Antevisão – The Elder Scrolls Online

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Elder Scrolls Online, da Zenimax Online Studios, vai ser lançado já dia 4 de Abril para PC e Mac, e em Junho para a Xbox One e PS4, e a Portugal Gamers teve a oportunidade de o experimentar num dos fins-de-semana de beta.

O jogo passa-se, obviamente, no universo Elder Scrolls, mas é anterior a Oblivion e Skyrim, durante um período da segunda era conhecido como o Interregnum – uma altura conhecida pela sua instabilidade política, e quando Molag Bal, um Daedric Prince, tenta puxar Nirn (o planeta) para o seu domínio de Coldharbour, uma parte de Oblivion, que se assemelha a Nirn, mas onde tudo está devastado. No entanto, em Tamriel (nome do continente onde se passam todos os Elder Scrolls), vive-se um período de guerra entre as três facções disponíveis aos jogadores. A Aldmeri Dominion, composta pelos Altmer (High Elf), Bosmer (Wood Elf) e pelos Khajiit; a Daggerfall Covenant, dos Orcs, Redguard e Breton; e por último, o Ebonheart Pact, dos Dunmer (Dark Elf), Nords e Argonians.

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Após criar uma personagem, onde temos, claro, todas as opções a que estamos habituados de Skyrim, e ainda mais algumas, todas elas refinadas, somos colocados na prisão de Coldharbour, onde rapidamente nos são apresentados o interface, muito ao estilo de Skyrim, e o combate – um dos pontos mais fortes do jogo. Em ESO, a progressão e customização de personagens é muito livre. Escolhemos uma classe – Templar, Dragonknight, Sorcerer e Nightblade, mas essa é a única limitação. Podemos ser um Sorcerer, que, como o nome indica, é uma classe mais à volta de feitiços, com uma espada de duas mãos e uma armadura pesada completa. Por outro lado, podemos jogar de Nightblade, uma classe de stealth, muito ao estilo dos Rogues/Thiefs de outros MMOs, mas ainda assim utilizar staffs, que nos permitem usar alguns feitiços. A raça que escolhemos, dá-nos também acesso a habilidades passivas, diferentes de raça para raça. Para além da classe e da raça, temos também as habilidades das armas (Bow, Dual-Wield, Two-handed, Restoration Staff, Destruction Staff e One-Handed and Shield), as de armadura (Heavy, Medium e Light), e outras que podemos encontrar pelo mundo (como por exemplo Fighter’s Guild e Mage’s Guild). Ao equiparmos habilidades na barra de habilidades, sempre que ganhamos experiência, ganhamos também experiência tanto da habilidade (p.ex Volley, uma habilidade de Bow), como do “grupo” a que ela pertençe (neste caso, p.ex, Bow). A barra de habilidades limita-nos então a cinco habilidades mais uma Ultimate Ability (uma habilidade forte, geralmente com um tempo de baixa grande). Para além dessas seis habilidades, há também o ataque normal e o ataque forte da arma equipada, assim como um “empurrão” (no caso de termos um escudo equipado, um shield bash), que serve para interromper habilidades.

 Com isto, temos a base ideal para um combate desafiante e activo – temos que nos desviar de ataques (há um botão que nos permite gastar stamina para rebolar numa direcção), temos que interromper os inimigos, e temos que bloquear ataques. A base é muito semelhante a Oblivion e Skyrim, mas, com dodge disponível para todos, o combate torna-se mais frenético e activo, o que nos obriga a estar sempre atentos, testando os nossos reflexos, para podermos bloquear e interromper ataques.

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Após nos libertarmos da prisão de Coldharbour, onde descobrimos, como é normal em Elder Scrolls,  que o futuro de Tamriel está nas nossas mãos, damos por nós numa ilha, que serve como “introdução” ao mundo aberto de Elder Scrolls.  Nesta primeira ilha, temos quests que, normalmente, envolvem matar inimigos, ou procurar items, mas é quando somos finalmente transportados para o continente principal (este processo, caso optemos por completar as quests todas, deverá levar de 5 a 7 horas), que a vastidão de Elder Scrolls se começa a ver. Se não tivermos quests, basta escolher uma direcção e,  eventualmente algo acontecerá. No entanto é aqui que, pela primeira vez, o elemento MMO entra em conflito com o Elder Scrolls, pelo que somos limitados pelo nosso nível. Afastamo-nos muito da primeira cidade, e damos por nós rodeados de inimigos de nível superior ao nósso. É por isso que há de notar que o jogo se chama Elder Scrolls Online e não Elder Scrolls VI: Online. Há que perceber e aceitar que o jogo tem então esses dois lados.

Infelizmente, as quests de Elder Scrolls Online têm, em 80% dos casos, o envolvimento de espíritos e fantasmas, o que nos parece simplesmente uma maneira fácil de introduzir personagens, e, quando uma quantidade tão grande de quests nos levam a falar com estes seres sobrenaturais, torna-se muito aborrecido, muito rapidamente.

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Em nível 10, temos também acesso a Cyrodill, a zona central de Tamriel, onde o conflito entre as três facções que tentam controlar os Elder Scrolls se manifesta sob a forma de Open World PvP, com conquistas a castelos, keeps, e, ainda que as nossas personagens tenham um boost das suas estatísticas e habilidades, este scale não é suficiente para conseguir fornecer a experiência de Cyrodill em nível 50 (o nível máximo).  A partir de nível 14, temos também acesso à primeira Dungeon, que nos poderão fazer lembrar os títulos passados, excepto que algumas delas são feitas para grupos de 5 jogadores. Infelizmente, e por ESO ser um jogo onde se evolui muito lentamente, a Portugal Gamers não conseguiu experimentar nenhuma.

Há também várias profissões de crafting, como Alchemy, Blacksmith, Clothing, Enchanting, Provisioning e Woodworking. O crafting está muito interessante, pelo que as profissões que fazem equipamento e armas, podem escolher o estilo em que as vão fazer (inicialmente só há disponível a da raça escolhida, e podemos encontrar o estilo de outras raças em livros espalhados pelo mundo) e, no caso de uma espada, por exemplo, para além do estilo, podemos escolher a quantidade de material que vamos usar e o tipo de material, o que irá influenciar a qualidade do item.

No geral, Elder Scrolls Online, é um bom Elder Scrolls, pelo que qualquer apaixonado pelo universo irá desfrutar bastante revisitar locais vistos nos jogos passados, e a quantidade de lore é enorme, como é de esperar da série. No entanto, ESO não é um MMO novo. Trás de novo muito pouco, ou mesmo nada e, com uma qualidade não muito elevada, o custo de 12,99€ mensais não nos parece justificável. Com a quantidade de bugs no jogo, que nos impossibilitaram de completar imensas questlines (que esperemos que estejam resolvidas quando começar o head-start, dia 30 de Março, pelas 12 horas), Elder Scrolls Online poderá ser uma boa compra para aqueles que querem explorar o universo criado pela Bethesda, mas o preço de à volta de 60€ com apenas um mês de jogo, significa que terão que aproveitar o máximo que conseguirem do mês incluído, caso não queiram investir mensalmente.