Animal Crossing: New Horizons – Happy Home Paradise – Análise

Animal Crossing: New Horizons foi um fenómeno, um título que saiu no momento certo, em que toda a gente estava fechada em casa devido à pandemia – providenciando assim um escape para todos os jogadores que decidiram aproveitar a proposta do Tom Nook.

No entanto, após muitas horas de jogo e com New Leaf na memória, era difícil não começar a pensar que faltava qualquer coisa (muita coisa) e estes eram pensamentos recorrentes na cabeça dos fãs, entusiasmados sempre que existia o anúncio de mais uma atualização ou com notícias de data mining que davam um cheirinho do que poderia vir aí.

Felizmente, a Nintendo não se esqueceu dos fãs de Animal Crossing e presenteou-nos com a atualização gratuita 2.0, bem como o DLC pago Animal Crossing: New Horizons – Happy Home Paradise.

É melhor vestirem o vosso uniforme, há muito trabalho pela frente!

Similar em muita coisa ao Happy Home Designer – lançado para a 3DS – ao início fiquei um pouco de pé atrás, uma vez que o título original era engraçado mas o conceito não era suficiente para carregar um jogo inteiro às costas. No entanto, é mais do que ideal para providenciar uma bela mudança de ritmo para aqueles que já decoraram e refizeram a sua ilha milhares de vezes.

Como se não bastasse a dívida vitalícia ao Tom Nook, Happy Home Paradise dá-nos um emprego – mas felizmente um que mais parece umas férias. Lottie, que já deverão conhecer de Happy Home Designer, é quem nos apresenta a oportunidade e lá vamos nós para uma outra ilha, uma espécie de resort onde podemos encontrar todos e mais alguns villagers.

O nosso trabalho é simples, resumindo-se a providenciar e decorar uma casa de férias para os vossos clientes, com as suas próprias especificidades. No fim, estarão sujeitos à avaliação final do vosso cliente, pelo que o objetivo é deixá-los o mais satisfeitos possível. Honestamente, é muito difícil conseguir desiludi-los, mesmo com o vasto catálogo de itens e as (por vezes) vagas instruções dos vossos clientes. No entanto, podem sempre contar com o feedback dos mesmos quando colocam um determinado item na casa. A recompensa são pokis, uma nova merda que é específica da ilha de férias e apenas pode ser gasta lá, em novos itens de mobília que vão mudando a cada dia e que podem posteriormente levar para a vossa ilha – adicionando ainda mais à variedade de itens já existente.

A pressão para conseguirem atingir os objetivos dos vossos clientes é quase nula, mas é uma grande motivação para a vossa criatividade, sendo o complemento perfeito para os jogadores que adoram a componente de decoração e personalização que New Horizons oferece. O tema pode ser uma biblioteca na floresta e podem ter alguns itens obrigatórios, mas de resto podem decorar a casa como quiserem – bem como o seu exterior – permitindo que interpretem o tema à vossa maneira. Sim, podem fazer algo bem simples e reles que cumpra apenas os mínimos, mas isso não tem piada. Ainda assim, o jogo permite que façam as coisas à vossa madeira, não colocando entraves ao vosso progresso.

Podem dar largas em pleno à vossa veia de decorador de interiores.

À medida que vão avançando, vão desbloqueando também edifícios comuns na ilha de férias, para decorar, como por exemplo um restaurante, que podem depois visitar. É adorável ver os villagers a trabalharem como empregados de mesa e outros a usufruírem do restaurante, dando mais vida à ilha – algo que honestamente falta por vezes no jogo principal.
À medida que vão avançando na vossa carreira de interiores, vão também desbloqueando elementos únicos de estrutura e arquitetura que vêm mudar por completo a forma como decoram a vossa própria casa, tal como balcões e até a possibilidade de dividir uma divisão em duas como uma meia parede.

A ilha em si é linda, com muitos cantos para explorar e até podem nadar para perto dos villagers que estão a boiar descontraidamente no mar. Podem ainda convidar personagens especiais e outros villagers através dos amiibos e cartas Animal Crossing, podendo assim criarem uma casa de férias para as vossas personagens favoritas e visitá-las sempre que quiserem – isto também se aplica a personagens principais, como a Isabelle.

Tudo vai sendo desbloqueado pouco a pouco, permitindo que desfrutem com a maior calma do mundo deste DLC e adicionando mais uma componente à rotina diária do jogador de Animal Crossing. É um conceito que funciona excelentemente como um extra (ao contrário de um jogo completo) e que, juntamente com a atualização 2.0, complementa na perfeição um título maravilhoso mas cujos defeitos se tornaram demasiado aparentes com o tempo, nomeadamente no que toca ao seu conteúdo (ou falta dele).

Posso dizer que com a versão 2.0 e este DLC, têm aqui a versão definitiva e obrigatória de New Horizons. Se ainda continuam a visitar a vossa ilha diariamente, terão aqui muitas surpresas e coisas novas e para aqueles que já desistiram, têm aqui a desculpa perfeita para voltarem a embrenhar-se no mundo adorável de Animal Crossing.

Opinião Final:

Happy Home Paradise é a adição perfeita a New Horizons, funcionando na perfeição como um DLC. O seu novo conteúdo vai sendo disponibilizado e desbloqueado pelo jogador a um ritmo perfeito, garantindo que os fãs de Animal Crossing ainda vão ter muitas horas de jogo pela frente.

Do que gostamos:

  • Implementação das mecânicas de Happy Home Designer;
  • Adiciona mais uma camada à rotina diária de Animal Crossing;
  • Possibilidade de interagir com ainda mais villagers;
  • Ritmo de jogo implementado na perfeição

Do que não gostamos:

  • Absolutamente nada!

Nota: 10/10

Análise efetuada com um código Nintendo Switch cedido gentilmente pela distribuidora.