‘Antidepressivo Árabe’, que estreia esta semana nos cinemas nacionais, é uma comédia sobre uma psicanalista franco-tunisina e uma sociedade sob o stress das mudanças culturais e políticas que enfrenta. A primeira-longa metragem de Manele Labidi é ‘uma declaração de amor’ à Tunísia
A franco-tunisina Selma (Golshifteh Farahani) trabalha há 10 anos como psicanalista em Paris, quando resolve voltar à sua terra natal e instalar o seu consultório em Ezzahara, uma pequena cidade à beira do Mediterrâneo. Com a chegada da Revolução de Jasmim a Ben Ali, os tunisinos vivem um período de caos e incerteza, mas também de esperança. Apesar do tumulto social, e da ajuda que a psicoterapia pode proporcionar, Selma irá encontrar barreiras burocráticas e culturais que terá de aprender a ultrapassar.
À imagem da sua própria experiência, a realizadora Manele Labidi procurou com este filme combater a imagem que as pessoas têm da Tunísia, com base nos ‘eventos das últimas décadas, que nos reduziram a terrorismo, Islamismo, figuras masculinas repressivas e figuras femininas oprimidas’. Foi na comédia que encontrou as ‘ferramentas para quebrar este padrão e oferecer uma visão diferente’ do país e dos seus habitantes.
A atriz franco-iraniana Golshifteh Farahani (‘Paterson’, ‘Os Desastres de Sofia’, ‘À Procura de Elly’, ‘O Corpo da Mentira’) interpreta Selma, a psicanalista disposta a ouvir os seus compatriotas com a distância de uma forasteira e, ao mesmo tempo, a motivação de quem quer contribuir na reconstrução do seu país de origem. O elenco conta ainda com Majd Mastoura (vencedor do Urso de Prata no Festival de Cinema de Berlim com ‘Hedi’, em 2016) e com a estreante Aïsha Ben Miled.
‘Antidepressivo Árabe’, que teve a sua estreia mundial no Festival de Cinema Internacional de Toronto em 2019, chega às salas nacionais no próximo dia 5 de março.
Sinopse
Uma psicanalista, Selma (Golshifteh Farahani), trata um grupo de pitorescos novos pacientes no consultório que abriu após regressar à Tunísia, o seu país.