
O ASUS ROG Flow Z13 (2025) chega com uma proposta arrojada: ser um tablet com alma de portátil gaming, ou talvez um portátil gaming com corpo de tablet. O certo é que a ASUS continua a investir neste conceito híbrido, e desta vez traz-nos uma máquina ainda mais poderosa, mais bonita e com aquele toque futurista que chama a atenção quando se abre isto num café.
Temos aqui um ecrã tátil de 13,4 polegadas, com resolução 2560×1600, taxa de atualização de 180Hz e uma cobertura de cor DCI-P3 a 100%. O painel é IPS, com excelente brilho e cores vibrantes, mas com um acabamento brilhante que pode refletir bastante luz em ambientes claros. Ainda assim, para ver filmes, jogar ou editar fotos, é uma excelente escolha.
Por dentro, está equipado com um processador AMD Ryzen AI Max+ 395, com gráficos integrados Radeon 8060S. Isto significa que este tablet corre jogos modernos com uma competência notável, desde que se façam alguns ajustes nas definições gráficas. Junta-se a isto 32 GB de RAM LPDDR5X e um SSD de 1 TB, o que resulta num desempenho muito sólido para multitarefa e uso criativo.
O design é um dos pontos fortes do Flow Z13. O aspeto inspirado em ficção científica, com janelas translúcidas e iluminação interior, a base ajustável e o teclado destacável magnético, contribuem para uma máquina diferenciadora. É relativamente leve, tendo em conta o hardware que incorpora, embora aqueça consideravelmente sob carga mais intensa. As ventoinhas dão conta do recado, mas com algum ruído.

Em jogos, consegue-se uma experiência fluída com títulos populares como Valorant, Fortnite, Rocket League ou Elden Ring, desde que se aceitem algumas cedências visuais. O ecrã de alta taxa de atualização melhora a sensação de fluidez, e com um comando Bluetooth o dispositivo transforma-se numa boa alternativa portátil para gaming.
Na vertente criativa, também se comporta bem. Aplicações como Lightroom, Photoshop ou DaVinci Resolve correm sem entraves, especialmente para projetos de média complexidade. O ecrã permite uma boa leitura de cor e os 32 GB de RAM oferecem margem para trabalho em simultâneo com múltiplas aplicações.
A autonomia está dentro do esperado para este tipo de equipamento. Em uso leve, consegue aguentar cerca de cinco a seis horas, mas em cenários exigentes a bateria esgota-se rapidamente. O carregador é potente, mas volumoso, e contribui para o peso na mochila. A gestão térmica é eficaz, embora com aumento de ruído quando o sistema está sob pressão.

No que toca à conectividade, vem bem servido. Inclui USB-C com suporte para carregamento e display, uma porta USB-A, HDMI 2.1, WiFi 7, Bluetooth 5.4 e leitor de cartões microSD UHS-II. Isto permite versatilidade para ligar periféricos e expandir o armazenamento conforme necessário.
O teclado destacável é adequado para tarefas pontuais, mas não ideal para longas sessões de escrita. O touchpad cumpre a sua função, mas não é dos melhores do mercado. O software da ASUS permite alternar entre modos silencioso, equilibrado ou turbo, oferecendo algum controlo sobre o desempenho e ruído.
A webcam tem qualidade suficiente para videochamadas. Os altifalantes estéreo têm um som aceitável, embora os graves fiquem um pouco aquém. Para uma melhor experiência sonora, continua a ser recomendável o uso de auscultadores.
Opinião Final:
ASUS ROG Flow Z13 (2025) é um dispositivo híbrido que combina desempenho, versatilidade e um design arrojado. É indicado para criadores de conteúdo, jogadores em mobilidade ou utilizadores que valorizam um equipamento potente e diferente do habitual. Não é para todos os bolsos e exige algum compromisso na autonomia e refrigeração, mas é um dos híbridos mais completos do mercado.
Do que gostamos:
- Ecrã com excelente qualidade e fluidez
- Desempenho elevado para o tamanho
- Design bem conseguido e distinto
- Boa portabilidade
- Conectividade variada e moderna
Do que não gostamos:
- Autonomia limitada em uso intensivo
- Aquecimento e ruído sob carga
- Preço elevado.
Nota: 9/10
Análise efetuada com um ASUS ROG Flow Z13 (2025) cedido gentilmente pela marca para teste.