À semelhança de FIFA e NBA 2K, a série Call Of Duty é mais uma das que nos acompanha todos os anos. Desta vez é a Treyarch que está encarregue de nos entregar uma experiência competitiva superior à do Modern Warfare do ano passado. Sendo isto uma antevisão, acho importante frisar que apenas estarei a avaliar a vertente multijogador, disponibilizada na mais recente beta de “Call Of Duty: Black Ops – Cold War”.
Visuais
Os gráficos em Cold War não são nenhum salto geracional, nem nada que se pareça. É algo igual, ou até mesmo um pouco inferior, aos gráficos de jogos anteriores, sem nada que o distinga indiscutivelmente. Os mapas possuem o nível de detalhe necessário, algo a que já estamos habituados a ver nos últimos jogos da série Call Of Duty.
No entanto, pelo menos na beta, os menus do jogo são pouco apelativos, limitando-se a uma pauta de cores pouco distintas do cinzento. Alguns dos mapas possuem cores características relativamente à localização que tentam representar, mas os personagens são tão destituídos de cor que dificilmente são reconhecidos em tempo útil.
Jogabilidade
- Movimentação
Felizmente, deram-se mudanças na movimentação, em relação à fase alfa. Pessoalmente, é uma mudança que me agrada, embora agora o teu personagem pareça que está a correr em cima de uma mota, cada vez que carregas no botão de sprint. Existe uma maior sensação de velocidade e de momento do início ao fim do movimento, tornando-se satisfatório.
- Gunplay
Sendo um jogo do género shooter, acho importante abordar este tópico. Confesso que estou habituado a jogar FPS’s sem qualquer tipo de aim assist, devido à minha experiência competitiva. Apesar de compreender o intuito de existir uma mecânica destas, não entendo o porquê de ter sido implementada de uma forma tão agressiva em Cold War. É verdade que, em jogos como Hyper Scape, onde os jogadores se movem em todas as direções possíveis, esta funcionalidade é útil, mas neste último Call Of Duty, a movimentação não funciona assim. Ainda para mais, o aim assist chega mesmo a seguir as pessoas através das paredes. Apesar de ser algo que pode ser mudado antes do lançamento do jogo, acho um pouco desanimador a ideia de que toda a gente a jogar consola é incapaz de usar o analógico de modo a acompanhar o oponente.
Para acrescentar, tens armas claramente superiores a todas as outras, independentemente da situação. A M16, por exemplo, consegue aniquilar qualquer jogador com apenas um pressionar do gatilho, praticamente esquecendo a distância. Agora, juntem isso à enorme e desnecessária assistência de mira, e preparem-se. É óbvio que tudo isto pode sofrer uma mudança, mas aquando da realização desta antevisão, o jogo é claramente desequilibrado em termos de armamento, favorecendo claramente certas armas.
- Mapas
Apesar de já ter tocado no assunto referente aos mapas no primeiro ponto, passo agora a referir-me à competitividade inerente aos mesmos. Para além de nos apresentar cenários, muitas das vezes, em condições noturnas (o que por si só já torna a experiência menos competitiva), os mapas em Cold War têm poucas áreas de igualdade competitiva, favorecendo a sorte e elemento de surpresa, ao invés do posicionamento e habilidade em disparar.
Em suma, Call Of Duty: Black Ops – Cold War tinha uma missão algo caótica: a de ultrapassar a experiência providenciada pela anterior entrada da série, Modern Warfare. No entanto, não me parece que este seja o caminho certo, pelo menos no aspeto multijogador. Com um battle royale literalmente reaproveitado, e uma jogabilidade demasiado amigável, está criada a passadeira vermelha para “mais um” Call Of Duty.