto, utilizando como base qualquer um dos jogos disponíveis na coleção, bem como o respectivo tipo de corridas. É ainda possível escolher a dificuldade da inteligência artificial (Principiante, Hábil ou Habilidoso), alvo da zona e o número de jogadores.

Isso significa que é possível jogar em ecrã dividido com algum amigo ou familiar, e até é possível escolher se querem o ecrã divido em horizontal ou vertical. Além disso existe um modo online, podendo-se juntar a um jogo, ou criar uma sessão, onde é possível escolher entre o WipEout HD e WipEout 2048, bem como os tipos de corrida, as voltas e se os adversários são públicos ou só por convite, por exemplo.

Um dos cenários do jogo, onde os prédios estão bastante detalhados e há uma grande iluminação.

Sendo uma remasterização, a pergunta que se faz sempre é se houve uma boa evolução em comparação com os jogos originais, e nesse aspecto o WipEout Omega Collection cumpre com o esperado. O design original dos cenários é no geral bastante bom, tirando um ou outro que fica a desejar nesse aspecto, no entanto todos os cenários tiveram o cuidado visual que se espera numa remasterização, com um grafismo mais nítido e melhor iluminação. E claro que nuns cenários isso destaca-se mais do que outros, mas não deixa de ser uma grande evolução gráfica em comparação com os jogos originais. Além disso as partidas correm com uma incrível fluidez e nunca deparei com quedas de frame-rate ou qualquer outro problema técnico.

Opinião Final:

WipEout Omega Collection é uma edição que vale a pena ter se são fãs de jogos de corridas. É um jogo divertido, que teve uma evolução geracional. É considerado um clássico, no entanto tem as suas falhas, principalmente para os dias actuais, como não ser um jogo propriamente profundo e ter um menu aquém do que se espera hoje em dia. Apesar de ter 2 jogos (e uma expansão), parecem ser os mesmos jogos apenas com novos cenários e músicas. Simplesmente esperava-se mais, e por esse mesmo motivo o jogo acaba por nunca surpreender, a não ser graficamente. Mas apesar de tudo, WipEout é uma referência nos jogos de corridas com naves e esta coleção só vem melhorar os jogos originais.

Do que gostamos:

  • Sensação de velocidade;
  • Boa quantidade de conteúdo;
  • Enorme evolução gráfica;
  • Combate durante as corridas.

Do que não gostamos:

  • Apresentação do menu;
  • Demasiado simples e como tal pouco profundo.

Nota: 7,5/10