Antevisão – Destiny 2

A beta de Destiny 2 finalmente, depois de alguns dias em fechado, abriu a todos os jogadores e o Portugal Gamers tem andado a testar todos os possíveis aspectos possíveis desta sequela de um dos jogos mais badalados desta geração, feito justamente pela Bungie, o aclamado estúdio da série Halo original. Há coisas que se mantêm, há outras diferentes. Alguns fãs irão adorar e outros (muito provavelmente poucos) poderão não ficar agradados com algumas mudanças.  O teste de beta não é muito extensivo mas deu para termos uma ideia de o quão  certas coisas poderão justificar, ou não, o número 2 ao lado do nome do jogo.  Adianto desde já que em princípio quase tudo leva a indicar que sim.

Destiny 2 tem a sua data de lançamento marcada para os inícios de setembro, mesmo a tempo de “estragar” a altura do regresso à escola de muitos jogadores ávidos de reentrar no universo de Destiny. A beta do primeiro jogo continha várias missões, a possibilidade de visitar e vaguear o Cosmodrome, acesso a alguma ação no Crucible e o primeiro Strike. Desta feita, começamos desde logo no modo história no qual somos apresentados com os acontecimentos de ditarão o resto da narrativa. Esta brilhante introdução atinge-nos “que nem um camião” atirando-nos tudo e mais alguma coisa e terminando tão abruptamente deixando-nos salivando por mais.

Atingidos onde mais dói. E agora, que irão os Guardiões fazer?

Desde logo é notória a melhoria a nível de visuais em relação ao primeiro jogo. A estética é claramente Destiny porém o trabalho nas texturas e iluminação está muito melhor conseguido. Para não falar também em detalhes mais pequenos (mas não menos importantes) como reflexos e partículas. Tudo muito mais cuidado, apesar de o primeiro jogo já por si tem muito bom aspecto.  Sem querer estragar muito a “surpresa”, devo dizer que se a Bungie conseguir manter minimamente esta ação frenética, emocionante e caótica durante o resto do jogo então podemos estar perante algo especial.

A missão Strike incluída, na qual podemos jogar cooperativamente com amigos (ou outras pessoas) está bem provida de espetáculo visual e ação entusiasmante. Certos aspectos do lugar para onde vamos estão simplesmente um mimo. Dou como exemplo uma gigantesca broca que está a perfurar enquanto lutamos com os nossos inimigos mesmo ao lado dela onde terá acabado de passar há minutos. Somos brindados com esta broca em rotação constante que confere uma sensação de perigo à medida que se avança para o nosso objetivo. O design do mapa parece realmente estar muito bom, nota-se um trabalho muito cuidado por parte da Bungie.

O início da beta primou pelo espetáculo visual.

O Crucible continua a ser o destino para quem quem jogar contra outras pessoas. Vou ser sincero ao dizer que o meu tempo neste modo de jogo será pouco. Provavelmente por as vezes encontrar pessoas que mais parecem autênticos jogadores MLG, mas parece-me que novatos poderão ter alguma dificuldade em iniciar-se neste modo. Agora as equipas são compostas de 4 jogadores cada uma e ao menos isso já causou com que algum do caos do primeiro jogo está mais apaziguado. O mapa onde jogamos está bem estruturado e com bons pontos de captura de emboscada. Nota-se um toque distintivamente old-school apesar de continuar a ser divertido. De nota muito importante: os 30 frames por segundo são bem notórios, especialmente para quem nos últimos tempos está habituado a jogar uns suavíssimos Battlefield 1, Call of Duty, Halo 5 ou Overwatch. Justamente um dos motivos principais pelo qual com certeza me irei focar mais nas missões cooperativas do que nos modos multijogador competitivos.

Esta beta de Destiny 2, apesar de algo curta em termos de conteúdo, deixa transparecer que a sequela irá deliciar os fãs mais fervorosos (já vi que andam a pessoas a fazer descobertas mesmo apenas na beta!) e, ao mesmo tempo, tem possibilidades de voltar a atrair quem eventualmente chegou a jogar o primeiro jogo mas acabou por o abandonar após algum tempo. É um jogo, de novo, claramente Bungie. É um jogo que irá prender durante muito tempo, no entanto um jogo que desilude na parte competitiva pois hoje em dia já é praticamente obrigatório um standard de 60 frames por segundo, especialmente neste tipo de jogos na componente de jogo online contra outros jogadores. Recomenda-se, mesmo assim, jogá-lo com amigos pois irá ser, sempre, uma experiência muito mais agradável. Um jogo a prometer “roubar” muitas horas do nosso tempo nos finais de 2017 e mais além.

Até breve!